42 • Penúltimo

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"Precisamos ser somente uma pessoa.
Precisamos sentir apenas uma existência.Não precisamos fazer tudo a fim de ser tudo, porque já somos infinitos. Enquanto estamos vivos, carregamos em nós um futuro de possibilidades multifacetadas." — A Biblioteca da Meia-Noite.

Três dias depois...

Karol Sevilla

Só Deus sabe quanto o Arvid precisou desembolsar, mas ele conseguiu alugar a velha abadia para uma festa.

Será que ele ameaçou alguém? Um pacto? Só Deus pode dizer.

O fato é que o melhor amigo do meu namorado estava empenhado em homenagear a esposa pelo sucesso que suas reportagens estão fazendo.
A revista digital e a impressa com as matérias dela estão sendo vendidas aos montes. É só o que se fala.

Inúmeros novos empresários estão tendo seus nomes divulgados e seus negócios só tendem a crescer.
É uma benção em cadeia. Sua ideia de entrevistar essa galera gerou bônus para todos.

Por isso, não só Arvid, mas o próprio chefe dela fez questão de parabenizá-la.

E uma pequena comemoração virou uma festança com dezenas de convidados e uma trabalheira danada para transformar o primeiro andar da abadia em uma espécie de salão moderno.

Colocamos várias e várias flores, supervisionamos a equipe de limpeza e tanto Ruggero quanto Richard ficaram responsáveis pelo transporte dos objetos originais do lugar.

Com esse lado certo, quase choramos de alívio quando vimos o resultado.

— Está tudo tão lindo! — Antonella diz, emocionada.

Eu a abraço de lado e apoio o rosto em seu ombro.

— Fiquei tão feliz quando a vi ajudando a gente.

— Agradeço à todos, porque se não fossem por vocês...

— Você teria conseguido de toda a forma. — Garanto, afagando seu braço. — Bom, acho melhor ir me arrumar, não é? Já, já os convidados irão chegar aqui.

— Certo. Eu vou indo ver se a Margô já organizou tudo na cozinha. Ela ficou no pé do pessoal do Buffet. Coitados!

Dou risada e assinto, desejando-lhe sorte, porque a Margô se torna uma fera quando mexem em suas panelas, mesmo que as panelas sejam da empresa contratada, assim como todo o resto.

Mas enfim, ela quis organizar tudo e ninguém ousou se meter nisso.

— Jesus Cristo está caindo o mundo lá fora! — Arvid diz enquanto entra aos escorregões. Ele está todo molhado. — Diga-me, por favor, que o Ruggero trouxe a minha roupa pra cá.

— Ele deixou no primeiro quarto, lá em cima.

— Graças a Deus! — Guincha, dando um beijo na minha testa.

Assim que ele sobe às pressas, é a vez de Simon e Kyara aparecem. Os dois haviam ido buscar, banhar e arrumar os cachorros do casal.

Ljus havia ganho mais dois irmãozinhos.

— Meu Deus como vocês estão lindos! — Digo, agachando-me. Os três cachorros praticamente sobem em mim. — Que cheirosos, meus bebês! Nossa, esses pelos lisinhos! Que fofos!

A Menina Raposa - Vol 2Onde histórias criam vida. Descubra agora