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Diga ao Brian para me encontrar em Los Angeles daqui dois dias — Dom diz do outro lado da linha telefônica.

Mia e eu nos olhamos.

— O que vai fazer? — Mia pergunta.

Vou pra Tokio. Trazer o Han pra casa — E então a linha fica muda.

— Irei com eles — Me levanto, desfazendo coque do meu cabelo.

— É perigoso Lottie. Brian e Dom sabem se virar — Mia tenta argumentar, vindo atrás de mim quando eu a ignorei e fui em direção ao meu quarto.

!No soy de porcelana! — Eu aumento meu tom de voz, me virando para ela, fazendo Mia se assustar. — Mia, eu tenho 26 anos. Só alguns anos a menos que você. Não sou fácil de quebrar então por favor, pare de agir como se eu fosse. Eu não vou deixar nosso irmão tentar se matar pela milionésima vez, sozinho com o seu marido

— Se vocês se machucarem, eu perco os três — Mia diz me puxando para um abraço.

— Deveria saber que vazo ruim não quebra. Dom vai ficar bem — Eu brinco, nós duas rindo.

— Eu quero os três de volta sem nenhum arranhão. Se algum de vocês estiver com qualquer coisa fora do lugar, vão conhecer o diabo mais cedo — Mia ameaça e eu não dou risada. Eu sabia bem que esse pingo de gente falava sério.

— Sim senhora — Eu bato continência fazendo nós duas gargalhar.

— Sim senhora — Eu bato continência fazendo nós duas gargalhar

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— Me promete, Brian. Chega de enterros — Escuto Roman sussurrar para meu cunhado.

— Só vai ter mais um — Meu cunhado o responde.

— O dele — Quem completou a frase fui eu que estava logo à frente deles.

Vi meu irmão se afastar do caixão e ir em direção ao seu carro. Uma Maserati prata rodeava o cemitério a alguns minutos, eu já tinha sacado o que estava acontecendo então não demorou nem 1 minuto para eu ir atrás do meu irmão.

Quando ele deu partida, eu o segui no meu carro. Mantive uma distância segura para nenhum dos dois me notarem, cortei carros no trânsito e os segui até uma espécie de túnel, viaduto, ou seja lá o que era aquilo.

— Puta que pariu! Dom! — Eu o chamei aos gritos ao ouvir o barulho dos carros se colidindo. Parei o carro de qualquer jeito e saí, indo em direção a eles que já saiam do carro.

— Charlotte? — Meu nome é chamado, mas não tinha sido meu irmão.

— Decks? — Eu estava decidindo se eu ficava confusa ou totalmente irada.

— Vai embora daqui! — Deckard e Dominic gritam ao mesmo tempo pra mim. Dominic segurando uma marreta enquanto Deckard segurava uma arma de fogo.

Eu estava irada. Totalmente irada. Quem eles pensam que é pra gritar comigo? Tão achando que aqui é o cu da mãe Joana.

— Gritem de novo e vai ter mais dois enterros pra gastar dinheiro — Eu ameacei e ambos ficaram em silêncio, se olhando com caras de machões.

O nível de testosterona aqui tá gigante.

Eu soltei um grito quando tiros começaram a vir do alto, um grito de susto, diga-se de passagem. Dominic me agarrou, se usando como um escudo para me proteger e eu escuto o barulho dos passos de Deckard se afastando por cima dos tiros.

Vagabundo.

Os tiros continuaram, uma bala ricocheteando no carro do meu irmão e me acertando de raspão no braço. Soltei outro grito.

Não me orgulho do que aconteceu a seguir. Não sei se foi do estresse, da dor, ou se foi apenas exaustão. Apenas sei que desmaiei alguns segundos depois de receber o tiro.

— Aí porra! — Dei um tapa no braço da enfermeira quando ela deu a terceiraagulhada

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— Aí porra! — Dei um tapa no braço da enfermeira quando ela deu a terceira
agulhada.

— Se ficar parada, não vai doer tanto — Ela me respondeu pela terceira vez.

Odeio hospital. Mesmo que não estivéssemos em um.

— Tej! Eu quero uma combinação infernal entre isso e aquilo — Meu irmão gritou apontando para o carro blindado e um Charger.

— É muita blindagem, vai te deixar lento

— Agora não importa mais só ser veloz — Dominic o responde e consigo ver da onde estou, o sorriso animado de Brian.

Eu falo que ele é suicida. Ninguém acredita.

Mais tarde naquele dia, Tej fazia o que meu irmão tinha mandado. Brian o ajudava e Roman fazia suas piadas. Letty mexia em seu próprio carro enquanto eu ficava com meu irmão observando tudo e todos, bebendo uma Corona.

— Como o conheceu? — Dom pergunta. Estávamos em silêncio a vários minutos, nenhum dos dois não falando uma palavra.

— Quando você fugiu de Los Angeles e deixou Mia e eu pra trás, eu precisava de algo pra tirar minha mente do caos que tinha virado minha vida — Eu solto um suspiro pesado e bebo um gole da cerveja. — Me alistei no exército quando fiz 18 anos. Mia já se virava sozinha então eu fui embora sem peso na consciência. — Balanço os ombros, indiferente.

Eu sentia os olhos do meu irmão queimando meu rosto mas eu não o olhava, parecia que aquele monte de gente andando entre os carros eram mais interessantes que ele.

— Servi dois anos voluntariamente. Me transferiram pro MI6 e eu conheci o grandioso Major Deckard Shaw. Eu era a novata da equipe dele, ele ficou encarregado de me treinar — Eu nem ao menos percebi um sorriso pequeno, quase imperceptível, no meu rosto. — Nos aproximamos. Éramos mais que soldado e capitão, éramos Lottie e Decks. — Solto uma risada sem humor e olho para o meu irmão.

Eu sabia que o que eu estava dizendo mudaria tudo para o meu irmão. Eu esperava que sim. Decks e Dom eram iguais em muitos pontos.

Ambos valorizavam a família acima de tudo. Não é atoa que ambos estão buscando vingança por causa dela.

Ambos são doidos de pedra.

Eu não queria que Deckard fosse morto. Talvez que levasse uma enorme surra, mas não que fosse morto.

— Eu sei o que vai dizer então deixa eu dizer uma coisa antes — Eu me viro totalmente pra ele, colocando a garrafa vazia de cerveja na mesa atrás dele. — Não irei ficar entre você e ele. Querem estrangular um ao outro? Fiquem a vontade. Querem arrancar os últimos cabelos que nenhum dos dois mais tem? A vontade, mas irei fazer o possível para fazer com que vocês dois terminem essa loucura vivos.

Antes que Dom tenha a chance de falar alguma coisa, eu o deixo pra trás, indo em direção ao meu carro.

Isso tudo está longe de terminar.

Laços - Deckard Shaw (Livro Um)Onde histórias criam vida. Descubra agora