𝐋𝐢𝐦𝐢𝐭𝐞𝐬.

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𝐌𝐚𝐯𝐢𝐞 𝐏𝐎𝐕 || 𝐀𝐥𝐞𝐦𝐚𝐧𝐡𝐚, 𝟐𝟎𝟏𝟏 𝟎𝟎:𝟓𝟔.

Cansada.

Era a única coisa que eu podia dizer que eu estava. Jogar tudo na cara de Tom foi mais libertador do que eu pensava. Ter visto sua expressão de surpresa quando cuspi tudo que estava entalado em minha garganta a anos foi incrível.

Meus dedos batiam no volante esperando aquela merda do sinal abrir. O som do carro estava baixo e a brisa leve me fazia arrepiar com cada toque que dava em minha pele. Eu estava calma, a adrenalina tinha passado, a raiva tinha passado, a única coisa que estava em meu corpo era a vontade de dormir na grande cama do hotel. Os empresários me ligaram a pouco tempo, dizendo que amanhã terminaríamos de assinar os contratos para o começo do filme.

Devo dizer que é um filme triste. Eu teria uma decepção amorosa na minha adolescência e ficaria louca atrás do cara, até ele se mudar e me deixar sozinha na cidade. Uma música foi o que me pediram, eu ando tentando escrever, mas está tudo tão difícil de pensar. Escrevi algumas linhas, mas sem sucesso.

Um carro que andava rápido de repente aparece ao meu lado, tocando uma música alta em seu carro. Ele parou em meu lado e quando eu olhei, lá estava ele. De novo. Mas que caralhos! Por que ele sempre voltava?

Meus olhos se abriram mais que o normal, minha boca se entre abriu eu senti minhas bochechas queimarem, não sei de foi de raiva, indignação ou... Enfim, ninguém precisava saber sobre isso.

—Por acaso está me seguindo? — Eu perguntei alto, balançando a cabeça enquanto ria de toda a situação — Vai viver, Kaulitz! Parece que não consegue viver sem mim agora!

—Eu falei que queria uma revanche, loirinha! — Eu parei de rir quando ele disse meu apelido antigo —Eu quero aqui e agora!

—Caso não tenha percebido, agora estou morena, querido — Eu voltei minha atenção para a rua que estava quieta e silenciosa.

Será que ele acha que tem alguma moral comigo? Homem com ego grande me dá um enjoo gigante, não aceita perder, acha que é melhor em tudo. Eu prometi para mim mesma que não iria fazer nenhuma das vontades dele, e eu não quebraria minha promessa tão fácil assim.

—Claro! — Minha expressão de raiva muda rapidamente para um sorriso amigável —Se você quer competir, vamos competir então!

—Oi? — Ele me olha surpreso —Vamos fazer uma aposta então, se eu ganhar você para de me tratar mal e esquece todo aquele passado.

—E se eu ganhar, você some e me esquece, finge que nunca me conheceu! — Dou um sorriso desafiador para ele.

—Claro! — Ele disse convencido —Então se prepare para me tratar bem, loirinha.

—Então vamos ver quem ganha essa porra, Kaulitz! — Dou uma leve batida no volante —O percurso começa aqui e termina na entrada do Deck da praia.

—Beleza! — Ele pensa por alguns segundos —Quando eu buzinar pela terceira vez a gente sai juntos, ok? — Eu apenas balanço a cabeça positivamente.

Fecho os vidros do carro para conseguir colocar uma música que me dê adrenalina, Unforgettable - French Montana foi a escolhida. Os semáforos da Alemanha demoram bastante para abrir, em partes isso é bom, mas no dia a dia era terrível, atrasava o percurso e era uma grande confusão para conseguir se livrar do congestionamento após o sinal ser aberto.

Tom dá a primeira buzinada, meu coração começa a acelerar, logo após ele dá a segunda buzinada, minhas mãos soavam e minha boca secava, e na terceira buzina os dois carros arrancam com uma explosão de velocidade, pneus chiando e deixando marcas de borracha na pista que com certeza teria acordado algumas pessoas que moravam naquela rua. Os veículos deslizam pelas ruas em uma coreografia de curvas, que faziam coincidentemente o caminho do hotel por onde eu estava hospedada.

𝐉𝐮𝐝𝐚𝐬 || TOM KAULITZOnde histórias criam vida. Descubra agora