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Sᴏғɪᴀ POV
Aɢᴏsᴛᴏ ᴅᴇ 2023
Mɪᴀᴍɪ, Fʟᴏ́ʀɪᴅᴀ

Estávamos em uma reunião com a assessoria da empresa, que repassava a minha irmã e eu algumas informações importantes. Segundo ela, havia interesse do meu pai em patrocinar um time local e planejávamos como seria anunciado, mesmo não sendo nossa área, agora tudo passava por nós.

- Senhor Fischer, não vejo por que alterar o contrato de fornecimento uma vez que temos atendido todas as exigências nele contidas e há reciprocidade no cumprimento do mesmo – disse minha irmã.

- Senhorita Char, com as novas tarifas e tributos alterados recentemente vejo a necessidade de fazer essas alterações para atendê-los melhor e para que possamos manter a qualidade de nossos serviços - respondeu o mesmo.

- Não vejo por que acatar essa solicitação. Estamos dando voltas e mais voltas e o senhor não me convenceu de que essas mudanças sejam realmente necessárias - falei.

- Senhorita Carson... - fiz sinal para que se calasse.

- Senhor Fischer – minha irmã interrompeu – Mudanças no contrato são possíveis apenas a partir de um ano, no mínimo ou a partir do vencimento do mesmo. Isso em caso de renovação. As cláusulas são bem claras quanto a isso. O senhor deveria ter colocado essas possíveis necessidades em pauta quando o contrato foi assinado. Não vejo por que aceitar, tendo em vista que não será relevante para nós, apenas para o senhor e a sua empresa. Eu sugiro que se atente melhor aos seus negócios porque nós estamos atentos aos nossos!

- Bem, se isso é tudo, agradeço aos senhores - falei e minha irmã sorriu satisfeita, se levantando.

- Eu não sabia que a senhorita deixa decisões importantes nas mãos de terceiros – Fischer disse se levantando. Abri um belo e irônico sorriso.

- Senhor Fischer – disse – As decisões relacionadas à empresa são minhas. A relevância dessa decisão a qual o senhor se refere não se aplica a mim e à empresa. Mas respondendo à sua pergunta, o trabalho da senhorita Char é muito relevante aqui, não é a toa que ela é a minha assistente executiva, vice-presidente e também minha advogada. Ela justamente faz o trabalho que é paga para fazer, que é tomar conta e analisar as minhas decisões para que eu não cometa nenhum erro e não solicite futuras modificações nos contratos firmados com meus fornecedores. Agora se me permite... - fiz menção para saírem, onde fizeram com a mesma classe que entraram. Logo um telefone passou a tocar com um volume altíssimo e olhamos para Cam que pareceu ficar constrangido.

- Desculpe... – pegou o celular.

- É a Dove? – Lina perguntou.

- Sim, era... – franzi o cenho.

- E onde ela está? Por que foi embora? – Lina não segurou a curiosidade. Apenas continuei a ler os documentos.

- Eu não posso dizer o motivo, somente a Dove pode fazer isso – a lealdade dele me fez admira-lo ainda mais.

- Deve ser alguma bobagem, aquela garota é uma mimada, não quer nada com a vida. Deve tá querendo apenas chamar a atenção. Ainda bem que isso não caiu na mídia... – Loren soltou cheia de sarcasmo – Ter uma emissora faz milagres, não é mesmo? Brilhante ideia do fundador - um comentário infeliz e fora de hora.

- Me desculpe, senhorita Loren, mas você não conhece a Dove, não faz ideia dos motivos dela, e eles não são da sua conta – Cam disse de forma controlada – Mas sim, eles são reais e dolorosos, ela está... Destruída. Se não tem nada de inteligente para dizer, então somente fique calada - não pude deixar de encara-lo. Ele até mesmo ficou de pé, olhando Loren nos olhos.

We Go Down Together - Dofia (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora