Hoje é o dia da escolha dos jogadores do time de quadribol. Os professores de quadribol se reuniram e decidiram as datas. Elas foram marcadas para após o término dos times de futebol.
Cada time terá uma hora para escolher seus integrantes. Depois, serão dois treinos por semana, pois são muitos times e poucos horários. E o costume é de se escolher o time titular e o reserva para fazer os treinos e já ter um reserva treinado caso alguém precise sair do time ou não possa jogar.
Eu sei, parece que só tem nove professores na escola toda porque a diretora da escola falou só eles. Mas ela tava dizendo sobre só um professor de cada matéria no primeiro dia. Ela falou ali sobre os responsáveis para cuidar dos alunos nas viagens para a cidade próxima e responsáveis pelo comando dos outros professores.
Como são muitos alunos que vão, a escola colocou um professor de cada matéria para cuidar, mas são quatro professores de cada matéria e são quatro salas de cada matéria com menos alunos em sala e sete para as matérias com mais alunos para dar conta de tantos alunos.
A pirâmide é muito maior do que se pensa. Tanto que ela é cheia de feitiços para a proteção. Aviões nunca conseguem vir para cá porque senão os feitiços fazem os aparelhos pararem de funciona. Causa um buraco no radar trouxa. Eles se perdem no meio da floresta.
Aliás, a pirâmide também vai até para baixo da terra, que é onde ficam as cozinhas e as salas dos mantimentos e coisas da escola. É onde ficam os animais e onde dormem as bruxas e os bruxos que limpam a escola e cozinham os alimentos do mundo todo. Abaixo do saguão, possuem escadarias que vão para baixo para onde esses bruxos ficam.
Parece que ninguém limpa a escola, mas há funcionários para limpar e cuidar da escola. E a zeladora é a zeladora que comanda todos eles. Ela fica na porta no primeiro para receber os alunos e ajudar os professores. É um trabalho muito importante. Ela é uma bruxa muito boa no que faz, senão nem estava aqui.
Enfim, são quatro professores que cuidam dos times de quadribol. Ainda tem mais dois que cuidam dos times de futebol. São trinta e cinco times de quadribol ao todo e vinte e um de futebol.
Parece que são poucos professores de esportes para tantos times, mas aqui na América Latina, os professores são sobrecarregados. E isso não mudaria em uma escola bruxa. Eles precisam se virar com o que possuem.
Quando falei sobre as salas que estudo, falei sobre a sala do professor que estou indo. Mas tem as outras salas.
Cada andar de salas de aulas possui várias salas, não só uma. Seria loucura só possuir uma sala e um professor quando a escola tem quase dez mil alunos. Então, o costume é ver alunos do primeiro ano indo para as salas passando pelo corredor junto com alunos de outros anos. Assim como alunos de onze anos andam pela escola e almoçam com alunos mais velhos.
Mas geralmente nas mesas, por exemplo, há as mesas onde ficam os alunos mais novos e as mesas onde ficam os alunos mais velhos. Não é comum ver alunos de onze anos numa mesma mesa que um de dezessete. É mais comum ver os de onze com, no máximo, os de treze. Tem os de dezesseis que ficam com os de dezessete. Depende, se surgir amizade. Por isso, é tão fácil observar os alunos da minha idade que fazem parte dos Purgare Petitio. Eles estão sentados próximos a mim.
E também... Assim como há locais no rio onde os pequenos não vão e locais onde só vão os mais velhos. Há uma certa separação natural das idade e também de hierarquia.
Os times de futebol e quadribol são a elite da escola. Eles são famosos, têm torcida, têm uniformes, têm bandeiras, têm tudo. Têm, principalmente, rivalidades dentro e fora de campo. O que é bem interessante de se ver. O que faz o esporte ser um show.
Os torcedores são presentes e comemoram a divulgação dos times formados todos os anos. Cada time formado, geralmente, joga desde o primeiro ano até o último. O que faz com que sejam anos torcendo pelos mesmos jogadores, mudando só um ou dois ao longo dos anos.
As crianças começam a torcer pelos times com onze anos e vão torcer até o último ano por praticamente os mesmos atletas. O que faz existir os atletas que viram ídolos eternos, dependendo de seus feitos. Então, elas possuem homenagens nas estantes de cada time. Meu avô está lá.
Há estantes dos times, como eu disse. Os troféus dados para cada ano são enormes e têm os nomes encravados neles desde o primeiro campeão. Mas a verdade é que glória de ter o nome ali, geralmente fica só com dois times. Há uma certa hierarquia e, geralmente, os mesmos times dividem essa glória.
Tem os times que conseguem apoio de pais poderosos e ricos que bancam os melhores equipamentos. Por exemplo, o meu time é um time que venceu alguns anos e possui ajuda externa.
Nós temos vassouras que são consideradas boazinhas. São vassouras feitas nos Estados Unidos, chamadas de Fastflyaway. Que nome péssimo! Que falta de imaginação! Quem inventou isso?
Mas a questão aqui, é que nós temos vassouras que voam cerca de trezentos e dez quilômetros por hora. Em comparação com uma Firebolt, que é considerada a melhor da década de noventa da Inglaterra... A Firebolt fazia duzentos e quarenta. Só que há a vassoura dos times mais ricos da escola. Elas fazem cerca de quatrocentos quilômetros ou até mais.
Os mais ricos são os que mais venceram os campeonatos. A vassoura deles é comprada direto da Europa. Sempre o maior lançamento todo ano. Eles trocam de vassoura todos os anos, pois seus pais são gente graúda e poderosa, podendo comprar sempre o mais caro. Então, é quase impossível vencer eles em uma partida, mas há as excessões. Tanto que as Gaviões venceram algumas vezes.
Eu poderia comprar uma vassoura cara dessas? Acho que poderia comprar um ano. Nos outros, não acho que teria tanto dinheiro assim. Nenhum da minha família viveu na extravagância. Todos nós competimos no mesmo time. Nossa riqueza não foi feita para ser gasta em vassouras, mas em nossas vidas após aqui.
Sempre soube qual time eu deveria jogar. E tive a sorte da Mon se inscrever justamente no que deveria. O time feminino brasileiro, chamado de Gavião-pedrês, pois dizem que a criadora era muito fanática no time de futebol brasileiro chamado Corinthians e esse é o gavião do mundo trouxa mais feminino que existe no Brasil, parecendo quase uma pombinha, mas mexe com ele para ver, ele arranca seus olhos. Pode procurar a foto dele, vai ver.
Esse é o time que minha mãe e minha tia jogaram. Pois esse time é o mais aberto a mulheres asiáticas. E, como somos parte de um grupo fora da Ásia, a gente não poderia andar só com os homens asiáticos. A gente precisaria se misturar para observar melhor. Estar em um nicho só iria atrapalhar tudo, pois impediria que a gente circulasse. Consegue entender?
Minha família é uma família muito antiga aqui. E nosso método é esse, o de se enturmar entrando no quadribol. Não que todos sigam esse método. É mais que nós preferimos assim. E acho até melhor porque me ajuda no que preciso fazer.
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Lover (REPOSTAGEM REVISADA E MELHORADA)
FanfictionEssa é uma fanfic para maiores com temas mais fortes. Leia por sua conta e risco. Mon vai para seu último ano em Castelobruxo e conhece Sam, uma aluna de intercâmbio. Lover se chama assim por ser minha história mais amorosa, calorosa, cheia de cari...