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   — Ômega! — Harry chamou atenção de Louis pela milésima vez no dia. O menor apenas o ignorou, enquanto apertava ainda mais as pernas ao redor do alfa e esfregava-se em seu pescoço — Louis. Pare de fazer isso agora.

   Lou fez um biquinho fofo, afastando o rosto para olhar os olhos verdes, então colou suas bocas em um beijo novo e voraz.

   Harry se perguntava o que aquele ômegazinho tinha hoje e Louis se sentia quente desde quando acordaram e sentiu algo estranho o cutucar no bumbum, algo grande que ele sabia bem o que era. Desde então ele tentava se controlar, mas era bem dificil quando se tinha Harry Styles fazendo almoço em sua cozinha sem camiseta e completamente confortável. Era demais para sua sanidade.

   Louis nunca tinha se sentido assim, nem quando seu corpo começou a desenvolver e qualquer toque o deixava excitado.

   — Hazz. — arfou ao ser colocado sobre a bancada sem o cuidado exagerado e costumeiro do alfa. Sentia o toque firme e irritado do seu homem e não podia negar que estava adorando.

   Na última consulta, em que Louis conversou com o psicólogo sobre como estava se descobrindo e se sentia aberto àquilo, uma chave parecia que tinha sido girada em sua cabeça. Harry era apenas seu, e vice versa, ninguém mais poderia machuca-lo, porque além disso, ele pertencia a si mesmo.

   — Princesa. — a voz rouca do alfa ressoou próxima demais de seu ouvido, fazendo cada pelinhos de seu corpo se eriçar — O que pensa que está fazendo? Você está me levando longe demais aqui. — as mãos grandes apertaram as coxas fartas do menor, o deixando ainda mais preso a si. Eles eram um.

   — Estou esperando que entenda que quero ser seu.

   — Você já é meu, de qualquer forma, Louis. — segurou seu rosto, o obrigando a olha-lo nos olhos. O que era costumeiramente verde, estava tomado pelo preto de sua pupila quase completamente dilatada — É meu desde sempre, de outras vidas e além. Você é meu universo, entende?

   — Me tome, então. — seu pedido soou como uma ordem e Harry tinha certeza que se aquele ômega o pedisse para pular de um prédio de seiscentos andares, ele o faria.

   — Me diga até onde pretende ir. Não quero passar um centímetro de qualquer um de seus limites.

   — Quero tudo que possa me oferecer. Me dê tudo.

   O ômega se sentia tão seguro quanto se sua vida dependesse daquilo. Ele sentia que nada, nem ninguém poderia mudar aquilo. Não sentia mais apenas uma pequena vontade de mudar, sentia vontade de viver tudo.

   A meses atrás, quando decidiu se tratar, não imaginou por um segundo que um dia estaria ali, sendo o que quisesse, com quem quisesse, sendo ele mesmo. Se alguém dissesse seis meses antes que posteriormente ele estaria entregue a alguém por livre e espontânea vontade, nunca acreditaria. Se dissessem que ele seria capaz de amar um dia, talvez chorasse, de tanto trauma, mas agora nada parecia suficientemente grande. Ele era grande, seus sentimentos agora eram reais e nenhum fantasma tinha poder sobre si, ainda mais aqueles seres horríveis.

   — Amor. — choramingou ao sentir o alfa chupar seu pescoço, um pouco acima da glândula, onde ficaria a marca funda de seu soulmate — Isso é bom.

   — Vou levá-lo para o quarto, sim?

   Harry se sentia nas nuvens. Não pelo fato de estar prestes a fazer o que sua mente tanto pensou por tanto tempo, e sim por ter a confiança total de seu sol. Pelas conversas e afirmações, sabia que tinha deixado o ômega confortável o suficiente para saber quando era o seu momento e ficava orgulhoso por saber que agora aquela pessoa que tinha se tornado muito forte não cederia a pressão de ninguém.

   Louis riu ao ser posto sobre a cama macia, os lençóis pareciam abraça-lo confortavelmente. Então Harry voltou a beijar sua boca, o que levou sua concentração embora no mesmo momento, amava beijar seu soulmate.

   Harry tirou a camiseta do corpo de Louis devagar, apreciando cada centímetro de pele exposta a si. Nunca poderia se acostumar com a perfeição daquela pessoa, não era normal alguém ser tão bonito. Os traços delicados e acentuados o fazia parecer de mentira. O alfa dedilhou a pele leitosa com calma até parar em um dos mamilos, que acariciou com pouca força, um toque quase inexistente de tão delicado.

   — Amor — Tomlinsonse inclinou, aproximando seus rostos — Você pode me tocar como quiser, não vou quebrar. Quero que me mostre todas as formas de fazer isso, vou dizer qual a melhor e faremos de novo.

   Harry rosnou, não de uma forma que pudesse machucá-lo.

   — Eu avisei, sim? Você entrou em territorio desconhecido e perigoso, não reclame da forma que for pego depois.

   Louis riu, animado. Talvez estivesse passando tempo demais com Niall.

   Dessa vez, o que cobriu seu mamilo foram os lábios gostosos do maior, que chupou com uma força considerável e mordeu em seguida. Lou gemeu enquanto sentia seu corpo esquentar demais, era como se estivesse entrando em combustão e ele queria mais.

   Harry tinha uma boca esplêndida, tinha decidido, e pode comprovar ainda mais quando sentiu sua língua habilidosa passar ferozmente por cada parte de seu corpo, parando no cós de seu shorts fino. Styles podia jurar que viu estrelas quando puxou a peça de seu corpo e viu que o ômega usava uma calcinha de renda rosa delicada, que combinava bastante com suas bochechas agora rodadas. Louis podia jurar que iria ser completamente devorado por aquele olhar faminto e que escorria luxúria e desejo puro.

   — Você com certeza quer que eu tenha um ataque. — resmungou, tocando a peça macia e agora encharcada pela excitação que o pequeno liberava. O cheiro era tão embriagante que poderia derrubar um alfa normal, sem dúvidas.

   A calcinha foi retirada com devoção e calma. Àquele ponto, Louis começava a acreditar que o alfa estava demorando tanto por pura provocação.

   Styles segurou o pênis do menor em sua mão, acariciando com muita calma a glande e estimulando o cumprimento. Lou gemeu alto, levando a mão a boca.

   — Não. Não esconda nenhum barulho de mim. — pegou a mão, depositando um beijo solene e a colocando em seus cabelos, Lous se perguntou o por quê, mas sua dúvida sumiu ao ver o homem se inclinar e sentir sua boca quente ao redor de si.

   Sem conseguir se conter, apertou a mão ao redor dos cabelos macios do maior, que gemeu ao sentir aquilo.

   — Harry, amor. — suas costas arquearamem uma tentativa falha de diminuir aquela pressão toda que sentia. Era quente demais.

   Conforme a boca de Harry ia se adaptando a sua forma e seus desejos, Louis se sentia mais perto de um abismo que ele não fazia ideia do que era, e, quando sentiu um dedo acariciar sua entrada completamente molhada, sentiu ser empurrado diretamente para um borrão de sensações e coisas estranhas. Seu corpo não parecia querer responder, não sentia suas penas.

  — Não faz ideia de como fica linda assim.

Your Eyes - LarryOnde histórias criam vida. Descubra agora