O Filho Do Meu Padrasto

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Lia

Dei uma última olhada no espelho e aprovei o que via.

Hoje era sábado e as meninas e eu iamos numa balada de um amigo da Amanda, que incrivelmente consegiu entradas grátis pra gente.
Ela também ofereceu o apartamento para que nós pudéssemos fazer o caos enquanto nos arrumavamos, assim ninguém ia se desencontrar quando chegasse no local.

Posso afirmar que a bagunça que fizemos foi enorme. Roupas espalhadas por todo canto desse apartamento, produtos de cabelo enfim. O caos total pra quatro garotas se arrumando pra uma balada.

Optei por um vestido pouco justo e curto preto, um salto alto da mesma cor do vestido. De maquiagem só um delineado e gloss.

Saimos do elevador conversando sobre coisas nossas, cumprimentamos o porteiro, senhor simpático, e seguimos pro estacionamento do prédio.

-Boa noite gatinhas· escutamos vozes masculinas e quando olhamos lá estavam Samuel, Jackson, Gabriel e Kevin.

Tomamos um susto quando eles sairam do carro.

Nos encaramos sem saber o que eles estavam fazendo aqui. Os quatro tinham sorriso cínico nos lábios.

-Quem são vocês?!- Elisa arqueou a sombrancelha.

-Nós vamos com vocês pra balada-Samuel disse todo confiante.

Olhamos ao mesmo tempo para Amanda que apertava os lábios um no outro.

-Nem queiram me culpar. Samuel tava no dia quando falei do nosso compromisso de hoje- se defendeu.

Eles permaneceram calados.

-Nosso argumento é que: Nanda namora, ou seja, Samuel vai pra ficar com você- Jackson tomou a frente das explicações.

Nanda olhou feio pra eles.

-E como o lugar praticamente so vai pessoas solteiras então...- ele continuou.-E o Keven vai acompanhando a Amanda porque quer.

-Você e o Gabriel fazem o que aqui então?-Perguntei.

Os dois se entreolharam dando de ombros.

-Vou cuidar de você, querida-Gabriel comentou abrindo um sorriso convencido.

Revirei os olhos.

Antes que ocorresse a terceira guerra todos entramos no carro, por sorte o veículo cabia todos sem precisar se espremer por espaço.

O caminho de ida foi até que animado, Jackson estacionou uma esquina longe da balada mas nada tão longe assim.

As pessoas que passavam e viram nós saindo do carro pensaram que o circo chegou mais cedo.

Não precisamos enfrentar fila como eu disse, Amanda tinha contatos facilitando tudo.

O espaço era realmente perfeito. Era meio escuro iluminado com poucas luzes de led e na parte onde estamos é como um corredor circulando a sala da festa e tinha uma mesa redonda com um sofá em formato de "C" ao contrario, em uma tonalidade vermelho vinho.

Pedimos algumas bebidas e decidimos que depois iríamos dançar e nos divertir. Como eu sou praticamente a única solteira poderia pegar quem eu quisesse hoje, mas não quero. Quero unicamente me divertir hoje.

-Chega de coquetel sem álcool, me passa essa tequila, Fernanda- Amanda disse e a Nanda só fez o que a amiga pediu.

Ela fez uma cara engraçada ao sentir o líquido descendo pela garganta. Não demorou muito e Nanda arrastou o Samuel para dançar, logo em seguida foi Kevin e Amanda.

No final só sobrou eu sentada aqui, acompanhada de Jackson é claro.

-Sabe, essa cor preta- apontou pro meu vestido-, junto com esses acessórios realçaram sua beleza. Combinou com os seus olhos, que por incrível que pareça são pretos-se ajeita em uma postura como se comemorasse por conquistar uma mulher.

Dei uma risadinha discreta. Mesmo querendo enfiar a cara em um buraco depois desse possível flerte.

-São castanhos-Jackson ficou sem entender-, meus olhos; a cor real deles é castanho-movimentei o dedo em frente ao rosto.

Balançou a cabeça com a boca entreaberta.

-Ta tentando flertar comigo?-Beberiquei a bebida.

Jackson negou com a cabeça todo sem graça enquanto se servia. Pedi licença e segui até o banheiro pra retocar a maquiagem.

-Se eu fosse você pegava o pai dele- falou uma morena pra amiga.

Eu até tinha concertado meu delineado mais estava enrolando pra poder escutar a história direito.

-Por Deus!- A cacheada retrucou.-Isso é errado.

-Não, porque ele te traiu. Você pegando o pai dele, voce vira madrasta então. Conclua a historia-a morena deu de ombros terminando de passar o batom vermelho.

Finalmente terminei de passar meu gloss e sai do banheiro incrédula com toda aquela historia. Ta que não peguei todo começo mas pude criar umas teoria.

-Ótimo, te achei-olhei para os lados procurando quem era.

-Você colocou um rastreador em mim?-Perguntei assim que reconheci a silhueta.

-Eu so queria...-Gabriel olhava para os lados com mais freqüência do que eu tomando água.

Ele foi se aproximando mais e mais quando percebi já estava encostada na parede e ele próximo até demais de mim. Outra vez.

Gabriel passava a língua nos lábios enquanto encarava os meus. Nossos olhares se encontraram e por um mísero segundo tudo a nossa volta se tornou um silêncio.

O vi engolir em seco e sem pensar me beijou novamente. Sua mão direita foi até meu pescoço e a outra descia para dentro do meu vestido apertando minha coxa.

-Ah como eu queria realizar meus sonhos mais pecaminosos com você- sussurrou entre o beijo.

Olhei para ele após encerramos nosso beijo, Gabriel ainda mantinha sua mão em minha coxa. Assenti com a cabeça e ele subiu um pouco mais e deu um leve aperto em minha intimidade, voltou a me beijar abafando o gemido que dei quando senti seu dedo na minha entrada.

Apoei uma perna em sua cintura dando mais abertura, senti o tecido da calcinha ser afastado e seu dedo passando na minha intimidade.

Gabriel beijava meu pescoço sem retirar suas mãos de onde estavam.

Mas voltamos a realidade quando escutamos a música cesar e um outro som tomando de conta do ambiente.

Ajeitei meu cabelo e vestido enquanto Gabriel fazia o mesmo após nos separarmos, retornamos onde estavamos nos deparando com uma briga.

Ficamos igual dois fofoqueiros vendo aquilo. Gabriel tinha um sorriso divertido mas que logo deu lugar a uma raiva quando a multidão se abriu e ele viu Jackson, Samuel e mais dois caras brigando.

Ele não hesitou e deu um soco na cara de um deles quando viu o tapa na nuca que Jackson recebeu. A confusão foi armada quando o outro- que vou chamar de corte quimico- camabelou pra traz, fechou a mão em punho e bateu no rosto do Gabriel.

Virou o rosto com a mão no nariz que tinha um pequeno corte.

XXXXX

Pegação? Temos. Briga? Também temos.

Voltei para a alegria de vocês. Não morri- não ainda- mas estava passando pelo castigo de monstro dos estudantes: as provas.

Mas para compensar vocês irei postar todos os dias um capítulo. É isso, beijinhos e aproveitem a leitura.