Summer pov:
Friday, 15th.Estava exausta, mas finalmente chegou o final da semana e graças a quem seja, sexta, sábado e domingo eram meus dias de folga.
Pensei sobre oque fazer, então me decidi que iria a casa de Tina e pedir pra reunir o grupo, o único problema era que eu estava exausta pra ir até a casa de tina, mas não liguei muito e logo comecei a andar.
Depois de uns 30 minutos andando, finalmente cheguei na casa de Tina, e logo apertei a campainha... sem resposta, apertei novamente e novamente sem resposta, achei estranho já que sexta é o dia em que Tina fica em casa vendo netflix, mas não culpava a garota, sexta era um dia glorioso pra quem aguentou a semana toda, se pensar por um lado, a Tina não trabalha nem nada então não sei se é exaustivo pra ela também a ponto de falar que final de semana é a recompensa da luta.
Decidi mandar uma mensagem no grupo que tínhamos.
Marmanjos e barbies
Oi gnt, alguém em casa?
topam sair?
nao tenho nada pra fazer -
14:30Comecei a andar de volta pra minha casa na esperança de alguém me responder, e novamente estava eu andando por mais 30 minutos até minha casa, onde também se encontrava vazia já que Barry foi resolver algumas coisas com um amigo rico dele.
Mas dessa vez parece que passou tão rápido, quando vi já estava em casa, fui até o deck e sentei lá.
Comecei a pensar sobre algumas coisas, eu estava com medo, eu estava confusa, não sabia pra quem falar sobre isso ou se deveria falar sobre isso, sempre guardei tudo pra mim e minha mãe me ensinou a nunca confiar em ninguém, ela mesma me ensinou a não confiar nem nela, sou uma pessoa muito fechada sobre meus sentimentos, muita coisa doía e martelava minha cabeça todos os dias, mas eu não sabia a quem contar.
Eu tinha medo de algum dia voltar pra casa e não ver o Barry, ele era traficante e eu morria de preocupação sobre isso, apesar dele ser forte e grande, ele ainda era um ser humano que podia ser morto, eu odeio pensar nisso, ele sabe o quanto eu amo ele e o quanto eu ficaria mal se ele nunca mais aparecesse em casa.
Eu estava confusa, não sabia mais oque sentir, me sentia pressionada, tanta pessoa falando sobre como eu devo me sentir, tanta pessoa falando sobre como eu devo agir, como devo ser, eu não queria ser um fantoche de ninguém.
Ser ensinada pela sua própria mãe que você não deve confiar nem nela mesma, era algo tão complicado ver as pessoas falando o quanto a mãe deles são divertidas e legais, e só conseguir pensar no quão merda a sua mãe é, só conseguir pensar no quão irresponsável e no quão idiota ela é, no quão cega já foi, no quão ridícula já foi e ainda é, pra chegar em um nível que outra pessoa te acolheu e fez o papel que sua mãe nunca fez, Barry não aguentava mais me ver daquele jeito e me arrastou pra ir morar com ele, eu realmente tive que ir morar com outra pessoa por causa dela, mas me sentia melhor, Barry era como um irmão pra mim, e eu o amava.
- Oque houve, princesa? - sou tirada de meu transe quando vejo um garoto de longe se aproximar, nem havia percebido que estava chorando - Ei! Ta tudo bem com você?
- Oque... oque você tá fazendo aqui? - pergunto pro garoto quando passo a mão em meu rosto secando minhas lágrimas.
- Vim te ver - Alex fala se sentando em meu lado - vem aqui - ele me puxa contra seu peito e me da um abraço de lado, apoio minha cabeça em seu ombro.
- A gente pode só ficar aqui, sem falar nada? - perguntei me deitando no colo do garoto.
- Podemos ficar quanto tempo você quiser, tá? - ele fala fazendo um cafuné em meus cabelos.
Eu sentia um sentimento estranho ao lado dele, uma certa... paz? Algo que eu nunca senti antes, algo novo, sentia borboletas voarem em meu estômago quando estava perto dele.
Ficamos ali por um tempo, até eu me levantar e me apoiar nas madeiras, já deviam ser umas 16h30, o sol já estava mais abaixo do que antes, senti o garoto fazer o mesmo que eu.
- Alex?
- Oque? - o garoto responde me encarando e fazendo com que eu o encare também.
- Oque somos?
- Como assim?
- Tipo, temos algo ou não?
Senti suas mãos quentes sobre minha bochecha e vi ele dando uma leve risada, me fazendo rir também, acabei indo por impulso e me pressionando mais pra frente, deixando centímetros entre eu e ele, colocando minhas mãos sobre a nuca dele, e finalmente, ele me puxa pra um beijo, um beijo calmo, eu conseguia sentir o gosto do chiclete de tutti fruti que o garoto mascava antes de chegar até o deck, ele me pediu passagem com a língua e obviamente eu cedi, acho que senti algo a mais naquela hora, como se o beijo tivesse encaixado, separamos o beijo por falta de ar, rindo como duas crianças depois de terem visto algo engraçado, juntamos nossas testas e rimos novamente.
- Acho que somos... ficantes? - o garoto me pergunta me olhando com um sorriso.
- Posso me contentar com isso - eu respondo dando um leve sorriso, mas cessando ele quando sinto meu celular vibrar.
Puxo meu celular do bolso do shorts e abro o instagram, um story do grupo todo reunido... sem mim, eles nem fizeram questão de me chamar?
- Deixa eles pra lá, eu tô aqui com você agora, não é?
- Por que as vezes parece que eles me odeiam tanto? - tento resistir contra minha vontade de chorar até cair no chão, mas não consigo e logo começo a chorar, sinto as mãos de alex em minha costa me puxando pra um abraço, apenas vou na onda do garoto e abraço ele, inalando seu cheiro de perfume caro.
- Quer entrar? - ele pergunta.
- Quero, mas não tenho forças pra andar.
- Sem problemas - o garoto fala pegando na parte detrás do meu joelho e me segurando como se eu fosse um bebê, soltei um gritinho de surpresa na hora e depois um leve riso nasal.
- Alex seu louco! do nada? - perguntei enquanto ele me levava até dentro de casa.
- Você praticamente pediu por isso, Sun - o garoto fala já dentro de casa.
- Vem cá! Vamos ver um filme - falei saindo do colo de Alex e correndo até meu quarto.
Me deitei na cama e Alex fez o mesmo ao meu lado, coloquei Rapunzel pra assistirmos e ele assistiu sem reclamar, um milagre eu diria, eu me deitei sobre o peito dele colocando uma de minhas pernas por cima das dele, ficando em uma posição confortável e me deixando apagar, acabei dormindo lá mesmo.
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Summer love - Quackity
FanfictionSummer, uma garota de 16 anos que nunca cogitou a ideia de se apaixonar por alguém, uma garota que era apaixonada apenas pelo mar, uma garota que desde pequena sempre viveu na praia e nunca precisou de ninguém, até um garoto se mudar pra lá e revira...