Sentimentos?

156 28 0
                                    

- Espera, eu posso explicar – falei tentando sair das garras dele, mas foi em vão.

- Sim, minha mulher – ele disse ainda mais sínico.

- Vincenzzo, para. Raphael, vamos conversar lá fora – tentei sair do aperto de novo mais não consegui.

- Você não vai conversar com ele sozinha.

- Você não manda nela, cara – Raphael falou se aproximando de Vincenzzo o encarando.

- Pior que mando – disse ele sorrindo.

- Tá ficando maluco Vincenzzo! Me solta! – ele me ergueu pela cintura me botando pra dentro do apartamento e fechando a porta na cara de Raphael.

- Mandei você se livrar dele, se não fez antes não vai fazer agora – falou alto.

- Ponha uma coisa na sua cabeça Vincenzzo Martinelli, não pense que por que eu aceite casar com você eu vou aceitar tudo calada! Não sou uma marionete sua e não vou permitir que nem você e nem ninguém mande em mim! Entendeu?! – gritei e o empurrei saindo do apartamento.

Raphael estava no final do corredor me esperando, suponho.

- Hey...

- Você vai casar? – me assustei - Escutei você gritado com esse cara – não era pra ele saber assim.

- É complicado Raphael...

- Faz uns 15 dias que a gente se viu pela última vez... e a gente parecia bem. Não tem como você conhecer esse cara em 15 dias e já estar noiva.

- Eu sinto muito.

- Você estava me traindo!

- Traindo Raphael? Não tínhamos nada sério. Estávamos mais para ficantes fixos, nada mais.

- E por isso que você agiu como uma vagabunda, ficando comigo e com mais não sei quantos?

- É melhor você ver bem como fala comigo. Eu sou solteira Raphael, eu fico com quantos eu quiser e quando quiser. Esse não foi o caso aqui e mesmo que fosse isso não me torna uma vagabunda – estava voltando para meu apartamento, mas ele me segurou pelo braço me puxando de volta.

- Seu futuro marido sabe a grande vadia que você é? - ele estava com raiva, dava pra ver, mas isso não o dava o direito de me desrespeitar - Que tal eu contar a ele...

- Fale com ela assim de novo e eu ponho uma bala na sua cabeça – me arrepiei com a voz de Vincenzzo atrás de mim, percebi o ódio em sua voz.

- Olha ele ai... saiba que eu não me importo de dividir o material, já estávamos dividindo mesmo – antes que ele terminasse eu dei um tapa em seu rosto que senti minha mão ardendo.

- Quem você pensa que é babaca! Nunca disse a você que tínhamos exclusividade. Sempre deixei claro pra você que eu não queria compromisso, então não me ofenda porque feri sua masculinidade frágil, não seja hipócrita Raphael, eu sei que ficava com outras garotas além de mim, mas o "vagabunda" só serve pra mulher, você provavelmente era o fodão. Dá próxima vez que você falar merda de mim, eu mesma ponho uma bala na sua cabeça.

Me afastei dele e mesmo assim ele tentou de novo agarrar meu braço, mas Vincenzzo entrou na frente e o empurrou.

- Eu juro pelo que é mais sagrado, se você encostar nela eu mato você! – ele disse.

Raphael empurrou Vincenzzo.

- Quem você pensa que é pra me ameaçar.

Em segundos os dois estavam frente a frente, Raphael era uns bons centímetros abaixo de Vincenzzo. Vincenzzo estava segurando Raphael pelo pescoço contra a parede.

Terrible ObsessionOnde histórias criam vida. Descubra agora