Uma troca pedagógica.

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Na Mansão, um fogo vivo os esperava no menor salão. As cortinas haviam sido fechadas contra o céu que escurecia. Henriette colocou um pequeno goûter de quadrados de queijo, tapenade e pequenas quiches lorraines.

Eles se despiram de suas roupas de inverno. Draco se instalou em uma poltrona em mangas de camisa e suspensórios. Granger se jogou em um dos sofás, cruzou as mãos sobre o peito e sorriu para o teto.

Sua euforia era contagiante. Draco também sentia uma alegria profunda – pelo mundo mágico em geral, mas também por ela, por ter conseguido algo tão significativo depois de tanto esforço. Os meses foram longos, os perigos foram muitos, as ocasiões de desistência, inumeráveis.

E ela não desistiu. Ela havia empurrado. Ela havia saído e conquistado.

Ele transbordava de admiração.

Para comunicar essa emoção poderosa, Draco jogou um cubo de queijo sobre o rosto de Granger.

— Posso ajudar? — disse Granger para o queijo.

— Você não comeu. Henriette ficará aborrecida.

Agora ele tentava colocar o queijo na boca dela. Bateu em seu nariz e queixo. Granger afastou o queijo. Draco desejou indicar que ele era melhor em mirar em bocas com outras coisas.

Granger sentou-se e convocou alguns biscoitos para si mesma. Era a primeira vez que eles comiam juntos em muito tempo. Draco observou-a comer uma das quiches lorraines em pequenas mordidas.

— O que? — perguntou Granger.

— Você come como um pigmeu.

Granger parecia provocada. Então ela cheirou. — Gostaria de compará-lo a uma ou outra criatura – mas devo ser justa. Maus modos à mesa não contam entre seus muitos defeitos.

Draco ficou simultaneamente lisonjeado e ofendido. — Meus muitos defeitos?

Agora Granger parecia afetada.

— O que eu fiz? — perguntou Draco. — O que eu não fiz?

— Apenas outra promessa quebrada, — disse Granger, levemente, como alguém faria, se a confiança de alguém nos homens tivesse sido obliterada, mais uma vez, por Draco Malfoy.

— Oh, estamos fazendo isso de novo, estamos?

— Sim.

— Que promessa?

— Você nunca me ensinou Caeli Praesidium.

Draco estava irritado. — Você também nunca me ensinou as coisas que deveria ensinar.

Granger estava segurando um sorriso. — Suponho que ambos estivemos um pouco ocupados.

— Um pouco.

— Você estará ocupado hoje à noite? — perguntou Granger.

— Você deveria estar fazendo nada.

— Eu sei.

— Aprender meu feitiço mais complexo não é nada.

— Permita-me esta extravagância.

— Certo. Mas você vai me ensinar o comando rúnico.

Granger ficou de pé e parecia ansiosa. — Tudo bem.

Ela não conseguiu fazer nada por dez minutos.

— Vamos para o meu escritório, — disse Draco. — Vou ter que extrair algumas coisas. Fica um pouco – teórico.

Draco Malfoy and the Mortifying Ordeal of Being in Love | DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora