capítulo 18

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- Pra quem disse que iria ganhar você está bem devagar... - grito olhando para trás somente para provoca-lo. Tinha quase certeza que ele estava indo devagar de propósito. Quando avanço um pouco mais ficando perto da chegada, ele passa por mim.

- A vitória vai ter gosto de chocolate... - grita correndo e rindo.

- Vai mesmo. - falo parando de correr e me jogo no chão fingindo ter me machucado.

- Ana? - chama quando olha para trás e me vê sentada no chão com as mãos no tornozelo e logo corre em minha direção - O que houve? - se agacha em minha frente ofegante.

- Acho que me machuquei. - falo fazendo uma careta como se estivesse sentindo dor.

Vejo o Rafael e a Dry se aproximando e faço discretamente um sinal para eles avisando que estava tudo bem, enquanto Gabriel analisa meu tornozelo.

- Acho que não foi nada grave já que não está inchado. - diz - Consegue ficar de pé?

- Acho que sim. - respondo e seguro em sua mão ficando de pé.

- Se apoia em mim... - ele diz.

- Espera... - falo e me afasto um pouco dele. - Espero que você tenha bastante dinheiro aí na carteira.

- Por que? - pergunta sem entender e eu começo a correr. - Não acredito que ela fez isso... - olha para Dry e para Rafael que estão chorando de tanto rir. Ele começa a correr mas como saí na frente acabei chegando em primeiro.

- É sério, - falo respirando com dificuldade - eu preciso fazer exercícios.

- Você... - diz chegando segundos após mim - roubou...

- Eu não estipulei regras, querido. - digo me apoiando em uma das árvores.

- Mas isso não vale... - fala - Eu realmente fiquei preocupado com você.

- Desculpe... - digo segurando o riso.

- Quero uma revanche. - fala ajeitando a postura e me olha emburrado.

- Nem se você me desse um caminhão de sorvete eu correria de novo. - digo começando a andar de volta para o banco aonde estávamos. - Estou morta!

- Eu não vou pagar pelo sorvete. - diz caminhando ao meu lado. - Você roubou e fim de papo.

- Vai ficar chateado? - digo revirando os olhos.

- Vou! - fala andando na frente.

- É amor, - Dry diz - vai ter que me fazer uma boa massagem nos pés.

- Ela roubou, não valeu. - Rafael fala.

- Valeu sim! - Dry diz.

- O que valeu? - Gabriel pergunta sentando se ao lado de Rafael.

- Apostamos em vocês. - ele responde cruzando os braços - Eu apostei em você e a Dry na Ana, e agora terei que fazer uma massagem nela.

- Foi mal, cara... - Gabriel fala.

- Vou comprar sorvete. - digo chegando perto deles. Apesar de já serem quase 6 horas o sol ainda estava aparecendo. - Vão querer?

- Eu quelo. - Davi fala.

- De que meu pequeno amigo? - pergunto.

- Cholocate. - responde.

- Certo. - digo alisando seus cabelos - E vocês?

- Eu comi um lanche vindo do trabalho, - Rafael fala - então estou satisfeito.

- E você, Dry? - pergunto.

As Viagens da AnaOnde histórias criam vida. Descubra agora