Dia Dezessete

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- Você ainda vai querer beijar ela? - sua voz era tão firme quanto seu aperto na minha cintura e no meu pescoço.

- Eu nunca disse que queria beijar ela - Sorri de canto e passei a ponta dos dedos em seus lábios sentindo eles se abrirem só com meu toque - Agora você eu beijo todo dia se você quiser - Mordi os lábios vendo suas pupilas dilatar mais ainda e sua boca se chocar com a minha mais uma vez.

Nada era mais erótico do que ter Camila me pressionando na parede fria do nosso banheiro, enquanto fazia questão de chupar cada parte do meu corpo, deixando não somente marcas físicas, minhas pernas estavam inquietas assim como suas mãos que exploravam minha bunda e faziam um caminho certeiro entre minhas coxas, automaticamente eu fui em busca de contato.

— Me toca, porque eu estou escorrendo por você — Falei segurando sua mão e levando de encontro com a minha intimidade, guiei seus dedos entre meus lábios e deixei que ela sentisse como me deixava literalmente babando por ela.

Eu nunca imaginei que pediria para alguém me tocar um dia, sempre achei que teria vergonha caso um dia viesse a transar com alguém, falar sacanagem ou falar aquilo que eu realmente queria estava fora de cogitação, mas acontecesse que com Camila parece ser tão certo e tão natural que eu simplesmente só queria falar, fazer, gemer, e ouvir ela gemer também, eu queria expressar todos os desejos desconhecidos ainda por mim, queria realizar com ela tudo aquilo que eu ainda não sabia.

— Olha para mim Jauregui – Ela pediu encostando a testa na minha, tudo estava tão quente e abafado, mas ao mesmo tempo parecia o clima perfeito pra descrever o que estávamos sentindo — Olha nos meus olhos e sente meus dedos te penetrando bem devagar, sente como eu deslizo gostoso dentro de você.

Eu queria gritar, mas tudo o que saiu da minha boca foi uma sequência de gemidos roucos, na proporção que seus dedos entravam e saíam de mim de forma lenta e forte, eu tentava manter meus olhos abertos, porém sentia que iria desfalecer com aquela cara de safada e prazer que Camila me olhava a medida que me fodia.

— Eu adoro quando você aperta meu dedo com sua buceta – Camila disse com a cara mais safada do mundo, suas pupilas dilatadas não negavam o quanto ela estavam gostando daquilo — Abre mais as pernas e olha pra baixo, olha como eu entro gostoso em você Lauren.

Me forcei a abrir os olhos e ver os dois dedos de Camila sumindo dentro de mim, enquanto sua boca mordia a minha orelha, e sua respiração ofegante me fazia gemer e abrir ainda mais as pernas, o box estava embaçado, nossos corpos estavam suados e ao mesmo tempo grudados, não aguentando por muito tempo eu puxei sua nuca e beijei seus lábios gemendo loucamente enquanto gozava em seus dedos.

Perdi a noção de quanto tempo passamos ali, ela sustentou meu corpo até quando conseguir reagir, e sem dizer nada Camila ligou o chuveiro e ficamos ali embaixo abraçadas sentindo a água lavar nossos corpos.

— Me desculpa por hoje, eu fui uma completa idiota com você - Ela falou ainda agarrada em mim.

E como não desculpar essa mulher depois dela me dar o melhor orgasmo da minha vida?

— Está tudo bem, só não faça isso novamente.

— Dorme comigo hoje - Camila pediu fazendo biquinho, um jeito fofo dela que me desmontava inteira.

— Como você consegue? - Perguntei olhando bem na cara dela.

— O que? - Estava claro que ela não fazia ideia sobre o que eu estava perguntando.

— Ser aquela médica durona no hospital, e ser um neném quando chega em casa – Sua gargalhada se espalhou pelo banheiro me fazendo sorrir também.

Camila tinha o sorriso mais lindo do mundo e eu era apaixonada nele.

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