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"𝐀𝐦𝐨𝐫 𝐬ó 𝐝𝐞𝐬𝐜𝐚𝐧𝐬𝐚 𝐪𝐮𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐦𝐨𝐫𝐫𝐞. 𝐔𝐦 𝐚𝐦𝐨𝐫 𝐯𝐢𝐯𝐨 é 𝐮𝐦 𝐚𝐦𝐨𝐫 𝐞𝐦 𝐜𝐨𝐧𝐟𝐥𝐢𝐭𝐨" - 𝐏𝐚𝐮𝐥𝐨 𝐂𝐨𝐞𝐥𝐡𝐨


Karol se agachou rapidamente, apanhando a toalha para cobrir seu corpo.

Ela tremia, mas ao menos havia conseguido parar de gritar.

Quando ergueu o olhar para o homem paralisado perto da porta, não pôde deixar de notar que ele a encarava com estupefação. Parecia congelado na exata posição em que se encontrava quando ela o flagrou ali.

- Mas o que diabo você está fazendo aqui?!

Ruggero meio que sorria e meio que tentava falar. Se ela não estivesse completamente irritada, com certeza riria da situação tão absurda em que se encontravam.

- B-bo-bom... e-eu.... vo-você... É...

- Virou gago por acaso?

- Que engraçadinha. - Pigarreou, endireitando a postura. - Espera aí, você me acertou com uma maçã na testa!

- Será que foi porque você invadiu A MINHA CASA?!

- Epa! Calma lá, raposa. Eu não invadi nada.

- Não?! E como você chama o ato de entrar em uma propriedade privada sem a autorização do dono? E ainda está seminu!

- Ah, espera aí, a pessoa nua da história não sou eu, ?!

Ultrajada ela apertou a toalha com mais força contra o corpo.

- Babaca!

Ruggero riu, pousando as mãos na cintura.

Era óbvio que mesmo zangada Karol não podia simplesmente ignorar o fato de que o corpo moreno dele lhe chamava a atenção. E sem a camisa ela até conseguia ver melhor a belíssima tatuagem de corvo que o rapaz tinha no peito.

E depois do peito tinha um abdômen que...

PARA! Ordenou a si mesma, sacudindo a cabeça.

- Gostou do que viu, raposinha? - Ele arqueou as duas sobrancelhas de um jeito tão cínico e sugestivo que a deixou ainda mais fula da vida.

- Sai daqui! - Esbravejou, pegando uma agenda que o pai costumava deixar numa mesinha perto do sofá. - Sai logo! - Completou, atirando o objeto contra ele.

Por um triz ele conseguiu desviar. A agenda bateu contra a porta e caiu.

- Você poderia ter me machucado, sabia?

- Dane-se! Eu quero que saia. Agora!

- Calma. E-eu... quer dizer, eu pensei que éramos amigos.

Uma risada nervosa escapou dos lábios dela.

- O fato de sermos amigos não te dá o direito de invadir a minha casa.

- Pois saiba que você pode invadir a minha casa e o meu quarto sempre que quiser....

- Idiota! - Gritou, apanhando algumas almofadas para jogar nele. - Acabou a amizade! Anda, sai daqui!

Ruggero conseguiu pegar duas das almofadas, mas uma acabou acertando seu rosto.

- Sempre me disseram para tomar cuidado com as raposas.

- Ah é? Então faz isso. Porque eu sinceramente não gostei dessa sua atitude e posso revidar de um jeito que você não vai gostar nem um pouco!

- Você nem está....

A Menina Raposa - Vol 2Onde histórias criam vida. Descubra agora