O elevador chega mostrando a secretária de meu pai, ela olha para mim e me cumprimenta e depois encara Vincenzzo e perdura o olhar até as portas se fecharem, eu simplesmente rolo os olhos.
- Eu não lembro de ter concordado com isso, não era para meu pai saber.
- Vamos nos casar, uma hora ele tinha que saber.
O elevador abre em meu setor.
- Tinha que ser agora?!
Falo saindo não dando tempo dele responder, entro em minha sala e seguro a porta para ele passar depois a fecho.
- Que porcaria você estava pensando? – gritei.
Ele foi mais rápido me prendendo contra a parede.
- Dá pra você não gritar? Se não vou ser obrigado a calar sua boca com a minha – meu coração começou a bater mais rápido na hora, mas tentei não demonstrar. Ele tinha que ficar curvado para ficar cara a cara comigo.
- Você não se atreveria – tentei manter a banca de indiferente, mas não durou muito.
Ele olhou em meus olhos e esboçou um sorriso malandro que se fosse em outra situação provavelmente me deixaria mole mas tentei não pensar nisso. E foi nessa hora que ele colou seus lábios nos meus, um selinho, no primeiro momento eu me debati e tentei sair de perto dele só que ele é mais forte que eu e me impediu me deixando no lugar e continuando cara a cara.
- Eu te machuquei? – não entendi porque dessa pergunta mas ai ele simplesmente tentou levantar minha blusa que estava por dentro da calça.
- O que está fazendo? – perguntei segurando sua mão. Ele me olhou tão intensamente que sem querer eu confiei nele e deixei que ele terminasse seu ato.
Estava me martirizando por dentro por deixar ele levantar minha blusa, ele estava focado em um ponto especifico pela minha barriga e eu estava focada nele. Não tinha notado como ele era bonito de perto, seus olhos tinham um azul escurecido e intenso, sua pele branca e com algumas sardas quase imperceptíveis, seu cabelo num loiro escuro quase castanho bem peteado para trás.
- Desculpa – falou me puxando para realidade e agora ele me encarava.
- Pelo quê?
- Machuquei você – ele volta a olhar para minha cintura e eu acompanho seu olhar.
Estava com um roxo leve na cintura, deve ter sido quando ele me apertou no escritório do meu pai.
- E você se importa? – falei baixando a blusa.
- É claro que me importo. Você por algum motivo está se tornando importante para mim – tive que rir com sua fala, o homem que me ameaçou para casar com ele dizendo isso era realmente hilário.
- Não parece... si se importasse comigo não estaria fazendo isso, me obrigando a casar com você!
- Você não entendi? Eu me interesso por você.
- Se interessa por mim? – falei incrédula – si se interessa por mim me convidasse pra um jatar, me chamasse pra sair! NÃO AMEAÇAR A VIDA DO MEU PAI! – o empurrei para longe – você é maluco.
- Não é assim que as coisas funcionam comigo, se eu quero uma coisa eu a tenho!
- Só que eu não sou uma coisa senhor Martinelli! – falei já irritada – não sou um objeto que você viu na vitrine e quer comprar, sou uma pessoa de carne e osso, tenho minhas opiniões próprias, você não pode obrigar uma pessoa a gostar de você!
- Já disse que você vai me conhecer e vai gostar de mim, me amar até..
Bufei com sua afirmação
- Sei..
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Terrible Obsession
RomanceMatteo Martinelli é o chefe de uma das mais respeitada Máfias Italianas, além do seu ramo de Hotéis que usa como disfarce para suas operações ilícitas. Com seus 38 anos foi treinado para ser frio e calculista, nunca quis se envolver de verdade com a...