Reparações.

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Tenho algo para você, veio uma memsagem de Granger uma semana depois. Acho que você chamaria isso de pista. Sobre o Nundu.

Bem???, respondeu Draco.

Fora para ensinar. Você pode me encontrar às 6? disse Granger.

Onde?

O café em Trinity, disse Granger. Eu tenho outra reunião lá pouco antes. Se eu me atrasar, não comece a gritar sobre vassouras. É com um trouxa.

Draco ficou grato pelas instruções, já que ele normalmente chegava cedo e entrava nos cafés, gritando sobre vassouras. Ele jogou o bloco de lado para checar a agenda de Granger. O trouxa em questão era Gunnar Larsen, o chefe da Farmacêutica Skjern.

Às 17h55, um Draco Desiludido caminhou até o café trouxa no Trinity College, curioso sobre a pista ostensiva de Granger sobre Talfryn.

Ele a viu pela janela do café, ainda conversando com um homem. Draco havia formado uma imagem mental confortável desse tal de Larsen: um tipo de cientista pequeno e magro, provavelmente careca e de óculos.

Em vez disso, sentado do outro lado da mesa de Granger, estava um homem de quase dois metros de altura e dezoito pedras. Seu cabelo era loiro avermelhado, assim como sua barba impressionante, e seus olhos eram de um azul penetrante.

Ele era um Viking em um terno de três peças. Provavelmente havia mais pêlos encaracolados no peito aparecendo por cima do colarinho do que Draco tinha desde a puberdade.

Draco decidiu que não gostava dele.

Ainda desiludido, ele deslizou para dentro do café após um cliente sair e encostou-se a uma parede para escutar. Granger e o viking conversavam principalmente no jargão (o dele, com leve sotaque). Granger estava explicando, daquele jeito apaixonado dela, algo sobre sistemas imunológicos adaptativos e microambientes. Larsen respondeu algo sobre a terapia com inibidores, ao que Granger respondeu com grande entusiasmo.

Os olhos do Viking estavam cravados em Granger de uma forma que Draco não gostou. Havia algo de predatório nisso – algo faminto. E Granger estava gesticulando e muito ocupada se entusiasmando com os nanobiológicos para notar. As suspeitas começaram a se espalhar: esse trouxa carnudo tentaria roubar suas ideias? Ganhar dinheiro com ela? Literalmente comê-la?

Só havia uma maneira de descobrir.

O mergulho de Draco na mente do homem acabou assim que começou. Ele se viu batendo contra barreiras mentais extremamente sofisticadas, como as que apenas um oclumente altamente treinado teria.

Então Granger estava errada. O homem não era um trouxa.

O Viking, sentindo a tentativa de invasão, virou-se para onde Draco estava Desiludido. Seus olhos penetrantes percorreram as mesas lotadas, tentando identificar seu atacante.

Granger perguntou a ele: — Está tudo bem?

Larsen voltou-se para Granger. — Sim – minhas desculpas, professora. Achei que tinha ouvido alguma coisa.

Eles continuaram a conversa, embora as respostas de Larsen fossem reduzidas a monossílabas distraídas.

A primeira reação de Draco – suplicar o homem através de uma mesa e perguntar o que ele estava fazendo – foi dificultada pela multidão. (Para não falar do fato de que Draco não tinha certeza de que poderia jogá-lo).

Seu segundo pensamento foi atordoar Larsen e rasgar sua mente para descobrir quais eram seus desígnios, mas, novamente, as multidões e, além disso, o homem era um oclumente. Ele precisaria amolecê-lo primeiro, depois transformar seu cérebro em purê.

Draco Malfoy and the Mortifying Ordeal of Being in Love | DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora