We Go Down Together - Dofia (CONCLUÍDA)

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Sᴏғɪᴀ POV
Sᴇᴛᴇᴍʙʀᴏ ᴅᴇ 2023
Mɪᴀᴍɪ, Fʟᴏ́ʀɪᴅᴀ

As minhas bochechas queimavam em lembrar que fui pega em um momento pervertido e pior, pela própria causadora disso. Ainda não podia acreditar no momento que tivemos no banheiro, da sensação de sua boca explorando meu corpo sem excessão.

- AH! QUE INFERNO! – pressionei o travesseiro contra o meu rosto – Dov, sua... Por que tem que ser assim tão... Foi tão bom, que eu queria passar uma noite inteira com ela

Para que mentir? Eu estava muito apaixonada...

Apaixonada por todas as nuances daquela mulher, por suas versões, principalmente a que vinha demonstrando nos últimos dias. Aquela Dove protetora, carinhosa, essa que até então, não havia conhecido. A primeira vez que estou pensando de verdade em alguém, que sinto tantas coisas, mas tinha que ser justamente por ela. Precisava caminhar um pouco. Olhei as horas e já se passavam da meia noite. Decidi andar um pouco pelos arredores da fazenda, a noite estava esplendida, o vento agradável. Me sentia completamente confortável com aquele ambiente, com o ar puro, o barulho dos bichos. Bem no horizonte, podia ver algumas luzes de casinhas vizinhas.

(...)

Acordei cedo, preparei o meu próprio café e deixei o casarão, indo até os estábulos. O sol já havia nascido há duas horas e o cenário não poderia ser mais lindo. Nunca me senti tão parte de algo como agora. Tão revigorante, que quase me fazia esquecer do cenário que nos levou até ali. Onde estaria o infeliz do Philip? Desejava com toda a minha alma que ele fosse pego e passasse o resto da vida na cadeia.

- Caiu da cama? – virei ao ouvir aquela voz rouca.

E por Deus, como ela ficava linda em roupas casuais...

- Bom dia, querida – desejei e por alguns segundos, esqueci até o que estava fazendo.

Então é assim? Ficamos retardados quando apaixonados?

Que lastima, Sofia...

- Bom dia, Sof... – se aproximou, levantando os óculos escuros.

- Vamos dar uma volta? Preciso verificar algumas coisas pela fazenda e ir à cidade – seu cheiro invadiu os meus sentidos. A noite passada resolveu castigar a minha cabeça.

Estou tão babaca, meu Deus...

- Vamos, eu queria mesmo andar por aí – sorriu e outra vez senti como se houvesse sido atropelada pelo caminhão da cafonice, pois achei o gesto lindo. Entramos em um carro da fazenda, um dos seguranças vinha logo atrás.

Aquilo me fez pensar novamente: onde estaria o infeliz?

Ele teria mesmo coragem de me matar?

Ele já teria o feito?

- Vamos ao local de trabalho do seu irmão, será bem rápido e depois poderemos passear um pouco por aí – voltei ao presente.

- Não tenho pressa, vou precisar conhecer o local, afinal vou passar um tempo por aqui – olhou rapidamente e sorriu.

Ela precisava parar de fazer isso sem avisar, o meu lado apaixonado iria ter um infarto a qualquer momento...

- Você é uma mulher linda. Não me olhe dessa forma, não posso tirar a atenção da estrada – falei. Por que ela tinha quer ser assim, tão irresistível? – A noite passada, ainda não pude esquecer - minha bochecha esquentou.

- Você diz que não pode se distrair e fica falando essas coisas – comentou.

Desde quando sou tímida assim?