Capítulo 13: Revelações e Despedidas

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Arthur estava deitado no chão do parque, tentando assimilar tudo aquilo que ele tinha lido, após soltar uma respiração profunda: — Vamos lá, recapitulando. Eu sou um alien, sou filho de alienígenas, e venho de um planeta alienígena. Se nesse momento me dissessem que estou em alguma obra fantasiosa, eu acreditaria.

Por um momento, ele olhou para o caderno novamente, colocando suas mãos sobre ele logo em seguida.

— Acho que como o senhor disse – ou melhor – como escreveu, pai... — por um instante, ele mordeu os lábios, pois as lembranças da morte de seus pais ressurgiram, inundando sua mente.

Em seguida, ele soltou um suspiro e continuou: — Como o senhor escreveu pai, eu nasci aqui, mesmo meu sangue não sendo de um habitante originário deste planeta, eu ainda cresci e vivi minha vida inteira aqui. — inclinando sua cabeça para o céu. — Vai demorar um pouco para eu aceitar tudo isso, mas podem ficar tranquilos, eu pretendo continuar lutando para salvar pessoas, e principalmente, para acabar com o preconceito e ódio sobre o meu povo, os super-humanos, assim como sempre lutei até agora.

Arthur se levantou, com uma duvida surgindo em sua mente neste momento "segundo o que eu li aqui, é provável que haja um sobrevivente desses tais Vexulgarites, vivendo neste mundo. Pois segundo as descrições de meu pai, o homem do casal de Vexulgarites que eles salvaram antes de vir para cá, entregou para eles uma espécie de tela onde havia coordenadas da terra, e por qual outro motivo eles teriam essas coordenadas, se não fosse para mandar seu filho para cá?" ele pensou.

Ao terminar de pensar ele, ainda com o caderno em mãos, o abriu novamente. "meu pai descreveu que os Vexulgarites se assemelhavam a eles em aparência, mas isso é muito vago, os próprios Fandorianos se assemelham bastante aos humanos e super-humanos, será que meu pai não fez uma descrição mais detalhada deles?" Arthur folheou o caderno, à procura de uma descrição mais detalhada dos Vexulgarites.

Até que ele chegou a uma página em específico, que tinha um título destacado, justamente escrito Vexulgarites "achei!" ele deixou escapar uma risadinha "bem conveniente, hein. Vamos ver."

“A aparência dos Vexulgarites se assemelha bastante a nossa, a dos humanos e super-humanos, também. Todos os Vexulgarites que tive oportunidade de observar, tinham  como principais características de suas aparências, cabelos escuros como a  sombra da noite, além de seus olhos serem azuis claros, como o céu durante o dia.”

Arthur soltou um longo suspiro "isso não revela muito, há muitos humanos que possuem essas características" ao terminar de pensar, Arthur fechou o caderno em suas mãos. Direcionou seu olhar para cima, apenas para ver o céu tornar-se completamente escuro "eu demorei bastante, aqui. Mas ainda tem duas coisas que preciso fazer antes de ir embora" ele pensou.

Ele começou a se mover em super velocidade pelo que restara da cidade, usando de sua memória para relembrar o local onde estavam os corpos mortos de seus pais. Ao se mover pela cidade, mesmo tentando observar minimamente, não pôde evitar de se lembrar daquele maldito dia. Seu coração acelerou por um momento, até que finalmente chegou, olhando em volta não se impressionou com o cenário em seu campo de visão. O chão estava quebrado, havia escombros por todo lado, e principalmente, os corpos de seus pais não estavam mais ali.

Ele não se impressionara com aquilo, pois já deduzira que os corpos haviam sido levados, mas não deixou de se irritar por causa disso. "Merda!", amaldiçoou em sua mente, por ter sido fraco ao ponto de não conseguir impedir que levassem os corpos de seus pais..

Tentando se acalmar, ele inspirou e espirou lentamente, "É provável que alguém do governo tenha descoberto sobre os poderes de meus pais e levado os corpos, a fim de estudos, mas quem? E de qual governo, o Brasileiro ou o Estadunidense? Merda!" ele pensou, xingou em sua mente, e soltou um suspiro. "Encher a cabeça com isso agora, não vai me levar a lugar nenhum, eu me preocupo com isso quando eu voltar, ainda tem algo que eu preciso fazer aqui."

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