Beltane.

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— Eu vi você dançando com a garota Granger, — foi o comentário inicial de Narcissa no café da manhã na manhã seguinte.

Bem – para Draco, era o café da manhã. Mais tecnicamente falando, era almoço, já que era meio-dia. (Theo estava rindo por último: quaisquer bebidas que ele tivesse servido a Draco resultaram em uma enorme ressaca).

— Eu dancei, — disse Draco.

— Por que? — perguntou Narcissa. Seu tom era leve. Ela passou manteiga na torrada como se não se importasse com a resposta, o que significava que se importava muito.

— Eu a estava salvando de uma dança com alguém com quem ela não queria dançar, — disse Draco. (Esta era uma espécie de verdade invertida, mas tudo bem. Sua mãe não era Legilimente.)

— Ah, — disse Narcissa. — A coisa mais cavalheiresca a fazer.

— Sim.

— Eu acho que foi uma boa ideia, — disse Narcissa.

Draco encontrou os olhos dela com surpresa.

Narcissa assentiu para si mesma. — A percepção do público é muito importante. Draco Malfoy dançando com Hermione Granger envia o tipo certo de mensagem. Somos progressistas e superamos velhos preconceitos. Somos relevantes; não somos vieux jeu.

Draco fez um som abafado de reconhecimento com a boca cheia de omelete.

Narcissa serviu o chá. — A senhorita Granger está fazendo seu nome muito além de suas realizações na guerra. Você ouviu Monsieur Delacroix falar sobre ela ontem à noite... realmente uma bruxa notável.

— Uhum, — Draco disse através de sua omelete.

Narcissa lançou-lhe um olhar penetrante (ela se opunha fortemente a falar com a boca cheia). — Em todo caso, você pode ter me dado uma abertura para convidá-la para algumas de minhas funções, se ela lhe deve um favor pelo resgate. Eu tenho alguns meio-sangues em minhas listas, mas uma verdadeira escassez de nascidos-trouxas…

Narcissa continuou nesse tom até ser interrompida por uma batida na janela. Boethius, a coruja de Draco, estava solicitando a entrada, trazendo uma carta.

— Excelente, — disse Draco quando abriu a carta.

— O que é? — perguntou Narcisa.

— Trabalho, — disse Draco.

Ele conjurou uma pena e rabiscou uma resposta.

~*~

Abril veio e passou em uma garoa nebulosa. Draco via pouco Granger, cuja agenda parecia ainda mais incrivelmente apertada do que antes.

Ele forçou uma interação – uma verificação de bem-estar, na verdade – em uma noite de sexta-feira, quando ela, maravilha das maravilhas, não tinha nada na agenda. Parecia um momento conveniente para aparecer e reformular as proteções de sua casa.

Estava chovendo, como costumava acontecer quando Draco tinha que trabalhar ao ar livre. Ele lançou os feitiços repelentes de chuva mais fortes de seu arsenal sobre si mesmo e começou a trabalhar.

As luzes estavam acesas – Granger estava em casa. Ele podia ver a silhueta dela no chalé bem iluminado, aninhada no sofá com um livro. Eventualmente, a forma do gato apareceu na janela da sala da frente para observar Draco. O gato deve ter feito algum barulho, porque a figura de Granger o seguiu logo em seguida.

Ela olhou para fora e deu a Draco um pequeno aceno, então saiu para ficar na soleira da porta, enrolada em um grande suéter trouxa. Os trouxas ainda adoravam a deusa grega da vitória, aparentemente; O nome da Nike apareceu em letras proeminentes no peito de Granger. Suas pernas estavam vestidas com aquelas calças trouxas. Seus pés estavam descalços.

Draco Malfoy and the Mortifying Ordeal of Being in Love | DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora