O solstício.

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Draco não viu Granger novamente até meados de junho. Ela entrou em seu laboratório em Trinity no momento em que ele estava reformulando suas proteções.

Ela parecia tão suada quanto ele, e um pouco mais atormentada.

— Você está mancando, — observou Granger enquanto ela passava trotando por Draco, suas vestes de curandeira flutuando atrás dela.

— Perceptiva.

— Balaço?

— Mânticora.

Isso a fez parar. Ela girou. — Você já deu uma olhada?

— Obviamente.

— Com quem?

— Curandeiro Parnell.

— Ah, ele é maravilhoso. Excelente. Tchau.

Com isso, Granger se trancou em seu escritório.

Draco pode ter ficado ofendido com este tratamento arrogante de seu eu estimado, exceto que ele reconheceu o olhar distante nos olhos de Granger – o olhar distante, pensando em algo, provavelmente resolvendo a fome mundial.

Sob o pretexto de verificar novamente a proteção interna, Draco entrou no laboratório propriamente dito. Como sempre, estava irrepreensivelmente arrumado. Pareceu-lhe que havia mais frascos de Sanitatem do que antes, e também algumas outras poções de cura de potências variadas, agrupadas em grupos. Novamente, nenhuma nota escrita em qualquer lugar, nem qualquer indicação real do que Granger estava trabalhando.

Ele estava curvado sobre um grupo de minúsculos frascos, tentando determinar se algum deles continha a amostra do Green Well, ou o Beltane Ash, ou a substância misteriosa que ela havia coletado em Ostara, mas ele foi interrompido por Granger colocando a cabeça para fora o escritório dela.

— Você não encontrará muito interesse aqui, — disse Granger quando ela o viu bisbilhotando.

— Eu preciso aprender O Computador, — disse Draco, uma mão em seu queixo.

— Isto ajudaria.

— Me ensine, — disse Draco.

Ele preferia esperar que Granger saltasse na ocasião. No entanto, ela disse: — Não.

— Não?

— Prefiro mantê-lo inútil, por razões estratégicas.

— Menos generoso de sua parte.

— Eu sei, — disse Granger. — A propósito, tenho um favor a pedir a você.

— A resposta é não, — disse Draco.

— Brilhante, — disse Granger. — Isso está resolvido, então.

Ela puxou a cabeça de volta para o escritório e fechou a porta novamente.

— O que está resolvido? — Draco perguntou para a porta fechada.

— Nada, — disse Granger de dentro.

— Diga-me.

— Não.

— Tem a ver com o Solstício chegando? Litha?

— Vá embora – você disse que não queria ajudar.

— Vou abrir esta porta, — disse Draco.

— Não. Eu não estou decente.

— Mentirosa.

— É verdade. Estou me despindo, — veio a voz de Granger. Foi um pouco abafada.

Draco fez uma pausa. — Um pouco conveniente, não é?

Draco Malfoy and the Mortifying Ordeal of Being in Love | DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora