Depois de tanto tempo olha eu aqui, vocês pensaram que eu tinha desistido da Fanfic né? É, eu também pensei, mas aí veio umas ideias e resolvi colocar pra fora.
Então curte e comente, que eu volto a qualquer momento.
Espero que aproveitem a leitura.
E se cuidem!!!
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.Hora do óbito
Essa era uma das palavras que a doutora Cabello odiava ter que dizer na sua sala de cirurgia, ou em qualquer outro lugar que estivesse, apesar de poucas vezes ter sido pronunciada, essa palavra sempre tinha um gosto amargo de morte, e exatamente naquela sexta a tarde, mas precisamente as 16:15 essa palavra saiu de seus lábios, com um olhar triste e uma expressão cansada, lentamente retirou as luvas ensanguentada das suas mãos.
Suspirou e olhou para aquela garotinha de apenas 12 anos que estava agora já sem vida na sua mesa de cirurgia, era uma garota loira de olhos verdes, cabelo liso e pele clara, que chegou na sua sala cheia de sonhos e planos para o futuro depois da cirurgia, tudo o que ela queria era ter longos anos para aproveitar a vida, o seu pai lhe dava um olhar de admiração, de amor, de carinho e principalmente de proteção, ele já havia perdido a esposa havia pouco tempo, e a garotinha ao seu lado era a sua única companhia, a única coisa que o mantinha vivo e sã, dava pra sentir no ar todo aquele sentimento que ele nutria por ela.
Apesar do nervosismo e do medo, ele entregou nas mãos da doutora Cabello o seu bem mais precioso, confiando assim a vida dela nas mãos daquela médica que agora não sabia como contar para o pai que a cirurgia não deu certo, que aquela pobre criança não sobreviveu e agora ele teria que voltar sozinho para casa mais uma vez, passou e repassou a cirurgia um milhão de vezes em sua mente, procurando alguma coisa de errado, querendo descobrir qual foi o erro que cometeu, mas no final chegou a conclusão que nada poderia ter sido feito diferente e todas as opções levariam ao final triste que aconteceu.
Mesmo ciente que a culpa não era sua e que fez de tudo pra salvar aquela garota, não deixava de se sentir mal, muito mal mesmo, por interromper os sonhos daquela menina, talvez não estivesse no seu melhor dia, talvez não estivesse no seu dia de sorte, mas isso era besteira da sua cabeça tentando procurar uma desculpa pra aliviar o incomodo que estava em seu peito.
Assim que anunciou o horário do óbito, ela deu uma última olhada para o corpo e saiu para o lavatório, ligou a torneira e começou a lavar as suas mãos, olhava fixamente para o sangue que escorria pelo ralo, sem muita pressa, pegou o sabão, a escova e começou a se higienizar, ela não queria ter que sair daquela sala e muito menos olhar para aquele pai, pois sabia que ele nunca iria perdoa-la, nem todo mundo sabe lidar com a dor, e aquele homem já sentiu dor demais nos últimos anos.
Ainda no lavatório viu sua interna entrar com aquele típico olhar de pena, aqueles olhos verdes passaram a fazer parte da sua rotina, agora lhe olhavam com tristeza, mas ela não queria pena, ela não queria que ninguém se importasse com ela, afinal aquilo fazia parte da profissão que havia escolhido, e não foi a primeira vez que aconteceu, não queria ser tratada como uma interna que acabou de ter sua primeira morte, ela era a doutora Camila Cabello.
— Eu sinto muito – A voz rouca que invadiu seus ouvidos lhe causaram um certo conforto, mas jamais iria admitir isso, não queria parecer frágil.
— Está tudo bem, essas coisas acontecem – Aquelas palavras foram pronunciadas da maneira mais fria possível, mesmo assim Lauren não saiu da porta e continuou com aquele olhar de pena, o que causou mais raiva ainda na doutora Cabello – Não tem nada pra fazer Jauregui?
— Eu...
— Vá ver os nossos pacientes, o dia não vai parar porque alguém morreu na minha sala de cirurgia – Dito isto a mais velha passou por Lauren sem olha-la nos olhos, ainda tinha que fazer o relatório sobre o que ocorreu na cirurgia, mas primeiro foi para a parte mais difícil, falar com Roger, pai da garota que tinha acabado de falecer em suas mãos.
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Medical Center Cabello
FanfictionDepois de uma perda irreparável, Camila Cabello Cirurgiã Cardiotorácica e chefe do centro cirúrgico se fechou para todas as relações possíveis que poderiam lhe fazer bem ou mal, conhecida como "Coração de Pedra" ela andava pelos corredores do Medica...