Imposição

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Vi aquela criatura que estava desestabilizando meus pensamentos encolhida no chão. Isso me fez sentir uma culpa que mesmo fazendo o que eu faço nunca tive, a coloquei nessa situação a força, mas mesmo vendo sua situação eu não a quero longe de mim, mesmo a vendo sofrer seu lugar e comigo e um dia ela irá ver isso.

- Thaís.. – me abaixei em sua frente – ei, olhe para mim – toquei em seu braço.

- Eu estou tentando Vincenzzo! – falou entre dentes – mas ficar entre sua família agora, principalmente com seu pai não está me ajudando a superar essa merda.

- Eu sei.. ele não vai mais lhe importunar.

- Eu tenho que ir para minha casa, Vincenzzo, voltar a trabalhar para ocupar minha mente! Ficar na porcaria dessa casa só olhando para paredes está me deixando mais louca ainda.

- Você não está pronta ainda.

- EU TAMBEM NÃO ESTAVA PROTA PARA VER UM HOMEM MORRER NA MINHA FRENTE! – ela começou a chorar.

- Eu sei, mas vai ficar melhor a partir daqui. Nada mais desse tipo vai acontecer de novo.

- Eu não acredito em você.

- Mas você vai ter que acreditar! – tento manter a calma – e para provar isso vou deixar você ir para sua casa – ela arregala os olhos.

- Não brinque comigo, Vincenzzo!

- Não estou... mas tem uma condição.

- Por que você não vai se foder!

- Thaís.. – a repreendi.

- Você não tem o direito de me prender aqui, nem me dar condições para que eu possa sair!

- Tenho, desde que serei seu marido.

- Eu não concordei com isso, Vincenzzo! E você sabe bem disso, então me poupe de suas ordens.

Eu a ignorei e simplesmente a levantei do chão a pondo em meus braços, saindo do banheiro e a levando para cama. A coloquei com cuidado mas não consegui me afastar, fiquei a observando de perto.

- É melhor você minha querida – passei o indicado em sua bochecha – se acostuma comigo, porque eu não vou deixar você ir nunca mais. Você é minha como agora eu sou seu – me aproximei e depositei um singelo selinho em sua boca, ele não se mexeu, so me observou.

Me afastei e a deixei pensar em tudo, mas antes de sair a olhei.

- Amanha voltará para casa, mas comigo.

- Como assim? – falou assustada

- Vou morar com você.

- Não você não vai! – ri com a sua tola sensação de que dominava alguma coisa.

- Nós, daqui a pouquíssimo tempo já estaremos morando juntos, um momento a mais ou a menos não fará diferença. Tenho que ficar de olho em você.

- Fará diferença para mim! Já não basta isso tudo ir contra a minha vontade? Desde que você entrou em minha vida tudo virou uma bagunça, EU NÃO TENHO CONTROLE DA MINHA PRÓPRIA VIDA VINCENZZO! E isso está me enlouquecendo. Então, amanhã bem cedo estarei em casa e não, você não vai morar comigo antes desse maldito casamento.

Eu via que tudo isso a estava matando e por mais que a quisesse perto o tempo todo, eu a tinha que deixar ir, não muito longe é claro e sempre de olho nela, mas tenho que ceder por hora.

- Está bem então, eu a levarei para casa amanhã. – disse saindo do quarto.

Desci as escadas querendo ir para a cozinha, mas Anthony apareceu em minha visão.

- Vincenzzo, venha cá – me chamou para o escritório.

Quando entrei fechei a porta.

- Que porra você acha que está fazendo? – falou dando um soco na mesa, me sentei sorrindo achando graça em tudo isso.

- Não sei do que está falando.

- Você atirou em Carmichael, Vincenzzo!

- Haa, isso. Bom, estava dando uma lição nos MEUS Subchefs. Acho que você sabe do que estou falando.

- Você atirou nele só porque ele obedeceu a uma ordem minha?!

- Exatamente! – me levantei – Você não manda em mais nada e parece que você não entendeu isso ainda. O tiro na perna foi só um aviso, da próxima vez que qualquer um deles fizer alga pelas minhas costas, principalmente por uma ordem sua eu mato cada um deles! – ele fica em silêncio – bom, conversa boa. – disse saindo do escritório.

Espero que ele entenda que eu sou o capo nessa merda de organização e ele entrar nos meus negócios de novo vou ter que aniquilar ele.

Terrible ObsessionOnde histórias criam vida. Descubra agora