Tentando Superar

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THAÍS

Vincenzzo saiu do quarto e eu não sabia o que fazer, mas pelo jeito eu teria que convencer que estava aceitando a situação, me adaptando. Apesar de que eu teria realmente ter, que de que alguma forma me adaptar a situação por que por mais que eu queira não sei como sair disso. Momentos depois Madalena entra no quarto e vem pegar a bandeja com a comida.

Eu estava sentada na cama pensando, e só a observei se aproximar, ela sentou na beira da cama me olhando com pena.

- Não me olhe assim! – falei meio com raiva e tristeza.

- Desculpe menina. Mas, por mais que o que você passou seja inimaginável e minina tem que entende-lo.

- Entender ele?! Com todo o respeito mas a senhora perdeu o juízo? Pelo menos tem ideia do que ele me fez vivenciar? – falei já com os olhos cheios de lágrimas só por lembrar de tudo.

- Eu sei menina.

- A senhora não sabe! E eu nunca vou esquecer o que aconteceu e olhe eu queria, queria muito.

- Ele fez para proteger você, acredite. – eu ri com sua fala, me proteger o caralho – você não acredita mais ele gosta da senhorita.

- É claro que gosta – falei irônica.

- Ele podia ter qualquer uma, tem muitas aos pés dele, muitas que sonharia em ser sua mulher mesmo sabendo dos riscos, mas ele escolheu a senhorita.

- O problema é que eu não o escolhi!

- Se o desse uma chance.. – ela me olhou esperançosa, mas nem se eu quisesse isso aconteceria. Ela percebendo que não tiraria mais nada de mim e então suspirou.

Ela se levantou pegou a bandeja com a comida intocada.

- Vou trazer outra comida para a senhorita – não a respondi

- Não traga...

- O menino pediu que o trouxesse então eu trarei – falou com um meio sorriso já saindo.

- Senhora. – ela se virou e para me encarar – Não traga – antes que ela pudesse me contrariar eu falei de novo – eu vou comer na mesa, tenho que sair desse quarto antes que enlouqueça – ela apenas sorriu e acenou com a cabeça.

Eu tenho que me reerguer, tenho que sair desse estado de torpor se não nunca vou sair daqui, tenho que voltar para a minha vida. Fazia quase um dia inteiro que estava nessa cama e já estava ficando louca, por mais que o que aconteceu foi recente e esteja assustadoramente fresco em minha mente eu tenho que voltar a minha rotina para ocupar minha mente e isso só seria possível se eu mostrar que estou bem.

Para começar tenho que tomar um banho, mesmo que eu tenha que vestir a mesma roupa por não ter nem uma muda de roupa aqui, mas pelo menos estaria limpa. Vou para o banheiro tomo meu banho, eu poderia encher a banheira mas demoraria demais. Ligo o chuveiro e na água quente deixo-me dispersar de tudo que estou sentido.

Eu já me lamentei demais! Me lamentei pensando no por que do Vincenzzo ter me escolhido, me lamentei por achar que não merecia que isso tudo estivesse acontecendo comigo, mas já chega! Eu tenho que parar de me lamentar e começar a agir como uma pessoa que tem pelo menos um pouco de controle da própria vida.

Estava deixando que aquela água levasse minhas preocupações, pelo menos por hora.

Acabei de tomar meu banho e voltei pro quarto e em cima da cama estava um vestido florido, estranhei, mas já que estava lá para mim então o vesti. E como esperado o vestido ficou grande, na cintura até que ficou certo, mas no tamanho provavelmente em sua dona fica nas coxas e em mim ficou um pouco abaixo dos joelhos, mas não me incomoda, coisas que acontecem com baixinhas. Como não tinha nada além do tênis que usei noite passada o coloquei também, logo Madalena bateu na porta me avisando que a mesa estava posta.

Terrible ObsessionOnde histórias criam vida. Descubra agora