Capítulo 4

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O começo desse capítulo é antes da Liliana encontrar com o Rick, resolvi contar o que aconteceu antes. Me avisem caso fique confuso, obrigadaaa !!!





Liliana Denver






Hoje eu estava me preparando pra sair, desde que esse caos começou eu não sai do meu apartamento, tudo que eu precisava tinha aqui, comida, água e segurança. Eu morava no terceiro andar de um prédio simples mas, aconchegante, meu apartamento não era muito grande, tinha dois quartos, uma sala, cozinha, banheiro e uma lavanderia. A única forma de entrar nele era pela porta da frente, que estava trancada e tinha uma cômoda enorme na frente. Eu pensei em ir a Atlanta encontrar meus irmãos mas, eu não tinha coragem, toda vez que tentava abrir a porta o medo me dominava e eu desistia, inventava desculpas que talvez eles viessem aqui me procurar, que eu devia ficar esperando por eles mas, nunca aconteceu.

Quando isso tudo começou mandaram todos os moradores de cidades vizinhas irem para Atlanta, prometeram comida e abrigo, eu sei que a maioria foi pra cidade grande, eu não via nem um ser vivo andando pelas ruas, só os mortos. Na noite que os primeiros casos apareceram aqui, passou vários helicópteros indo em direção a cidade e depois se seguiu várias explosões. Parte do meu medo de sair de casa e ir procurar por eles é de encontrá-los iguais aos mortos, eles são durões e sei que sabem se cuidar mas, não consigo evitar pensar que eles podem estar mortos, irreconhecíveis e que, a única família que eu tenho está morta.

Era de manhã, se eu aprendi certo olhar as horas pela posição do sol deve ser entorno de 09 horas da manhã, eu tinha uma mochila nas costas e minhas facas na cintura, presas no cinto. Eu ganhei essas facas do irmão mais velho, eu, ele e o nosso outro irmão íamos acampar bastante, eles me ensinaram a caçar, dar um nó cego, ver as horas pelo sol e principalmente, me ensinaram a usar as minhas facas, eu descobri que sou muito boa nisso.

Eu encarava a porta da frente e respirei fundo, tentei arrastar devagar a cômoda, não sabia o que tinha do lado de fora e por isso precisava ser silenciosa, quando eu ia abrir a porta escuto um barulho vindo do andar de cima, como se algo tivesse caído no chão, isso me deixou em alerta e imediatamente eu coloquei a cômoda novamente na porta. Não seria hoje que eu sairia de casa.

Passei o dia lendo algum livro que tinha na minha estante, já era por volta de 16 horas da tarde, o sol estava se pondo e o clima estava agradável eu estava na cozinha quando ouvi gritos, era um homem, olhei pela janela e não tinha nada na rua, os gritos continuaram, o homem chamava nomes, eu não entendia muito bem mas, decidi ajudar, não poderia ficar sem fazer nada como da primeira vez, não podia deixar outra pessoa morrer e ficar só olhando, não dessa vez. Coloquei minha mochila de novo, minhas facas e minhas botas e empurrei a cômoda, peguei a chave do meu apartamento e abri a porta, não tinha nada no corredor, algumas portas abertas mas, nenhum sinal de vida ou de morte.

Eu desci devagar até o saguão, tinha sangue e furos de tiros na parede, ignorei e comecei a correr e direção aos gritos. Fui andando pelas ruas a procura do homem, tinha uma mão segurando minha faca, de longe eu pude ver um homem sentado na calçada e dois outros homens logo atrás dele e um morto andando em direção a eles. Vi quando o homem negro atirou no morto e vi o outro homem desmaiar, me aproximei correndo e vi uma arma ser apontada pra mim .

- Calma, estou viva - Respirei fundo e ergi minhas mãos, olhei para o homem com a arma apontada pra mim e o reconheci. Cuide do filho dele no meu primeiro plantão em King Count, o filho pegou um resfriado forte e teve que ficar internado por alguns dias - Morgan ? Sou a enfermeira Liliana - Ele pareceu a lembrar e logo baixou a arma.

- Desculpa doutora, eu não reconheci você - Ele se afastou um pouco e vi o Duane atrás dele, o garotinho sorriu pra mim e eu retribui.

Quando eu olhei para o homem desmaiado no chão meu coração parou, era o Rick, o xerife que levou um tiro, ele ainda estava com a roupa do hospital o que significa que ele não foi transferido para a cidade vizinha, ele ficou lá no hospital esse tempo todo, sem ninguém para o ajudar, como ele sobreviveu?

NOVA CHANCE • RICK GRIMES Onde histórias criam vida. Descubra agora