Oficializando

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- Você não pode... VOCÊ NÃO VAI TOCAR NO MEU PAI! – ela avança em mim, mas eu a seguro.

- Acho que você sabe muito bem que eu posso e vou fazer. – me aproximo de seu ouvido – tudo que eu quero eu tenho e por agora eu quero você, senhorita Beauffort.

Vejo uma lágrima solitária rolar por seu rosto e reprimo a vontade de enxuga-la. Ela volta a se afastar.

- Você ainda não me respondeu Thaís.

Thaís

Me perguntei várias vezes se estava ficando louca, ou se tinha bebido além da conta e estava delirando. Mas mesmo eu querendo que isso acontecesse eu estava bem lúcida e tudo ao meu redor estava realmente acontecendo. Quando minha vida virou essa novela clichê onde eu estou sendo obrigada a casar.

Eu simplesmente estava me divertindo com minhas amigas como fazíamos todos finais de semana e segundos depois estava sendo carregada a força por um homem que agora está ameaçando meu pai. Eu já estava a um passo de começar a gritar igual a uma louca para toda essa situação.

- Você ainda não me respondeu Thaís.

Eu estagnei no lugar, só de ouvir a voz dele me dava arrepios pelo corpo e não era uma sensação boa. Eu não queria chorar na frente dele mais uma lágrima acabou escapando e eu estava me segurando para não derramar mais nem uma, eu nunca demonstrei tanta fraqueza a alguém como estou agora, sempre preferi chorar sozinha.

- Eu aceito casar com você – falei entredentes, parecia que eu estava oferecendo minha alma ao diabo e pelo o que já ouvi sobre Vincenzzo Martinelli não duvidaria que fosse exatamente o que estava acontecendo.

Voltei a me direcionar a boate e dessa vez não fui interrompida pelos seus capangas.

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Hoje já era quinta-feira, faziam exatamente 5 dias que não tinha notícias de Vincenzzo Martinelli e não sei se isso me deixava feliz em pensar que ele pode ter mudado de ideia de seu delírio ou me deixava aflita por essa falta de notícia.

Estava em meu escritório terminando de analisar alguns papeis para ir almoçar. Terminado isso já estava me dirigindo a sala de meu pai para saber se ele iria almoçar comigo, chegando em seu andar sua secretária não estava então fui entrando em sua sala sem aviso.

- Papai vam – ele estava na sala, mas ele estava acompanhado – ow, desculpe, não sabia que estava ocupado – fui me retirando, mas meu pai me chamou.

- Oh querida venha, pode entrar. Estávamos falando de você – estranhei seu comentário, mas entrei fechado a porta. O homem que acompanhava meu pai se levantou e só quando ele se direcionou para mim que tive a terrível surpresa e paralisei – o senhor Martinelli veio a negócios e comentou que vocês se conheciam.

Eu não conseguia dizer nada, implorei tanto a Deus para não ver esse homem nunca mais em minha frente e era exatamente onde ele estava agora e com um sorrisinho prepotente que eu queria arrancar a base da pancada. Meu pai veio até mim, que até agora não tinha falado nada.

- Fico feliz em lhe ver novamente senhorita Beauffort.

- Querida, você está bem? – meu pai toca em meu ombro me trazendo de volta a terra.

- Estou... – falo no automático tentando engolir o nó que está se formando em minha garganta.

- Bem, como havia dito, Vincenzzo – ele se vira para o diabo em nossa frente – posso te chamar de Vincenzzo?

- Claro que pode! – ele falava sínico – já somos como família – direcionando essa fala diretamente a mim e sorrindo como se tudo estivesse normal e eu sinto minhas pernas quererem fraquejar.

Terrible ObsessionOnde histórias criam vida. Descubra agora