𝐌𝐚𝐯𝐢𝐞 𝐏𝐨𝐯 || 𝐀𝐥𝐞𝐦𝐚𝐧𝐡𝐚 𝟐𝟎𝟎𝟓 𝟐𝟏:𝟎𝟕.
- QUE MERDA!
Eu disse batendo a porta de meu quarto, logo sentindo o ambiente inteiro se estremecer ao meu redor. Minha mãe grita do andar de baixo e eu apenas ignoro, colocando meus fones de ouvido, na esperança de abafar tudo ao meu redor. A música que antes era calma vira ensurdecedora a ponto de fazer minha cabeça doer e não ouvir mais seus gritos contra mim. Com raiva, pego meu travesseiro, me jogando na cama junto dele. Meus gritos abafados saiam de minha boca descontroladamente.
A porta de meu quarto é aberta com força, e eu vejo Gustav entrar com seu olhar assustado de sempre. Todas as vezes que brigava com nossa mãe ele fazia isso, tentava me consolar, e a ela, para ambas as partes não saírem machucadas, mas era quase que impossível disso acontecer. As brigas eram constantes, as vezes eu apenas queria ficar no meu mundinho, um pensamento depressivo para uma pessoa de 13 anos, mas era verdadeiro, não tinha como muda-lo.
Ele me olha triste, reparando em meu rosto vermelho e as lagrimas escorrendo sem parar. A boca entreaberta, procurando desesperadamente um pouco de ar e um consolo. Ele suspira alto, provavelmente já cansado das brigas que tínhamos. E com em um passo calmo se aproxima, senta ao meu lado e tenta dar um sorriso que nós dois sabemos que não é verdadeiro. Ele abre os braços e me aproxima de seu corpo, me deixando em seu quente abraço. Ali que era o meu lar.
Nunca fui apegada a minha mãe, não tanto quanto eu era com meu pai. Era, antes dela pegar nossa guarda e nos tirar de perto dele. Admito, nunca fui a filha exemplar, pelo menos não como Gustav era, ou como os gêmeos e Georg eram. Também admito que aprontava, mas não o suficiente para tudo isso. Não o suficiente.
Eu arranhei com força as mangas da blusa do loiro ao meu lado, tentando canalizar minha raiva e tristeza que vinha do mais fundo de meu peito. Eu chorava alto enquanto sentia seu abraço apertado, fazendo meus pulmões faltarem ar.
—Calma... Calma.
Ele dizia sobre meu ouvido, tentando me acalmar de todas as formas que ele conhecia, mas parecia que quando mais eu chorava mais eu sentia vontade de chorar. Procurava ar em todos os lugares possíveis. Eu estava perdida.
Naquela noite eu apenas me aconcheguei nos braços de Gustav e dormi, sabia que no dia seguinte iria acordar totalmente acabada fisicamente de tanto estresse, mas depois daria um jeito nisso, eu sempre dava, todas as vezes. Ele era como um anjo na minha vida, meu ponto de paz mesmo preferindo ficar com os gêmeos em grande parte das vezes.
Gustav sempre foi melhor amigo dos gêmeos Tom e Bill desde que eram crianças, e aos poucos Georg entrou para o grupinho. Agradecia todo santo dia por ter os quatro garotos na minha vida. Eles sempre me distraiam nas horas em que eu claramente não estava bem. Mas o inesperado aconteceu, me senti atraída por Tom. O maldito Tom Kaulitz. De alguma maneira ele me chamava atenção com seu jeito "Foda-se tudo e todos", mas infelizmente isso me magoou recentemente, quando falei dos meus sentimentos para tom e o garoto apenas riu sem graça, não sabendo como reagir a minha declaração. O ruim foi que eu coloquei em minha cabeça que iria conquistar ele de alguma maneira. E acho que todos já perceberam que eu sou cabeça dura.
Aos finais de ano, o colégio sempre fazia uma festa fantasia para comemorar o fim do semestre e minha mãe nunca me deixava ir, enquanto os gêmeos, meu irmão e Georg iam em todos os anos e se divertiam com as garotas da noite. Injusto! Estava decidida em convencer minha mãe a deixar, mesmo a gente ter brigado algumas vezes por isso, como por exemplo, na noite passada.
Acordo no susto com o barulho do despertador, me levanto rapidamente da cama colocando a mão em minha cabeça tentando abrir os olhos pela claridade do quarto, após alguns segundos raciocinando o dia anterior e me recordo que havia combinado de ir andando para a escola com os garotos hoje. Vou até o banheiro e tomo um banho rápido lavando meus cabelos, me enxugo e coloco uma calça jeans e uma blusa branca qualquer, penteio meus cabelos e passo um perfume doce, porém marcante. Vou até a cozinha e vejo minha mãe coando o café com uma cara consideravelmente melhor do que ontem. Passo por ela sem dizer nada, pegando uma maçã e vou em direção ao sofá para calçar meu tênis. Avisto Gustav descendo as escadas e logo um sorriso genuíno surge em meu rosto ao ver meu irmão com a blusa que eu havia lhe dado de presente.
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𝐉𝐮𝐝𝐚𝐬 || TOM KAULITZ
Aventura𝐇𝐨𝐩𝐞 𝐢𝐬 𝐚 𝐝𝐚𝐧𝐠𝐞𝐫𝐨𝐮𝐬 𝐭𝐡𝐢𝐧𝐠 𝐟𝐨𝐫 𝐚 𝐰𝐨𝐦𝐚𝐧 𝐥𝐢𝐤𝐞 𝐦𝐞 𝐭𝐨 𝐡𝐚𝐯𝐞 Me arrependo de ter entregue todo meu ser a você. Me arrependo de ter me imaginado casando com você. Me arrependo de ter me deixado afetar meus sentiment...