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POV Anna Carolyna

Eu não me sentia bem hoje. Na verdade, eu não me sinto bem desde que João foi solto, eu tenho medo dele por mais que todos estejam cuidando ao máximo de mim.

Eu vivo tendo pesadelos, e eles são horríveis e ao mesmo tempo reais.

Entro no quarto de Lucca, e mais uma vez, verifico se ele estava dormindo.

Eu odeio ficar sozinha nesse apartamento, Priscila precisa tirar férias urgente para poder ficar comigo.

Volto para o meu quarto, deito em minha cama e tento prestar atenção no filme que estava vendo anteriormente.

Tem sido estranho.

Saber que João se safou e que a justiça concedeu o pedido da fiança só porque eu não estava morta. Eu sinto um ódio terrível.

Ele tentou me matar, me agrediu diversas vezes e deu um golpe na empresa da Priscila, como isso não pode ser o suficiente para deixa-lo preso?

João é doente e perigoso, merece apodrecer naquele lugar.

O choro de Lucca me faz despertar dos meus pensamentos, bom, chegou a hora de dar alimentar o meu ruivinho.

Pausei o filme e saí da cama, mas travei no mesmo lugar quando João entra no quarto com Lucca, em seus braços.

Meu coração esmagou no mesmo momento.

Meu filho chorava muito, mas João parecia não se importar. Parecia ser canção para seus ouvidos.

— Oi meu amor. - me encarou. - Não se preocupa, pode voltar a descansar. Eu cuido do nosso bebê.

Isso só pode ser um pesadelo.

Acorda Carol.

Acorda!

— João... - falei baixo e completamente aterrorizada.

— Você está viva. Eu fiquei tão feliz quando eu soube, vamos pode recomeçar e ficar juntos. Nós três, como uma família normal.

Meu coração batia forte, tão forte que doía. Isso não pode estar acontecendo!

— Por favor, não faça nada com ele! - pedi olhando para o meu filho vendo o mesmo chorar de agonia, de medo, estava na cara que ele estava estranhando esse monstro. - Me dá ele. DEVOLVE O MEU FILHO! - ele nega sorrindo. 

— Onde foi que eu errei com você, Carolyna? Eu te amava tanto, eu cuidava de você... 

— você não fez nada, eu que fiz. - interrompi ele. - João, você foi perfeito pra mim no início do nosso relacionamento, mas eu me apaixonei. Mas podemos recomeçar, eu te perdoo João. Podemos seguir nossas vidas. 

— Podemos?

— É claro. Só basta você querer, João. - ele nega freneticamente me assustando ainda mais. 

Lucca volta a chorar ainda mais forte e alto, parecia que sua garganta iria rasgar. Eu tinha que fazer alguma coisa, mas não sabia o que. Não estava conseguido raciocinar e eu nem ao menos estou com meu telefone. 

— Ele não vai parar? - perguntou irritado. 

— Me dá ele, está faminto. - falei contento o choro. - Por favor. 

— Essa criança era pra ser minha,  não daquela aberração. PORQUE É ISSO QUE AQUELA PUTA É! UMA ABERRAÇÃO! O que foi Carolyna? Eu não te dei pau o suficiente para você ir atrás de outra pessoa? UMA MULHER AINDA POR CIMA.

Ouvir ele falando tudo isso de Priscila, fez meu sangue ferver. Ele não pode falar assim dela, eu não vou deixar! Ameacei dar alguns passos mas parei de imediato quando ele saca uma arma da cintura. 

Traição - G!POnde histórias criam vida. Descubra agora