capítulo 6

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- Vocês são sempre assim? - Laíza pergunta quando chegamos em frente a confeitaria Art Pão.

- Sempre. - sorrio e desço do carro - A implicância é a nossa maneira de descontrair e ao mesmo tempo mostrar que nos importamos um com o outro. Digamos que palavras de carinho não fazem bem parte dos nossos diálogos.

- Entendi. - ela sorri e finalmente entramos.

- Menina, - digo olhando os bolos na prateleira e todo tipo de guloseimas - vou deixar todo meu dinheiro aqui.

- Vem, amiga. - fala e me puxa até o balcão - Vamos levar qual bolo?

- Floresta Negra! - digo olhando a reação dela.

- Você lembrou? - pergunta incrédula.

- Claro, minha memória estomacal é ótima. - digo e rimos.

- Eu não aguento contigo amiga. - diz ainda rindo. Compramos o bolo e entramos no carro indo pra casa.

- Você lembra do dia em que postou a foto desse bolo? E eu comentei que queria. - ela assente e eu continuo - Acabamos conversando e eu disse que quando eu fosse te visitar você já estaria casada, já seria mãe.

- Meu Deussss!! - fala - Eu lembro amiga, foi forte naquele dia viu e num é que você acertou em cheio?

- Deus ouviu e realizou! - falo olhando pela janela do carro - Você lembra o que me disse?

- O que? - ela pergunta.

- Você disse que eu tinha te abençoado de formas que eu nem sabia, e também disse que meu nome seria citado nos teus testemunhos, além de que iriamos nos ver e comemorar muito. - meus olhos ficam marejados assim como os dela - Quando você me contou os testemunhos mais a frente eu fiquei tão feliz amiga e tão grata a Deus, ver tudo que você tem conquistado hoje me faz ainda mais feliz.

- Deus cuidou de tudo, amiga. - diz secando às lágrimas - ELE fez além do que pensávamos e imaginávamos. Eu também me alegro muito, muito, por poder ver as tuas conquistas e por fazer parte da sua história.  Você é benção. - termina sorrindo em meio as lágrimas.

- Isso me fez lembrar de quantas vezes quis desistir do Alma, lembra? - pergunto secando as lágrimas - Quantas vezes achei que o que estava fazendo não ia dar em nada, era um tempo perdido. Mas sem que você  soubesse disso, Deus te usava pra falar comigo e dizer que era importante, que eu não parasse que aquilo estava fazendo a diferença. - acabo desistindo de secar as lágrimase ela também - Você foi instrumento de Deus em tantos momentos amiga, aliás, ainda é. - sorrimos uma para outra em meio as lágrimas e assim chegamos em casa.

A ajudei a organizar tudo para que eles pudessem almoçar, enquanto eu fui para o quarto. Aproveitei para orar um pouco e também ligar pra minha mãe para atualiza-la dos acontecimentos.

- Amiga, vem comer o bolo. - grita ela do andar debaixo.

- Estou indo! - grito de volta - Tenho que desligar, mãe. Fiquem com Deus. Até mais tarde!

- Tchau! Se cuide. - diz minha mãe.

- Pode deixar. - respondo e digo em seguida.

Depois de comermos, os pais de Laiza vão para o quintal, Mateus que já havia chegado do trabalho mais cedo, também se despede indo descansar. Ficando assim eu, ela e João.

- Amiga, você pode dar banho no João pra mim? - pergunta com ele nos braços - Enquanto eu, dou uma organizada aqui.

- Claro! - me levanto colocando minha louça na pia - Vem, João! Vamos brincar de marinheiros.  - falo animada e ele abre um sorriso.

As Viagens da AnaOnde histórias criam vida. Descubra agora