We Go Down Together - Dofia (CONCLUÍDA)

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Sᴏғɪᴀ POV
Jᴜʟʜᴏ ᴅᴇ 2023
Mɪᴀᴍɪ, Fʟᴏ́ʀɪᴅᴀ

Flashback on...

- O mais triste de tudo isso é ver que você não deu a menor importância para a confiança e a admiração que eu nutria por você - falou enquanto andava de um lado para o outro.

- Eu já pedi desculpas, amor - indaguei - Estou realmente arrependida, sei que descumpri com a minha palavra. Mas eu prometo nunca mais voltar lá!

- Você quebrou minha confiança e deixou cicatrizes no meu coração - disse com raiva - Eu fui tola em acreditar que deixaria de frequentar aquele lugar...

- Não diz isso. Eu errei e juro de dedinho que jamais farei isso novamente - tentei uma aproximação que foi cortada de imediato - Amor...

- É impossível perdoar uma pessoa que eu depositei minha confiança e só me magoou, mentiu e causou tanta dor - proferiu - Depois da sua traição, acabou. Não adianta perder o seu tempo pedindo desculpa. Você teve a oportunidade quando confiei em você!

- Por favor, amor... Eu preciso de você - ajoelhei diante dela.

- Eu entreguei meu coração a você e pedi que cuidasse dele com todo cuidado e carinho - disse - E o que fez? Você fez exatamente o contrário!

- Perdão, perdão. Eu faço qualquer coisa para redimir tudo isso - implorei, não queria perde-lá para sempre.

- Você é outra pessoa, um alguém que eu realmente não confio e não quero mais na minha vida - falou saindo.

Flashback off...

(...)

Meu pai estava há dias tentando se aproximar, mas eu ainda não estava preparada para seguir em frente. Era hipocrisia minha, eu sei, afinal o meu casamento também sempre foi de aparências, mas precisava do meu próprio tempo. Lina estava em uma rodada, conversava com os acionistas como se fossem velhos amigos. Ela sempre foi muito sociável, decidi ir até o jardim e quando me aproximava do coreto, pude ouvir risadas.

- Não acredito que o seu pai era de uma banda de rock – aproximei um pouco mais e pude ver as duas pessoas – Ele é tão sério

- Ele tenta, mas na verdade não é tanto assim – era Dove e a outra garota, não fazia ideia de quem se tratava – Meu pai é um cara bem diferente em casa - beberiquei o vinho e já sentia o álcool fazer efeito.

- Nossa, até que enfim te encontrei... Ah, oi – uma garota surgiu dentre as plantas – Desculpa interromper, mas o papai está te procurando. Ele quer que você conheça o senhor José

- Pode ir... Não tem problema – tomei todo o líquido da taça.

- Podemos conversar depois, Dove? - perguntou a garota.

- Claro, eu estarei aqui o resto da noite... - a garota e a desconhecida sumiram entre as altas moitas do jardim. O meu pai havia mandado fazer um labirinto com moitas e um coreto bem no centro. Costumava brincar ali quando pequena.

- Por que tá se escondendo aqui? – Dove levou a mão ao peito.

- Droga, Sofia – ficou de pé.

- Já vai? Não vai me fazer companhia? – senti a cabeça girar.

- Ei... – me segurou pelos braços – Caramba, você não acha que bebeu demais?

- Só estou um pouco tonta – sorri e ela quando percebeu o que estava fazendo, se afastou.