Traição - G!P

20

Quatro meses depois
Cabo Frio, Rio de janeiro.

POV Carolyna Borges

— Como está o nosso garotinho? -  Vanessa pergunta entrando no meu quarto.

— Ele conseguiu dormir, finalmente. - respondi suspirando.

— Que bom, eu tenho algo para te contar. - disse me fazendo um pequeno mistério, me deixando curiosa.

— E o que seria? - Vanessa sorriu ansiosa.

— A polícia conseguiu a localização do Noah, e neste exato momento estão indo prender-lo.

— Isso é sério? Tipo, verdade mesmo? - perguntei eufórica.

— É claro Carol, eu nunca mentiria pra você. - pegou minhas duas mãos. - Você vai poder voltar.

— AI MEU DEUS! - gritei mas logo tapei a boca, me lembrando que o bebê estava dormindo.

Eu a abracei forte, eu me sentia extremamente feliz. Eu estou em êxtase pra voltar finalmente para os braços de Priscila, e ela conhecer o Lucca.

— Carol, agora ainda não é seguro. Eu sei que você quer ir logo mas é muito arriscado. João vai ficar sob custódia na delegacia até que o julgamento aconteça e ele seja transferido para o presídio.

Droga! Eu quero ver o meu amor logo!

— E ainda tem mais... - disse desanimada.

— O quê?

— Ele pode ter direto a fiança. Pelo o que a Dani disse, parece que o pai dele está empenhado em tirar o filho da cadeia.

— Mas ele me bateu, me matou... Isso não é o suficiente para ele ser preso?

— Eu sinto muito Cah. E quando você voltar, todos vão saber que você está viva e aí sim ele terá direito a fiança.

Eu não consigo acreditar que ele pode sair impune de toda essa tragédia. Ele é um monstro e tem que pagar por tudo o que ele fez.

— O João roubou a Priscila, isso não pode ser considerado?

— Eu não sei lhe dizer...

— Eu quero ver a Priscila. - falei de repente. - Eu não esperar e nem quero, eu preciso vê-la agora!

— Não é seguro, Carol. Não podemos arriscar!

Senti as lágrimas caírem pelo meu rosto, eu só queria poder abraça-la e dizer que ficaria tudo bem e que iremos ficar juntas logo.

Como uma família.

Eu, Priscila e o nosso filho.

— Tudo bem, eu vou aguentar mais um pouco. - sequei minhas lágrimas e Vanessa se aproxima de mim me abraçando.

— Eu prometo que vocês vão se ver o mais rápido possível.

[...]

Vanessa tinha voltado para o Rio, a mesma não podia tanto tempo comigo. As pessoas iriam começar a desconfiar o porquê ela vir tanto para Cabo Frio, e isso é o que a gente menos quer ultimamente.

Agora eu estou sentada na areia de frente para o mar, com Lucca em meus braços.

O vento está fresco, o céu estrelado e a luz da lua refletia no mar.

— Olha só, meu amor. - falei o olhando. - O céu está completamente iluminado hoje.

Era como se ele me entendesse, seu olhar fixou no céu, o que deixou o bebê completamente vidrado.

— Logo Logo, estaremos com a sua outra mamãe e seremos uma família.

Ele resmunga me fazendo rir. Lucca é tão parecido com Priscila que me impressiona, os olhos, a boca, as mãozinhas compridas...

Eu sou completamente apaixonada nele.

Quando descobri a gravidez, não tinha dúvidas que o bebê que eu estava esperando era de Priscila.

Eu sabia que não poderia vê-la nem tão cedo, e só em pensar que estava carregando um pedacinho seu dentro de mim, aliava um pouco da saudade.

Escuto o celular que Vanessa me deu tocar no bolso, eu o pego e atendo.

— Vanessa...

— O João foi preso, ele está na delegacia sendo interrogado.

— Isso é sério? - perguntei sentindo uma alegria imensa me preencher.

— É sério Carol, ele foi preso.

— Isso significa que eu posso ver a Priscila, não é? - perguntei esperançosa.

— Bom, quanto a essa parte, pode deixar comigo.

— Aí meu Deus, eu estou tão feliz! - falei sorrindo.

— E o meu afilhado, cadê? Já dormiu?

— Não, estamos vendo as estrelas .

— Bom, agora eu tenho que ir. Eu sou testemunha e preciso depor.

— Obrigada Vanessa, você é um anjo na minha vida.

— Não precisa agradecer, nos vemos no fim de semana. Se cuidem, eu amo vocês. - ela desliga encerrando a chamada.

Aí Meu Deus.

João foi preso, eu finalmente vou poder voltar.
Eu sinceramente nem acredito nisso.

Olhei pra Lucca que me olhava curioso e apertei ele em meus braços.

— Filho, vamos ver a mamãe!