Perseus e Andrômeda

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Oi gente!
Demorei (e vocês sabem como foi o CAOS da vida pós-carnaval) mas cheguei com o encerramento de "A Última Princesa". Hoje sai o penúltimo capítulo e amanhã o Epílogo (mas lembrando que tem um continho com os herdeiros de Azzurro crescidos em breve saindo do forno).

Hora de fechar mais um ciclo - ou seja, mais uma coleção - de uma forma singela.

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"A Herdeira de Dois Reinos".

Dolores, ou Emerald, foi chamada dessa forma durante a grande reportagem sobre o retorno da princesa azzurrina do mundo dos mortos.

Foi um verdadeiro pandemônio, tanto na imprensa do arquipélago quanto na mídia de Calena, que ficou chocada com as revelações da traição de Starvos Drake, e aquilo foi considerado o suficiente para iniciar uma discussão no parlamento sobre o direito de sucessão. Contudo, Dolores não estava ainda imersa nesse tema, já que o foco inicial era se reapresentar ao país e contar sua história outra vez.

- E principalmente, neste momento, recuperar o mais importante que eu havia perdido, que é a relação com minha filha Esmeralda. Também desejo retomar a relação com meu marido, e recuperar um pedaço de mim. Uma parte que por seis meses eu pensei ter perdido, e eu creio que eu terei essa oportunidade ao lado de minha família e daqueles que amo tanto.

- Vossa Alteza acredita que isso acontecerá em Azzurro ou em Calena? - perguntou a jornalista que entrevistou Dolores ao lado do marido, Bruno segurando a mão da princesa como uma forma de conforto e força.

A profissional era acompanhada por um colega de Calena, já que a entrevista estava sendo exibida simultaneamente nos dois países.

A resposta de Dolores foi um sorriso singelo, com a boca fechada, com a mesma timidez da jovem que aparecera pela primeira vez diante de toda Azzurro anos antes para dizer a todos que amava o príncipe Bruno e estava grávida.

- Será em Calena. Eu tenho algo a cumprir junto com o meu povo lá, preciso apoiar as pessoas... - Dolores levou a mão livre aos óculos que voltou a usar, uma imagem que reforçava a mistura entre a antiga Dolores e a nova, já que os cabelos permaneceram curtos. - Preciso cuidar da sucessão, tornar todo o processo o mais tranquilo possível, para tirar as tensões por conta dos atos de uma pessoa que não devemos citar e nem lembrar.

Os Drake, cujos atos de Starvos os colocaram como persona non grata dentro da aristocracia – e a chance de terem alguém da família na sucessão em queda brusca - decidiram jogar o parente desaparecido numa queda de avião no meio do Mediterrâneo na fogueira: apresentaram seus respeitos a Lorde Ashton, filha e neta, além de informar a todos que nada tinham a ver com as ações de Starvos.

Entregaram à justiça contas e relatórios pertencentes a Starvos, denunciaram subordinados do nobre, e outros logo apareceram para contar as suas versões. Todo o esquema do tráfico de obras e artefatos históricos de outros países fora revelado, com apoio também da Interpol e de agentes azzurrinos que deram auxílio nas operações.

Entre uma e outra devolução dos artefatos aos verdadeiros donos, o foco de Dolores, Bruno e Frederick era a sucessão em Calena.

Lorde Ashton e a filha queriam que ela se tornasse a regente, já que ela era filha do monarca, e tinha a herdeira do país, Esmeralda, apesar de ter nascido fora do principado – contudo, como ela era filha da herdeira de Calena, tinha o direito de sangue ao trono.

Porém, os parlamentares estavam irredutíveis: eles queriam um herdeiro homem. Emme – quer dizer, Lola – já era casada, e o marido era um príncipe, um nobre poderoso de uma nação amiga: aquela situação fora resolvida sem muitos dilemas. O futuro de Calena, contudo, estava em jogo, e entre as famílias nobres com chance de terem um futuro marido para a pequena Esmeraldita, a única que tinha uma criança entre um e três anos, que poderia se casar futuramente com a "Herdeira dos Dois Reinos"...

A Última Princesa (livro 4)Onde histórias criam vida. Descubra agora