Capítulo 10

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Liliana Denver





Depois do sexo mais maravilhoso que eu já tive na vida, ele me levou até o banheiro para tomarmos um banho. Ele tinha cumprido sua promessa, eu não sentia minhas pernas, tentei ficar em pé e quase caí o que rendeu gargalhadas ao Rick. Ele me segurou no colo e me levou até o banheiro, nosso banho foi regado a beijos e outra rodada de sexo, quando fomos dormir escutamos uma batida na porta, me levantei e fui abrir. O Rick já se arrumava no colchão, quando eu abri a porta a Carol segurava os ombro do Carl, o menino tinha olhos vermelhos e uma carinha triste, sem pensar duas vezes segurei o menininho no colo e ele abraçou meu pescoço.

- Ele teve um pesadelo e pediu para dormir com você - A Carol contou e eu concordei, pedi obrigada a ela por ter acompanhado o menino até aqui e desejei uma boa noite. Levei o menino até o colchão onde o seu pai esperava sentado e com olhos atentos. Coloquei o menino sentado no colchão e ele agarrou minha mão.

- Quer contar o que sonhou, anjinho? - Ele balançou a cabeça e começou a contar. Fiz um carinho na sua cabeça e passei minha mão pela sua bochecha, o Rick segurou a outra mão do menino e lhe lançou um olhar cheio de amor.

- Eu estava no acampamento da pedreira, estava escuro e eu estava com muito frio aí eu escutei o seu grito, Ana, quando eu me virei a Lori tinha virado um zumbi e te mordia, eu tentava te ajudar mas eu não conseguia me mover, eu só conseguia chorar e gritar pra ela parar. Daí você morreu e eu fiquei sozinho, eu não sabia onde o papai estava e a Lori se aproximava de mim, ela ia me morder também mas, aí eu acordei - Ele contou seu pesadelo e algumas lágrimas caíram dos seus olhinhos, eu queria prometer que eu nunca morreria mas, era impossível no mundo que temos hoje.

- Meu anjinho - Puxei ele pra o meu colo e se pai se aproximou abraçando nós dois - Eu não posso prometer que nunca vou morrer, esse mundo é perigoso e temos que ter cuidado sempre, eu posso e vou morrer um dia, mas escute, eu sempre vou proteger você, enquanto eu puder e tiver forças você nunca vai estar sozinho, desde a primeira vez que eu vi você, sentado na recepção do hospital você despertou em mim um amor que eu nunca senti antes, você é o meu anjinho e eu te prometi que sempre te protegeria e eu sempre cumpro minhas promessas - Passei a mão por seu rostinho e beijei a pontinha do seu nariz - Pode dormir meu bem, vou estar aqui tá bem ?

- Eu te amo Ana - Ele disse e beijou minha bochecha, meus olhos encheram de lágrimas e sorri pra ele.

- Eu te amo Carl - Retribuí suas palavras e ele me abraçou, escutei o Rick chorar abraçado a gente, podia ser errado mas, já considerava esses dois como minha família. O menino se soltou de nós dois e se arrumou no colchão, bem no lugar que o Rick estava antes.

- Esse lugar é meu rapazinho - O xerife disse fazendo cócegas na barriga do filho, o menino veio um pouco para o lado e deu espaço para seu pai se deitar. Apaguei as luzes e me juntei a eles, sem dúvidas esse foi o melhor dia até agora, depois da minha noite com o Rick, dormir abraçada a ele e ao Carl tinha fechado a noite com chave de ouro.

Foi a melhor noite de sono que eu já tive,  vez ou outra eu sentia as mãos do Rick no meu corpo, o Carl dormiu entre a gente e vez ou outra ele me abraçava e depois se virava para o pai. Eu fui a primeira a acordar, como estávamos no subsolo, não sabia ao certo que horas seria, deixei os dois meninos dormindo e fui tomar banho. Quando entrei no banheiro e tirei minha roupa pude ver as marcas que o Rick deixou pelo meu corpo, a pele do meu pescoço estava  roxa junto com minha bunda que estava marcada com seus dedos, meu corpo inteiro está dolorido mas eu estava com uma sensação boa, minha noite com ele tinha sido incrível e eu não mudaria nadinha. Tomei o meu banho e tentei não demorar muito, aproveitei a água quente, lavei o meu cabelo e cada parte do meu corpo. Quando entrei no quarto, acabei tapando minha boca pra segurar a risada, os meninos estavam dormindo iguais, idênticos, na mesma posição. Ambos estavam de barriga pra cima, uma mão no peito e a outra do lado do corpo, ambos de boca aberta e ressonando baixinho. Me troquei e organizei nossas coisas, algumas roupas do xerife estavam jogadas pelo quarto, inclusive sua farda de policial, fiz uma nota metal pra lembrar dele não se desfazer dessa roupa. Quando eu estava quase saindo do quarto o Carl me chamou, ele estava sentado no colchão, coçando seus olhinhos e bocejou, é um garotinho perfeito. Fui até ele e pedi para que ele tomasse um banho e vestisse uma roupa para irmos comer, esperei no quarto ele se arrumar, aproveitei pra admirar o xerife. Ele estava lindo.

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