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Lia

-O azul ou o preto?

Fiz gestos com as mãos como se fosse escolher algum dos dois vestidos que minha mãe segurava. Ambos são muito bonitos nisso eu não posso discordar. Mas, o preto tinha um decote na parte dos seios que era maior que minha conta bancária, o azul era curto quase ao extremo.

Não que eu não goste só não acho que seja apropriado para um jantar.

Continuei olhando fixamente para as duas peças de roupa tentando seriamente escolher.

-Escolhe logo, Lia- ergueu os vestidos.

-Eu escolho... O vermelho-apontei para um que comprei e nunca usei, ela só jogou na poltrona junto aos demais que não lhe agradou.

Minha mãe olhou para peça de roupa e o pegou pigarreando.

Me amostrou fazendo telepatia sobre ser aquele que eu ia usar. Balancei a cabeça feliz igual uma criança.
Quanto mais rápido isso acabar melhor.

-Você tem uma hora para arrumar cabelo, maquiagem e roupa- avisou saindo.

Suspirei sabendo que tudo isso não dar de fazer nem uma maquiagem leve.

Retirei o roupwao ficando apenas de lingerie, peguei o vestido de cima da cama me vestindo. Fechei o ziper e andei até o espelho olhando meu reflexo.

O vestido era na cor vermelha, um vermelho quase vinho. Não tinha decote o que valorizou meus seios, era justo dando um charme para minha cintura e tinha uma fenda que ia até um pouco acima do joelho esquerdo.

Fiz uma escova no cabelo dando um certo volume. De maquiagem apenas a preparação de pele no estilo glow, um delineado, rimel, contornei os labios finalizando com um gloss.

Peguei uma bolsa preta que coubesse pelo menos o celular, nos pés um sapato de salto e por fim passei meu perfume novo. De joias optei apenas por um colar minimalista.

Quando estava fechando a porta lembrei do celular e voltei correndo pra pegá-lo. Peguei de cima do criado mudo colocando na bolsa passei a mão mais uma vez pelos cabelos e desci.

Encontrei Gabriel que estava em pé com a mão no bolso da calça olhando impaciente para um dos objetos de decoração.
Ele estava literalmente fora do que costuma usar no dia a dia. Terno feito sob medida, camisa social branca sapato social e o cabelo parecendo que recebeu três quilos de gel.

Mas ao mesmo tempo no estilo dele.

-Como uma pessoa paga dez mil euros em uma coisa inútil que só sabe balançar o braço e ficar numa mesa?- Reclamou segurando o objeto.

Ri discretamente mas foi em vão. Gabriel se voltou para mim e levantou as sobrancelhas em surpresa colocou a outra mão no outro bolso, ele me olhava de cima abaixo até que seus olhos encontraram os meus.

-Uau!- Murmurrou.- Quer dizer, ótimo que você apareceu já estava cogitando a ideia de ter que ir buscar você pra gente ir logo- voltou com o mesmo humor de sempre.

Revirei os olhos e ajeitei a bolsa.

-Cadê os adultos?

-Eles foram na frente e você vai comigo- caminhou até a porta-, antes que pergunte é porque meu pai quis ir fazer as honras com meus tios então você vai entrar no carro sem fazer questionamentos- despejou as palavras e saiu indo à garagem.

Apertei o passo em uma corrida desengonsada tentando o acompanhar. Entramos no carro e ele deu partida. Novamente pensei que iria morrer por excesso de velocidade mas consegui até retocar o gloss durante o trajeto.

O Filho Do Meu PadrastoOnde histórias criam vida. Descubra agora