𝐌𝐢𝐧𝐮𝐭𝐞𝐬 𝐢𝐧 𝐭𝐡𝐞 𝐬𝐤𝐲.

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— Eu não sei porquê ainda aceito. — Reviro os olhos e faço uma careta desengonçada. — Já perceberam que sempre dá merda?

Observo Tom se sentando no chão composto por um grande tapete cinza estirado pela grande extensão da sala, percebo um sorriso vitorioso em seu rosto, encaro o mesmo com um olhar desafiador e o mesmo assente retribuindo com um olhar divertido.

Parece que vai ser mais legal do que eu imaginei.

— Deixe de ser chata, Mavie! — Bill me repreende enquanto senta ao lado de seu irmão. — Precisamos nos descontrair, faz tempo que não descubro fofocas sobre meus amigos. — Ele diz com a voz arrastada. — Nem parece que são meus amigos e me veem praticamente todos os dias!

Me sento ao seu lado e coloco uma de minhas mãos em sua coxa, dando um leve aperto no local.

— Relaxa, lindinho. — Dou um sorriso ladino e aponto para Georg e Tom que estão se sentado ao meu lado. — Se refira apenas a eles, porquê eu te conto tudo!

— Tudo? — Tom me olha com um sorriso ladino e eu rapidamente fuzilo ele com o olhar.

— Gente...? — Georg intercala o olhar entre mim e Tom.

O silêncio se torna presente na sala, fazendo todo mundo que estava ali se entreolhar, e em conjunto, demos risadas. Apenas rimos sobre algo sem sentido.

— Enfim! — Georg toma inciativa e quebra o silêncio. — Eu quero começar, vou torcer para cair no Bill e ele escolher desafio para mim finalmente conseguir o que tanto sonhei. — Ele diz puxando a garrafa das mãos de Tom com um sorriso maligno.

— Você quer me beijar, Georg? — Bill arqueia as sobrancelhas e olha para o garoto com um sorriso malicioso. — Eu sabia! Eu sabia que você sempre esteve afim de mim e era Gay!

— Pare de sonhar alto, Bill — Georg repreende o garoto e gira a garrafa.

O grupo não estava completo, a ausência de meu irmão era notória, porém, não havia muitas coisas a se fazer naquele horário, ainda mais em uma véspera de viagem.

Eu queria apenas fechar meus olhos e aproveitar, respirar fundo e aceitar que eu estava segura, não há mais nada que eu precise me preocupar, meus pais não estavam aqui, mas eu ainda sentia que algo estava errado. Isso não iria acabar tão fácil assim.

Tudo que vem fácil, acaba fácil.

Fácil?

Nada que eu passei foi fácil, eu me afundei por anos, eu apenas não consigo aceitar que algo que me perturbou por tantos anos já esteja acabado, tão simples assim. Ele não iria deixar barato, não mesmo!

Meu transe é quebrado quando Bill coloca as mãos em meu ombro e balança.

— Terra chamando! — Ele me chacoalha. — Não dá para fazer nada com você, do nada fica 'mó esquisita.

Esquisita? Eu acabei de ver meus pais sendo literalmente presos na minha frente, será que ele acha que eu não tenho motivos para ficar "esquisita"? Porra.

— Desculpa. — Balanço a cabeça e olho para o chão, percebendo que a garrafa apontava para Georg e Tom.

— Verdade ou desafio, linda? — Georg arqueia uma das sobrancelhas e pergunta para Tom.

Tom intercala o olhar entre mim e Bill, como se estivesse pedindo ajuda. Eu apenas olho para ele sem expressão alguma, enquanto Bill balançou os ombro igual uma criança.

— Desafio, desafio! — Ele encolhe os ombros coloca uma das mãos no braço esquerdo de Bill.

Georg pensa por alguns segundos.

𝐉𝐮𝐝𝐚𝐬 || TOM KAULITZOnde histórias criam vida. Descubra agora