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Um brilho vermelho apareceu e nenhuma bala saiu.

— Porque precisa de um chip para disparar essa arma. — Eu abaixei a arma, a olhando com ódio como se ela tivesse culpa. — Desculpa. — Brixton sussurrou, me olhando com deboche.

— Experimente isso! — Olhei para o lado e vi Andreiko segurando uma arma enorme nas mãos. Demorei um segundo pra perceber que era um Lança chamas.

Me joguei pro lado quando o fogo acertou Brixton, o fazendo voar para trás. Levantei, aproveitando que as luzes tinham se apagado, dando lugar apenas às vermelhas de emergência e fechei as pernas ao redor do soldado ao meu lado, o fazendo cair no chão.

Subi em seu peito, meu joelho contra o abdômen dele e peguei a metralhadora da sua mão, usando ela para bater contra o seu capacete. Só parei quando o visor quebrou. Me levantei com a arma na mão, usando ela para bater como se fosse um taco de baseball.

Agarrei o braço de um cientista, torcendo seu pulso e arrancando a luva de sua mão, chutando seu peito com a sola da bola e o derrubando no chão. Meu raciocínio rápido me permitiu pensar que as luvas deviam conter os chips que davam acesso às armas, então coloquei a luva e corri.

Joguei a arma para as minhas costas e escalei algumas caixas, subindo no teto do contêiner e corri. Ali era mais seguro do que o chão, difícil de acertar. Algumas balas vinham em minha direção, mas não chegavam a realmente me tocar.

— Ali está ela! — Ouvi o grito de Hobbs e olhei pra trás, vendo os dois em um dos jeeps.

Continuei correndo, ouvindo Deckard acelerar. Quando ele chegou próximo o suficiente, eu pulei, minhas costas batendo contra o capô. Apenas não caí e rolei no chão pelo braço de Hobbs que me segurou ali.

— Lottie, onde está a máquina?! — Decks gritou pra mim.

— No segundo caminhão! — Apontei para o caminhão próximo a gente.

— Deixa comigo! — Hobbs não esperou ninguém falar, apenas pulou do jeep e saiu correndo.

Me segurei nas barras de metal e impulsionei meu corpo pra dentro, me arrumando no banco ao lado de Deckard. Nos olhamos, sorrindo um para o outro pela adrenalina.

— Mick Jagger! — Gritei, já arrumando a arma em minhas mãos.

— Nunca falha! — Ele gritou de volta e nós dois rimos.

Ele dirigiu em linha reta, não ligando pra quem iria atropelar no caminho. Olhei pra trás quando ouvi barulho de motor e tinha no mínimo uns seis carros nos seguindo.

— Vão pra puta que pariu! — Gritei e ouvi Deckard rir.

— Ainda não estamos livres, Darling! — Deckard acelerou mais ainda, saindo do subsolo e indo para o lado de fora.

Eu me segurei nas barras para não sair voando do carro e olhei pra trás no momento em que ouvi a explosão. Voltei a olhar Deckard e para a estrada, vendo que não tinha mais para onde ir já que vinha carros na nossa frente.

— Estamos ficando sem estrada!

— Aguenta firme! — Ele puxou o freio de mão e fez uma curva brusca.

Se eu não tivesse me segurado, eu teria voado igual um passarinho.

— Está dando uma de Toretto agora?! — Gritei vendo usar os andaimes caídos como rua.

— Confia no processo! — Ele gritou, vendo um drone jogar uma bomba na nossa frente.

— Você vai nos matar, Deckard! — Gritei quando ele acelerou, o jeep voando no ar e atravessando o vidro do prédio abandonado.

Laços - Deckard Shaw (Livro Um)Onde histórias criam vida. Descubra agora