Esmeralda, rainha-mãe de Azzurro, estava fora da vida pública há alguns anos, desde que Carmen se casou com Fernando. A única coisa que ela fazia regularmente era viajar, realizar as próprias atividades ligadas à defesa de idosos e refugiados pela Europa, e mimar os netos.
Ela voltou a Azzurro após participar de ações de apoio a pessoas idosas em outros países da Europa, e assim que retornou ao Palácio Real, a primeira coisa que fez foi cumprimentar os netos.
- Então quer dizer que estão todos aqui brincando?
Os netos menores – Mariam e Fernandito - logo correram, gritando "buela, buela", para uma animada Esmeralda.
- Como foi a viagem, nonna?
- Digamos que as coisas estão um pouco complicadas na Europa continental, Massimiliano, mas estou dando todo apoio a muitos idosos refugiados.
- O drama dos refugiados é algo que afeta todo o mundo, mas com idosos e crianças...
- Sim, Seppi. E às vezes é complicado manejar todas essas situações, porque alguns países não têm interesse em receber esses refugiados.
- Poderíamos falar com babbo sobre o assunto. – Max, já com a visão madura do futuro rei, fechou os olhos, refletindo sobre algo. Esmeralda se orgulhou ao ver o neto mais velho já tão preocupado, com a postura e linguagem prontas do monarca que ele um dia seria. - Seria interessante planejarmos algo, não é Seppi?
- ¡Por supuesto! Vamos discutir isso com Enrico, que está estudando direito e tem várias ideias sobre o assunto, e apresentar uma proposta para a Ministra Menelik.
- Eu posso participar também! – a voz de Elena Calieri surgiu entre os dois rapazes, um braço repousando no ombro de um dos irmãos, e o sorriso brilhando por trás dos óculos. - Desculpa me envolver, até porque eu nem sou neta, mas sou cunhada do rei!
- Lena, você não é neta, mas faz parte da família.
- Eu sempre soube disso, Esmeralda! - a adolescente sorriu, estufando o peito, orgulhosa.
- Elena, nonna é a rainha-mãe!
- Começou, Massimiliano? Ela é sua avó, sogra da minha irmã. Eu sou a cunhada do rei. Então estamos em mesmas condições. – a rainha-mãe não disfarçou a gargalhada. Ela e Carmen eram muito diferentes em jeito, mas possuíam a mesma capacidade de tirar os herdeiros do trono de suas posições sérias. - Apesar de, no meu futuro, eu não querer fazer nada relacionado a direito, eu amo história, estou fazendo voluntariado com aulas e alfabetização. Posso ajudar em aulas com primeiras letras, caso o país queira receber refugiados e eles não saibam falar uma de nossas línguas.
- Acredito que temos um projeto! - Max sorriu, e o trio se separou por um instante, todos se cumprimentando um batendo a palma na palma do outro.
Logo depois, Esmeralda foi atrás dos netos mais novos. Luísa, a caçulinha da família real, dormia a sono solto no berço, acompanhada por Carmen, encantada pela filha. Quanto a sua xará, Esmeraldita...
- Hijita, ¿cómo se dice eso en inglês?
- Ahn?
- Está ensinando inglês para uma menina que nem sabe falar direito a própria língua, Bruno?
- Mamma, Esmeraldita entendi absolutamente tudo de tudo... mamma!
O conde de Calábria levantou-se, com a filha no colo, e se aproximou da mãe, que o abraçou, e logo depois deu um beijo no rosto da neta, que parecia empolgada em ver a avó, a tal ponto que ela dava pequenos tapinhas no rosto da idosa.
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A Última Princesa (livro 4)
RomanceNo paraíso mediterrâneo de Azzurro, onde o mar é azul e as cidades possuem uma mescla de tradição e modernidade, o casamento de Dolores Escobar e Bruno León, era considerado o "conto de fadas da vida real": a Cinderela e o Playboy Redimido pelo Amor...