Páginas não escritas

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Eu gosto muito deste capítulo.

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Um dos motivos pelos quais Frederick Ashton estava visitando Azzurro era por causa das parcerias ligadas à preservação dos patrimônios dos dois países.

Já o outro motivo, que era algo o qual ele não dividiria com a filha – ainda - era mais sério e caso de polícia.

- O quê?

- Isso mesmo, lorde Ashton. Os homens que sequestraram e mataram a princesa Dolores vieram de Calena. Nós fizemos investigações e um deles confessou sua participação no caso, mas nunca informou o nome do mandante do crime.

- Jesus Christ... - o conde levou a mão à cabeça, e a balançou de um lado a outro, incrédulo – esse homem... ele está vivo? Eu não pretendo deportá-lo, porque é um crime seríssimo e ele foi preso em Azzurro. Além disso, é algo mais que institucional, em outros tempos seria uma declaração de guerra.

A resposta de Justino Bekele, o interlocutor de Ashton na conversa, foi simples – mas ele olhou para o lado enquanto respondeu:

- Morreu em uma briga na prisão. – "que mentira, por Dios...". – Mas enquanto esteve vivo, revelou o necessário.

- A nossa preocupação...- prosseguiu o rei Fernando, duque de Aragón, de braços cruzados e sentado à poltrona em seu gabinete real - é e saber quem é esse chefe e o possível contratante que sequestrou a princesa. Nós sabemos que o objetivo não era ir atrás dela. A nossa suspeita é que eles queriam outra pessoa.

- Quem?

- Bruno, o conde de Calábria.

- Faz sentido. Para todos os efeitos, bandidos do mercado alternativo de vendas de artefatos conhecem o príncipe Bruno como Adriano León, um professor de história que alguns chamavam de "Indiana Jones do Mediterrâneo". É assim que eu o apresento a alguns amigos, até porque ele conseguiu construir, digamos assim, uma carreira distinta vincula e ninguém o reconhece.

- Soube que ele coloca um óculos, penteia o cabelo de outra forma e até usa roupas diferentes, que disfarçam seu tipo para parecer mais musculoso.

- Yep. – o monarca de Calena fez um barulho no "p" com os lábios, reforçando o final da palavra. - Agora faz sentido. Eles tentaram matar a princesa, mas na verdade procuravam pelo príncipe. Eu vou entrar em contato com o secretário de segurança de Calena, e procurar em banco de dados algum nome, referência de alguns dos chefes do tráfico presos ou em fuga na região ou em países vizinhos. Acho que vale a pena acionar a Interpol também.

Os outros homens concordaram silenciosamente; mas Fernando tinha um suspeito na ponta da língua. Só não queria falar quem era. Frederick era amigo de Starvos Drake e para todos os efeitos ele se casaria com a filha do Conde.

Porém, o monarca acreditava que logo o principal suspeito se revelaria, o que geraria algo mais grave do que apenas meras prisões na Torre.

***

Carmen não conseguia disfarçar a surpresa toda vez que cruzava com Emme Ashton pelos corredores do Palácio Real. Mesmo com os cabelos curtos e a ausência dos óculos, era surreal o quanto a jovem se parecia com Dolores.

Os mesmos olhos vibrantes, as mesmas maçãs do rosto definidas, até o corpo curvilíneo e bem proporcionado. A diferença era que Emme tinha mais curvas, até mesmo nos quadris, e toda a postura da princesa era distinta da natural timidez da amiga.

Naquele dia, as duas se encontraram perto do Salão Redondo, onde Emme observava as imagens dos antigos reis de Azzurro e parecia confirmar algo em um livro que lia. Carmen passou alguns momentos acompanhando os movimentos de Emme, e imaginou o quanto ela devia fazer sucesso no jet-set europeu.

A Última Princesa (livro 4)Onde histórias criam vida. Descubra agora