Capítulo 12: Revelações do Caderno; Origens e Destinos

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Com o caderno em suas mãos e apreensão em seu ser, Arthur o abriu, folheando a primeira página. Ele não pôde deixar de notar a letra de seu pai, que escrevia dia após dia nele.

Arthur direcionou seu olhar para a primeira linha e começou a ler o que estava escrito ali: "Oi filho. Sinceramente, espero que não esteja lendo isso, espero que não esteja presenciando a covardia de seu pai. Eu espero que eu - e também sua mãe - tenhamos criado coragem e finalmente lhe dito a verdade".

" Mas se esse não for o caso, aqui estão as respostas. Então chega de enrolação, vamos para o que interessa. Nós não somos originários deste planeta, meu filho..." "o que?" Arthur pensou, surpreendendo-se, com aquilo que acabara de ler. Pelo menos, talvez, uma de suas dúvidas tinha sido sanada. Parecia que seus pais realmente tinham algo a ver com aquele super-humano alienígena.

Ele voltou seu olhar para o caderno e continuou a ler "...somos de um planeta apelidado de 'O Reino de Fando' um glorioso planeta vermelho, que orbita em torno da mais brilhante das estrelas, que existe na Via Láctea. Nosso povo se caracteriza por suas qualidades na arte da batalha."

"Que são fortalecidas devido às nossas habilidades especiais - ou como chamam neste planeta - nossos poderes. Somos fortes ao ponto de destruir montanhas com nossas mãos nuas, somos mais rápidos do que tudo que existe neste mundo, além de podermos lançar um raio de luz vermelho, por nossas mãos."

"Depois de ter lido esta última parte, aposto que uma dúvida se acendeu em sua mente, já que você não pode lançar esse raio de luz, mas sim, chamas. Me desculpe, mas eu não tenho realmente uma resposta para isso, tenho apenas especulações, mas tenha uma coisa em mente, você é muito especial."

"Aposto também, que está curioso para saber porque viemos para este planeta, certo? Para sanar esta dúvida, te contarei uma breve história. Há eras e eras, um antepassado Fandoriano entregou seu coração a uma mulher de outro planeta. No entanto, esse amor foi encarado como uma espécie de heresia pelos demais Fandorianos."

" Foi visto assim, pois para os Fandorianos, o sangue é sagrado, por isso querem o manter o mais 'puro' possível. Esse sangue, que um dia foi concedido a nós pelo Deus do Sol, não poderia ser imaculado - foi o que os conservadores da época ressaltaram."

"Devido a isso, esse antepassado foi caçado junto de sua mulher. Mas ele conseguiu fugir de nosso planeta, fugiu para o mais longe que pode. Chegando assim, a um planeta que era habitado por outra raça alienígena. Neste planeta, ele teve filhos com sua mulher, filhos que herdaram os poderes de seu pai, de forma bastante reduzida."

"Os descendentes desse Fandoriano, deram origem a uma nova raça. Raça essa que se assemelhava bastante aos Fandorianos, em questões de aparência e principalmente nos poderes. Raça essa, que ficou conhecida por nós, como 'Vexulgarites' [Impuros]."

"Como seus poderes eram reduzidos em relação aos nossos, eles decidiram não se aprofundar nas artes da batalha, mas sim, se tornaram um povo inteligente, dedicados ao progresso científico, sempre visando aprimorar sua tecnologia. Em contrapartida, nos tornamos um povo ainda mais guerreiro e conquistador."

"Mesmo depois dessas eras, os Fandorianos não se esqueceram do que esse antepassado fez, o que fez com que cultivassem um ódio exacerbante, em relação a essa raça, que era considerada impura e bastarda. E quando os Fandorianos, finalmente encontraram a localização dos Vexulgarites, não conseguiram esconder o sorriso que se formava em seus lábios."

"E então eles pensaram - mais precisamente - e então a rainha que comandava nosso povo chamada de rainha Dandara, pensou que essa seria a melhor forma de se redimir para com nosso Deus, acabando com esse raça blasfema e impura que esse antepassado pecador, originou."

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