𝙿𝚊𝚛𝚒𝚜

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— Você tá fazendo errado! — Carrera gritou indignado para Martini que não conseguia mais falar de tanto que estava rindo. — É literalmente um quadrado!

— CARRERA, EU SOU A BRASILEIRA AQUI!

— Calada! Olha e aprende! — Ele voltou a se concentrar, a cena era extremamente engraçada, o argentino estava dando a vida para ensinar Martini a fazer o famoso quadradinho, pois por algum motivo ele era um expert em rebolar. — Quackity você também! Presta atenção porra! — Ele gritou e isso só fez com que a crise de risos do mexicano aumentasse.

— Assim, olha! — Roier gritou se juntando a Carrera. — Pá, pá, pá — Ele falava conforme se movia, Kiana o olhou horrorizada e ficou simplesmente incrédula.

— Olha o tamanho da bunda desse cara! — Ela falou desacreditada — AMOR OLHA O TAMANHO!

— Eu prefiro não olhar! — Quackity falou, ele já nem tentava participar das aulas de Carrera, apenas ria descontroladamente, totalmente bêbado.

— OLHA SIM! MIRA AMOR! — Roier começou a gritar se esfregando em Quackity que saiu correndo com grito para trás de Martini — PODE ENCOSTAR! — Ele disse se empinando para Quackity que gritou desesperado escondendo o rosto no cabelo de Kiana.

— SABI! — Kiana gritou rindo — Seu namorado já bebeu demais! — Ela falou apontando para Roier.

— Na verdade ele tá completamente sóbrio, imagina se bebesse. — Ela respondeu num grito suspirando pesadamente de forma dramática e Martini riu alto enquanto protegia Alex dele.

— ENCOSTA QUACKITY! OU ENTÃO VAI TER QUE ME BEIJAR!

— NÃO! MINHA MULHER NÃO DEIXA! — Quackity dramatizou como se estivesse com medo de Roier.

— MARTINI DEIXA ELE ENCOSTAR VAI!

— ROIER PARA DE VIADAGEM! — Martini gritou com ele.

— HOMOPHOBIC! KIE ES HOMO- — Roier só parou de gritar quando levou um tapão da brasileira e saiu correndo na direção da própria namorada feito uma criança que levou uma bronca. Quackity então saiu cambaleando enquanto ria feito idiota, e Martini o seguiu para cima e para baixo como sempre fazia em festas.

— Me dá outro desse! — Quackity falou entre risadas enquanto pegava um copo da mão de Rivers que soltou um grito tentando impedi-lo mas ele virou todo o conteúdo lá dentro num gole só.

— RIVERS! — Martini repreendeu e a mexicana começou a gritar em espanhol.

— Vaya pero Martini tu novio es un puto idiota, como puedes soportar a ese hombre! ¿Sabes lo que debes hacer? ¡Déjalo y quédate conmigo! Pinche pendejo estupido! — Ela reclamava aos gritos, claramente bêbada também.

— ¡Mira amor! ¡Mira lo que dice de mí! ¡Perra estúpida! — Ele gritou de volta com o copo na mão, naquele momento Martini não sabia quem estava mais bêbado.

— ¡Ay culero, te voy a partir la puta cara! — Ela gritou estressada antes de dar uma tragada no vape que segurava.

— RIVERS DEJA DE FUMAR PERRA! GUARDA EL PUTO VAPE!

— PENDEJO ESTUPIDO CULERO DE MIERDA! KIANA SÁCALO DE AQUÍ!

— CARRERA DEVUÉLVEME! — Dessa vez foi Spreen quem passou gritando enquanto Carre corria pela sala com o celular dele em mãos. Nos poucos segundos que ela se distraiu com isso Quackity já havia roubado o copo de Mariana e agora ria sozinho.

Uma coisa que Martini havia aprendido é que quando estavam bêbados todos voltavam a falar espanhol, e os poucos que tentavam falar inglês consigo não conseguiam, o que era extremamente engraçado, aquela festa de despedida estava um caos. Já se passavam das duas da manhã, aquela era a última noite deles em Madrid. Seu trem para Paris sairia às sete, por isso logo, Quackity, Martini, Sabi e Roier precisariam se despedir dos demais. Embora brincassem e se divertissem estavam todos melancólicos e tentando não pensar no fato de que já havia acabado. Martini sentia que não tinha tido tempo o suficiente com os hispânicos, mas que ainda assim foi um dos melhores eventos de sua vida, pois conheceu pessoas incríveis e se divertiu muito nos dias que passou ali, com certeza eram memórias que levaria consigo para sua vida inteira.

Reflections - Quackity Onde histórias criam vida. Descubra agora