Draco Malfoy, o idiota alheio.

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Apesar da dissertação sobre terapia de calor, Draco teve pouco contato com Granger durante o alegre mês de maio. Ele e seus companheiros Aurores foram mantidos ocupados por novos e emocionantes comportamentos criminosos em todo o país (um bruxo que havia Imperiosado toda uma aldeia trouxa e vivia como seu rei; lobisomens atacando crianças; um roubo em Gringotts; alguns sequestros para variar).

Meados de maio encontrou Draco limpando um caso confuso – um pocionista em Sheffield, se passando por algo chamado de “médium do amor”, vendendo poções do amor para trouxas. Draco estava no meio de confiscar um esconderijo e Obliviar um trouxa quando sua varinha soou um alarme para ele. Aquele alarme específico sinalizava que alguém estava acionando as proteções de Granger. E não seu escritório ou seu laboratório: sua casa.

Draco terminou com o trouxa rapidamente e desaparatou para o Flu mais próximo. Isso o levou ao Mitre, seguido por uma aparição na cabana de Granger, varinha em punho e desiludido.

Entre o alarme de sua varinha e sua chegada, Draco estimou que três minutos se passaram. Mas era três minutos tarde demais; quem quer que estivesse bisbilhotando tinha ido embora. Os feitiços de revelação de Draco não indicavam nenhuma presença humana por perto, exceto pelo vizinho trouxa de Granger, que estava cochilando.

Draco lançou um delicado feitiço de detecção de magia. Sua proteção ao redor da propriedade brilhava intensamente sob ela, mas ele ignorou isso em favor de examinar o terreno ao redor da casa de Granger. Ele ergueu sua varinha até encontrar o que procurava: um rastro levemente visível no ar, deixado por um ser que havia usado magia aqui momentos antes.

A trilha levemente brilhante terminou de repente no meio do campo atrás da cabana de Granger: uma desaparição ou chave de portal, talvez.

Draco não gostou disso. Pode ter sido apenas um bruxo curioso, ou mesmo um ladrão – esse era o melhor cenário. Também poderia ser um primeiro indicador de que alguém estava de olho em Granger e que a paranóia de Shacklebolt não era em vão.

Draco enviou uma nota rápida para Granger: Alguém disparou suas proteções. Nós precisamos conversar.

Quando Granger não respondeu imediatamente, ele verificou sua agenda. Ela estava atualmente dando palestras na Cambridge Muggle.

Draco decidiu se juntar a ela lá – ele era essencialmente vizinho, de qualquer maneira.

Estou indo até você, ele escreveu.

Ainda desiludido, ele aparatou no Trinity College.

~*~

A palestra de Granger estava prestes a terminar. Draco só teve que esperar dez minutos do lado de fora da porta da pequena sala de aula. Meia dúzia de alunos saíram enquanto ele, praticamente invisível aos olhos dos trouxas, passava por eles para dentro da sala.

O quadro-negro indicava que o tópico do dia era "Anticorpos monoclonais conjugados". Draco ficou satisfeito por esses anticorpos conhecerem seus tempos verbais, se nada mais.

Granger, sem saber de sua presença, estava colocando papéis (sem varinha) em uma maleta. Ela usava uma blusa risca de giz enfiada em calças de cintura alta – peças que Draco não teria pensado imediatamente como complementares, e ainda assim, em Granger, o conjunto era bastante lisonjeiro.

Quando o último aluno saiu, Granger tirou seu bloco do bolso. Deu a Draco um prazer estranho vê-la abrir o bloco e ficar visivelmente interessada quando viu que era uma mensagem dele.

Ela leu a nota e franziu as sobrancelhas. Ela começou a compor uma resposta. Draco supôs que deveria se revelar, já que a resposta de seu próprio bloco logo o denunciaria.

Draco Malfoy and the Mortifying Ordeal of Being in Love | DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora