𝙊 𝙦𝙪𝙚 𝙖𝙘𝙤𝙣𝙩𝙚𝙘𝙚𝙪 𝙘𝙤𝙢 𝙖 𝙨𝙚𝙘𝙧𝙚𝙩𝙖́𝙧𝙞𝙖, 𝙇𝙚𝙩𝙮?

♞ C̶a̶p̶í̶t̶u̶l̶o̶ 15 ♟

| 𝗡 𝗽𝗼𝘃'𝘀 | •

❛𝘔𝘦𝘶 𝘱𝘳𝘰𝘱𝘰́𝘴𝘪𝘵𝘰 𝘯𝘦𝘴𝘵𝘦 𝘮𝘶𝘯𝘥𝘰 𝘦́ 𝘵𝘦 𝘢𝘮𝘢𝘳 𝘤𝘰𝘮 𝘵𝘰𝘥𝘢𝘴 𝘢𝘴 𝘮𝘪𝘯𝘩𝘢𝘴 𝘧𝘰𝘳𝘤̧𝘢𝘴❛

        𝗖𝗢𝗠 𝗔 𝗔𝗝𝗨𝗗𝗔 de Pedrinho, Fernando conseguiu ligar para um motorista de aluguel já que Omar não havia respondido a mensagem com antecedência. O motorista não demorou muito para chegar em frente ao restaurante e com muito cuidado, Fernando ajudou a sua amada a entrar no carro e sentou-se ao seu lado. Letícia não perdeu tempo e o abraçou bem forte, e o mesmo não a rejeitou porque era o que ele mais queria, estar em seus braços.

―― Seu Fernando hihihi vou segurar em você porque estou com medo de cair. ――Ela resmungou baixinho.

―― Mas nós já estamos dentro do carro Lety. ――Ele respondeu.

―― Mesmo assim eu tô com medo de cair. ――Ela riu.

―― Tudo bem, pode me abraçar o quanto você quiser! Eu deixo.

―― Sério? ――Ele balançou a cabeça positivamente, e ela o abraçou ainda mais forte―― Ai que medo...

―― Lety, você está gostando de me abraçar é? ――Ele sorriu olhando para ela.

―― Claro que não. ――Ela mentiu, se afastando dele com vergonha―― Só estou com medo de cair do carro.

―― Tá bom, e ninguém mandou você se afastar de mim. ――Ele a puxou para um abraço apertado―― Tá sentindo frio?

―― Não. ――Ela apoiou a cabeça no ombro dele.

―― Que bom! ――Ele silenciosamente deu um beijo no topo da cabeça dela―― Minha Lety...

         𝗘𝗡𝗤𝗨𝗔𝗡𝗧𝗢 𝗜𝗦𝗦𝗢, Jorge o motorista observava tudo de camarote pelo espelho retrovisor que a princípio jurava que eles não eram um casal, mas depois teve a certeza que eles eram quando percebeu os amores entre eles. Havia mais do que isso, Letícia acabou dormindo apoiada no ombro de seu Fernando, e ele havia descansado como nunca antes, ao lado de sua amada.

―― Chegamos no endereço confirmado. ――Disse o motorista parando em frente à casa de Letícia―― Senhor acabamos de chegar no endereço que me deu.

―― Hein? O quê? ――Fernando perguntou abrindo os olhos―― Oh Lety nós já chegamos na sua casa. ――Ele educadamente a acordou―― Lety nós já chegamos na sua casa.

―― Na minha casa? ――Ela se distanciou dele―― Na minha casa? Ai meu Deus! O meu pai vai me matar seu Fernando!

―― Eu acho que ele vai nos matar! ――Ele corrigiu, sorrindo de nervosismo―― Algum plano?

―― Não, seu Fernando ――Ela respondeu, se ajeitando―― E agora?

―― Não quero ser intrometido na conversa de vocês, mas o senhor não pediu permissão para o pai da sua namorada antes de saírem não? ――Perguntou o motorista se virando para eles, que ficaram envergonhados―― Isso não se faz senhor Mendiola.

―― Não somos namorados! ――Eles respondem em uníssonos―― Não somos nada!

―― Ele é apenas o meu chefe. ――Ela respondeu rapidamente.

―― E ela é apenas a minha secretária. ――Ele respondeu olhando para o teto do carro―― Que carro bonito.

―― Hum. ――O motorista riu―― Eu sei.

―― Só explicando o quê nós estamos desse jeito porque estávamos comemorando algo muito importante para a empresa. ――Ele argumentou―― E acabamos bebendo só um pouquinho de nada... Entendeu?

―― Eu sei. Mas o senhor vai ter que explicar para o pai da sua secretária.

―― Ai meu Deus! ――Ele passou a mão no cabelo―― Eu tenho que explicar isso tudo para o seu Erasmo... Eu não consigo? Eu consigo!

―― Melhor não, o meu pai nunca entenderia essa nossa comemoração. ――Ela respondeu se aproximando dele―― Seu Fernando é melhor você ir embora e eu falo com meu ele sozinha mesmo.

―― Claro que não! ――Ele respondeu, segurando na mão dela―― Eu nunca te deixaria sozinha, Lety! E se hoje é o momento de conhecer o seu pai então vamos de uma vez, ok?

       𝗙𝗘𝗥𝗡𝗔𝗡𝗗𝗢 𝗔𝗝𝗨𝗗𝗢𝗨 𝗔 𝗟𝗘𝗧𝗜́𝗖𝗜𝗔 𝗦𝗔𝗜𝗥 𝗗𝗢 𝗖𝗔𝗥𝗥𝗢.

―― Aiai eu estou muito nervoso! ――Ele disse se aproximando do motorista―― Eu vou conhecer meus futuros sogros de um jeito não tão legal. ――Ele sorriu―― Será que eles vão me aceitar?

―― Vai na fé que vai dar tudo certo. ――O motorista respondeu dando-lhe confiança―― E se der alguma coisa errada, eu vou ficar aqui na frente qualquer coisa você entra correndo que eu ligo o carro rapidinho e vamos embora! ――Ele fez uma carreta.

―― Deu medo. ――Ele riu―― Vamos Lety! ――Ele a aconchegou em seus braços―― Vamos logo antes que eu te sequestre para mim.

―― Seu Fernando, tão lindinho hihihi. ――Eles sorriram animados.

        𝗢𝗦 𝗗𝗢𝗜𝗦 𝗣𝗔𝗥𝗔𝗥𝗔𝗠 em frente a casa dela. Fernando respirou fundo antes de tocar a campainha e quando a porta se abriu vagarosamente, sentiu como se seu coração fosse sair pela sua boca. Ele sabia que era errado chegar tão tarde na casa dos pais de sua amada, e o pior era que os dois não tinham nenhuma relação que diminuísse as fofocas do bairro. "Experimentar o mais profundo amor faz com que você diferencie esse sentimento das paixões superficiais. Eu a amo muito e estou disposto a enfrentar tudo por ela!" -Pensou Fernando.