Suas sobrancelhas arquearam completamente em uma expressão impassível, sendo difícil de ler o que exatamente o homem poderia estar pensando sobre sua fala. Provavelmente não era algo bom, já que 'não gostar de nada' estava na lista número um do Phongsakorn quando se tratava dele.
"Não preciso de alguém para cuidar de mim na cama." Fez aspas com o dedo na última parte, removendo a neutralidade e exibindo os dentes alinhados de forma sarcástica. "Sei cuidar de mim muito bem, Vegas. Se preocupe mais em entregar os trabalhos do caderno que eu sei que você faz em sala de aula mas não entrega pra ficar recebendo minha atenção, do que se preocupar em pensar nas posições que me colocaria no seu quarto."
Aquele desgraçado usava o ponto de tê-lo praticamente comendo em sua mão, para jogar na roda em qualquer oportunidade de lhe dar um corte. Vegas mordeu a língua e a empurrou contra a bochecha em seguida, descontando a frustração naquela parte enquanto Pete parecia se ocupar em procurar alguma coisa no bolso. Não dando a mínima se tinha mais uma vez extrapolado nas palavras.
Aquele não parecia o homem de minutos atrás sentado no sofá, parecia mais como o Pete do colégio. Mandão, irritadinho e sempre com a resposta na ponta da língua.
"O que está procurando?" Perguntou curioso ao escutá-lo bufar alto e tateando com mais força todos os bolsos possíveis da roupa.
"Meu celular." Balançou a cabeça, parando de tatear a si mesmo e olhando-o fixamente. "Por acaso tirei para fora enquanto estávamos lá dentro?"
Vegas negou com a cabeça. Não tinha nem mesmo visto qualquer sinal de celular desde o momento que ele entrou em sua casa, talvez tenha esquecido na própria casa ou até mesmo no colégio. Bem provável ser a primeira opção já que Pete utilizava roupas casuais, se ele tivesse ido ao colégio tinha sido apenas para dar uma aula das duas que teriam e ido embora trocar de roupa. Não sabia muito bem.
"Acho que você deixou no meu quarto, quer ir conferir e talvez testar que eu cuidaria melhor de você na cama?"
Ele nem mesmo tinha subido para o cômodo ou conhecido o espaço, mas não custava nada dar sugestões em formato de flerte. Não perderia nada, há menos que o outro se zangasse e resolvesse dar um chute bonito no meio de suas pernas.
"Deixe de ser idiota por um segundo, preciso ligar para alguém." Vegas fez biquinho, pelo menos tinha tentado. "Me empresta o seu?"
Certeza que estava arrumando um pretexto para adicionar seu número. Sem demora, sinalizou um 'espere' com a palma inteira da mão e correu para dentro de casa ignorando um Macau jogado no sofá com as pernas para cima e choramingando de dor. Ele podia esperar.
"Pete já foi?" O irmão levantou a voz, passando a observá-lo procurando o celular. "Por favor, vocês não transaram no sofá antes de eu ter chegado, né? Eu estou deitado nele agora."
"Se eu tivesse transado com Pet', acha mesmo que ele estaria arrumadinho demais daquele jeito ou até mesmo eu ainda perseguindo-o? Estaríamos deitados no quarto e testando posições nesse exato minuto."
"Claro que acho que ainda estaria correndo atrás dele. Você é um apaixonado de merda não admitido."
Vegas encontrou o celular e mandou um dedo do meio, ignorando-o e correndo para fora mais uma vez. Não valeria a pena discutir com as falas provocativas do Theerapanyakul mais novo, apenas brigariam e Vegas sabia o que realmente sentia e não era nada relacionado com a palavra amor no meio.
Se encaixava mais em um: foder até o galo cantar ou foder até o professor se lembrar que estava atrasado para dar aulas.
"Obrigado."
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professor Pete
أدب الهواةVegas encontrava-se completamente obcecado pelo seu professor de artes, Pete. Desde o momento em que ele entrou na sala de aula pela primeira vez, Vegas sentiu uma conexão imediata, uma atração magnética regada a pensamentos invasivos que desviava s...