capítulo quatro.

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Nem demorei, né?

como sempre, se houver algum
erro relevem, por favor.

Espero que gostem ♡

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Tentar não encarar a feição de Pete estava se tornando um tormento.

Era particularmente enlouquecedor manter-se quieto enquanto esperava sua sentença, ainda mais permanecer daquela forma com Pongsakorn sentado ao lado. Tão perto fisicamente mas emocionalmente tão longe. Se não tivesse uma diretora a sua frente e uma frustração meio acumulada por ele ter sido tão pau no cu consigo anteriormente, com toda certeza estaria babando e dando toda atenção visual aos detalhes do homem.

Suspirou frustrado, batucando os dedos na cadeira, quando aquela mulher finalmente decidiria o castigo? Já haviam se passado mais de dez minutos com ela concentrada, caçando algum papel que não fazia ideia do que era, e aquilo começou a lhe irritar há tempos. E pelo que parecia, Pete também compartilhava da mesma emoção, já que sua perna insistia em balançar nervosamente para um lado e para o outro.

"Se arrependeu de ter me trazido aqui?" Vegas não segurou a língua, sussurou tão baixo que questionou se o homem tinha lhe entendido. "Por sua causa estamos perdendo tempo"

Pela expressão descontente e amarga que Pete colocou em prática mais do que antes, entendeu a resposta para o questionamento. Foi ouvido alto e claro, menos pela mulher que se envolvia com mais papeladas em cima da mesa e ignorando totalmente ambos. A teoria que os alunos criaram sobre Dayla começava a fazer sentido ao Theerapanyakul, alguém realmente deveria colocá-la no Guines Book como a mulher que mais acumulou papéis na vida.

"Cale a boca." Soou no mesmo tom de voz. "Você não faz nada da vida além de ficar trancado no próprio quarto."

Vegas mordeu suavemente os próprios lábios e girou delicadamente o pescoço, lançando um olhar semicerrado pela primeira vez naquele cômodo, ao professor.

"Como caralhos vo...-" Antes que pudesse terminar, Dayla pigarreou fortemente atraindo atenção. Vegas segurou uma lufada de ar no nariz em descontentamento pela interrupção brusca.

"Senhor Kornwit. Consegui achar sua ficha mais recente. Pelo que vejo aqui e não me surpreende nenhum pouquinho é o fato de ser praticamente a vigésima detenção ganha só esse mês."

O delator de todas as suas brincadeiras estava bem ao seu lado e ainda por cima, carregando a mesma cara monótona de quem chupou e não gostou.

"Estamos no início de fevereiro, as aulas mal iniciaram e você veio me visitar mais do que qualquer um na escola ou até mesmo na minha casa." 

Sua língua atrevida dançava para todos os lados dentro da boca, pressionando cada cantinho. Precisava tanto dar uma resposta, entretanto isso só serviria para deixá-la irritada, então melhor receber o olhar de pena dela do que ver Dayla mostrando a verdadeira natureza animalesca de uma mulher furiosa.

"Prometo melhorar, diretora." Confessou, forçando suas mãos para dentro dos bolsos aguentando a coceira no nariz e pensando ter alucinado no exato segundo que Pete quase caiu da cadeira partindo numa risada debochada e secretamente gostosa em sua opinião lá no fundo da alma.

"Está rindo de que? Por acaso contei uma piada?"

Dayla lançou uma encarada feia pela sua falta de educação e logo desviou para o funcionário, esperando uma explicação.

"Sempre te trago e escuto dizer a mesma coisa pra ela todo ano, todo mês e sem falta." Acentuou a última parte, mostrando as covinhas que até então escondiam-se atrás daquela carranca. "Pare de ser mentiroso, Kornwit!"

professor PeteOnde histórias criam vida. Descubra agora