𝟑𝟔𝟓 𝐝𝐢𝐚𝐬 𝐝𝐞 𝐬𝐢𝐥𝐞̂𝐧𝐜𝐢𝐨.

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𝐌𝐚𝐯𝐢𝐞 𝐏𝐨𝐯 || 𝐀𝐥𝐞𝐦𝐚𝐧𝐡𝐚, 𝟐𝟎𝟏𝟏 𝟎𝟔:𝟐𝟒.

Meus pés estavam deslizando sobre a água. Eu pensava sobre a noite passada, em como eu estava radiante por dentro e destruída por fora, em como esse sentimento horrível que estava dentro de mim por tanto tempo, me fazendo mudar com os outros e principalmente comigo mesma.

Se eu pudesse voltar ao passado eu não sei o que eu faria de diferente, eu acho que gostaria de ter tratado todos de forma um pouco mais madura, não ter me declarado... Talvez seria tudo diferente, talvez.

Tudo acontece por algum motivo, comigo com certeza não foi por acaso. Uma coisa que nunca mudou e que eu me odiei por meses, até anos foi que eu nunca deixei de amar Tom. Ele sempre esteve comigo em alguma parte dentro do meu peito que eu nunca consegui mudar, mesmo querendo muito.

Em uma parte da minha vida, eu cheguei a total desespero, eu não conseguia esquecer-lo, eu estava me revirando, de dentro para fora. Isso foi logo após que terminei meu primeiro filme, eu comecei a namorar, pior burrada da minha vida.
Parece que quando você não está feliz, tudo desmorona. Mas sim, por alguns momentos eu me entreguei para um cara que eu nem queria. Talvez para tentar esquecer Tom, talvez para tentar me livrar dos problemas em casa, enfim.

Noite em claro, vista embaçada e tudo de bom que pode acontecer em uma noite. Felizmente, não tinha gravação, provavelmente ficaríamos sem filmar por um tempo, até que o diretor voltasse a respirar por conta própria.

Devagar, fui voltando até meu lençol que ainda estava no chão me aguardando, eu não me lembro a hora que Tom foi embora, apenas sei que não foi sozinho. Não lembro da pessoa, se era homem ou mulher, eu estava bêbada demais para isso. Inclusive, bêbada demais para nadar com a maré alta, mas eu realmente não me importava.

Sequei-me as pressas e fui para o carro, me sentando um pouco ali. Respirando um pouco. Eu queria ir embora, eu devia ir embora. Eu devia.

De repente, fui atingida por várias notificações em meu celular. Murmurei em reprovação aquilo, mas ainda sim, vi quem era, Bill.

 Murmurei em reprovação aquilo, mas ainda sim, vi quem era, Bill

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𝐀𝐥𝐞𝐦𝐚𝐧𝐡𝐚 𝟏𝟐:𝟐𝟐.

Não me lembro ao certo de como cheguei em casa, mas tenho certeza que não havia me trocado, e nem ao menos tomado um banho. Simplesmente acordei com uma poça de água em minha cama, meus cabelos levemente úmidos, e minha roupa totalmente molhada.

Que caralhos aconteceu ontem?

Me levanto da cama e me olho ao espelho, eu me via com uma aparência horripilante, nem parecia ter sido considerada uma das garotas mais belas da Alemanha. Eu passava as mãos entre meus cabelos, tentando tirar alguns resquícios de algas que insistiam em permanecer presos em meio aos meus cabelos longos.

Me observo por mais alguns segundos diante ao espelho e reparo na camiseta comprida que estava usando... Tom? Algumas memórias vagas rapidamente tomam conta de meus pensamentos, me lembro de ter quase me afogado no mar e... Tom estava ao meu lado rindo, normal. Um sorriso genuíno se forma em meu rosto, me lembro exatamente de quando éramos pequenos, Gustav me empurrava e ele ficava ao meu lado apenas rindo, sinto falta disso.

𝐉𝐮𝐝𝐚𝐬 || TOM KAULITZOnde histórias criam vida. Descubra agora