"Te Amo" - Shin Soukoku

"Eu sou patético!"

Boa leitura
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  Akutagawa estava parado em frente a biblioteca. Se perguntava se deveria entrar ou não, mas não haveria muito o que fazer caso entrasse. "O que estou fazendo aqui?" Se perguntou novamente.
  
   O único livro que o rapaz havia lido era um com imagens sem nenhuma palavra, bastava interpretar. Ele era uma criança e isso foi antes de entrar para a máfia. Havia encontrado o livro em um lixo, o pegou e mostrou para sua irmã, que ficou muito feliz.
   
  Ryunosuke olhou para os lados e voltou a olhar para a biblioteca. Não via sentido em estar ali, o rapaz não sabia ler e em contrapartida também não sabia escrever. Olhou para baixo pensando em como era patético por simplesmente não saber o básico. Gin quem saber ler e escrever, ele achou que estava tudo bem se pelo menos sua irmã soubesse. Claro, Akutagawa sabia um pouco, pois sua irmã o havia o ensinado, mas ainda se achava patético.
 
       Encarou a biblioteca novamente. Entrava ou não? As pessoas o olhavam estranho. Já estava a muito tempo ali. Respirou fundo e suspirou. Foi embora.
 
      No caminho encontrou sua irmã com Tachilhara e Hirotsu. Os três foram em sua direção.

– Olá, Akutagawa. – O mais velho o comprimentou.

        Gin e Tachihara fizeram o mesmo.

– Me parece um pouco para baixo, está tudo bem? – Perguntou Hirotsu, ascendendo um cigarro.

– Está tudo bem.

         Akutagawa continuou seu caminho. Se encontrou com Chuuya, o ruivo andava pelo corredor segurando uma garrafa de vinho e notou o mais alto.

– Akutagawa, oi! – Se aproximou o cumprimentando.

– Oi, Chuuya-san.

        Nakahara o encarou por pouco e logo perguntou.

– Aconteceu algo? Sabe que pode me contar, não vou rir.

– ... – Ryunosuke desviou o olhar antes de falar. – Parei em frente a biblioteca.

– Leu um livro?

– Não. Não cheguei a entrar. E eu nem sei ler também.

– Como não? Você lê os documentos que lhe são entregues.

– ... A Gin os lê para mim. Eu sou patético!

– Mas ela não tinha te ensinado um pouco?

– Sim, mas não melhorei em nada.

– Você pode praticar. Dá próxima vez pegue um livro, pode levar o tempo que quiser para lê-lo. Se praticar, vai melhorar. – O menor sorriu. – Eu tenho que ir, tchau!

– Tchau.

       Chuuya continuou seu caminho, deixando Akutagawa sozinho em pé no corredor.  Se não tivesse trabalho a fazer, iria voltar a biblioteca imediatamente, mas Mori o chamava.