Maldição

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- Boa noite, Thaís. – Anthony falou sínico.

- Vincenzzo, se você não falar o que está acontecendo eu vou embora.

- Não, você não vai. Pelo menos, não agora. – Anthony falou, mas eu ainda estava olhando incrédula para Vincenzzo.

- Você não vai fazer nada – falei soltando sua mão.

- Você tem que ver uma coisa - falou simplista olhando para o chão evitando meus olhos

- Tragam ele – Anthony mandou.

Um cara parecendo um capanga estava trazendo outro homem encapuzado e com as mãos amarradas para trás e eu estava olhando aquilo tudo com o desespero começando a bater forte.

- Se meu filho não lhe explicou, eu explico. – falou meu sogro andando lentamente para perto do cara encapuzado que estava parado no centro de todos – Você minha cara, está entrando para uma família da Máfia e com isso, tem que entender as proporções disso. Esse – apontou para o homem no centro – é um rato, um traidor e como tal tem que morrer.

Botei a mão na boca para impedir que meu grito de surpresa por está entendendo o que estava acontecendo saísse.

- E você – ele continuou – como a futura nova integrante dessa família tem que entender como resolvemos nossos problemas.

- Não! Eu não vou ficar aqui pra esse insanidade – falei já dando meia volta para ir embora, mas os braços de Vincenzzo envolveram minha cintura me tirando do chão e me botando de volta aonde estava – me solta Vincenzzo! – gritei – Vocês são malucos!! Me deixem ir embora.

Falei com as lagrimas já ameaçando em sair.

- Controle sua mulher Vincenzzo, se não eu controlo - um dos velhos falou

- Nem você e nem ninguém toca nela! Eu mato o primeiro que tentar – vi a sobrancelha de Anthony arquear

- Vincenzzo! Por favor, me deixa ir – felei me virando para olhar seu rosto e mesmo que ele estivesse me defendendo ele não emitia nada através de suas feições.

- Você vai ter que ver, Cacau – disse para que só eu ouvisse.

- Não, por favor – assim caindo minha primeiro lagrima da noite, ele enxugou.

- Vamos acabar logo com isso! – algum outro homem daqueles falou, em seguida Vincenzzo me girou para que eu voltasse a olha para aqueles homens, me mantendo em suas garras e eu a todo momento tentando sair.

- Bem, comecem – anunciou Anthony.

Apareceram mais capangas e começaram a bater no cara encapuzado, bateram de todas as formas, com soco inglês, taco de beisebol, barra de ferro, pontapés e eu só sabia gritar para pararem e chorar. Depois do que parecia horas, mas provavelmente só se passando alguns bons  minutos, quando o homem já estava no chão todo ensanguentado Anthony se pronuncio de novo.

- Vamos acabar logo com isso, - e com essa fala ele sacou uma arma apontando para a cabeça do homem no chão.

Eu já estava fraca, minha vista embaçada e achando que a qualquer hora eu iria desmaiar.

- Bem vinda a família, norinha – disse Anthony sorrindo e logo após atirou. Minha última visão foi a mancha de sangue formada pelos miolos do homem pelo impacto da bala e logo depois a poça de sangue se formando debaixo do corpo sem vida e assim minha visão escureceu ao mesmo tempo que sentia Vincenzzo me amparando em seu braços e eu abracei a escuridão de bom grado.

Despertei sem abrir meus olhos, me sentindo com uma dor de cabeça terrível e quando enfim abri meus olhos me localizando em um quarto que não era o meu, com as cortinas semifechadas não deixando o quarto em total escuridão, só com uma fresta de luz do sol entrando. Foi ai que os acontecimentos da noite passada vieram a minha mente e meu corpo começou a tremer de medo e eu comecei a chorar.

Terrible ObsessionOnde histórias criam vida. Descubra agora