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Indo em direção a rua da suposta Esthela, fomos parados por um grupo de crianças e Barry acabou derrubando uma e eu outra, mas óbvio que podia piorar

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Indo em direção a rua da suposta Esthela, fomos parados por um grupo de crianças e Barry acabou derrubando uma e eu outra, mas óbvio que podia piorar.

- Cala a boca! - gritei com a criança que começou a chorar descontroladamente.

- Algum problema? - um policial que estava rondando aqui nos perguntou.

- Não! Eles me agrediram! - a criança reclama.

- Oque? Não! Foi um acidente - eu aumento o tom de voz.

- Criança idiota! - Barry resmunga baixo.

- Bom, terei de levar vocês para a delegacia por agressão, me acompanhem por favor - o policial fala.

Fecho a cara e começo a morder o lábio inferior, vejo Barry apertar seu braço, provavelmente de raiva.

Fomos levados até a delegacia onde ficamos lá por uns 30 minutos até sermos liberados.

Olhei pro Barry que me olhava confuso e comecei a rir, achei a situação engraçada.

- Sempre achei que fosse ser eu te tirando da cadeia, não estando junto com você - falei rindo.

- A princesa pogue na cadeia... cena rara de se ver hein - ele fala e logo começa a andar.

- Acha que vai ficar tudo calmo assim? - pergunto preocupada.

- Calmo? Chama isso de calmo? - ele indaga.

- Digo, até agora conseguimos todas as informações e não tivemos problemas - começo - não sei, só tô com medo do que vou achar com a tal Esthela.

Ele fica em silêncio e vejo ele pensativo, um aperto no peito invade todo meu corpo e sinto meus músculos tensionarem.

Eu estava com medo, estava com um pressentimento horrível sobre aquilo, parecia que algo muito ruim iria acontecer, mas eu não queria preocupar ninguém com algo que talvez nem fosse real, talvez fosse só um pressentimento falso e tudo fosse dar certo.

Olho pra rua, era a próxima esquina, na próxima esquina eu descobriria muita coisa ou talvez não descobriria nada.

Olhei o grande portão branco da casa, olhei pro Alex e vi ele tenso.

Suspirei e fechei meus olhos, qual seria a pior coisa que poderia acontecer?

Apertei a campainha.

Depois de alguns minutos bem desconfortáveis, o portão se abre e consigo ver o enorme quintal da casa, vejo
um homem bem vestido vir em nossa direção.

- Como posso ajudar? - ele pergunta e eu pigarreio.

- Somos estudantes, precisamos conversar com a senhora Mackerel... pra um trabalho - falo a primeira coisa que vem em minha mente.

- Sinto muito, mas a senhora Mackerel não pode receber visitas no momento - ele fala e logo vejo uma mulher vindo atrás dele.

Uma mulher loira e com aparência jovem, devia ter uns 40 anos apesar de ter aparência de alguém com uns 27.

- São apenas estudantes, Kenny, não seja tão cruel! - ela fala e vem em nossa direção - sou Esthela Mackerel, mas vocês já devem saber, podem entrar.

Sussurro um "licença" e adentro o grande quintal juntamente de Barry, que só ouvia tudo calado, admiro cada detalhe daquele quintal imenso, era um quintal com uma estrada de pedras que ia do portão até a porta de entrada, o gramado era muito bem cuidado e tinham diversas plantas lá.

Seguimos a mulher e adentramos a casa.

Era muito bem decorada, toda em tons claros, sendo eles, branco, amarelo e azul bebê. A decoração era antiga, como se fosse uma casa nos anos 90, era simplesmente enorme e acima de nossas cabeças tinha um lustre imenso de vidro.

- Sentem-se, se sintam a vontade, Marta! Traga biscoitos e chá, por favor - ela fala em um tom mais alto.

- Bom, viemos pra saber se a senhora tem detalhes sobre James Chris Mackerel, precisamos fazer uma pesquisa sobre ele - comecei e fui direto ao ponto.

- Ah sim... James, bom como explicar? O James sempre foi um menino extremamente inteligente e bondoso, um menino teimoso e com um coração enorme, se metia em confusão as vezes mas era um bom garoto, mas ele se perdeu, ele se tornou irreconhecível, se tornou frio e sem piedade nenhuma - ela fala com dificuldade - se casou cedo e teve uma filha cedo, abandonou sua esposa e sua filha antes mesmo dela completas 2 anos de idade... abandonou dois filhos.

- Mas a senhora sabe onde ele está? - pergunto impaciente.

- James morreu - ela fala e eu fico paralisada - Em uma briga por sua herança, acabou morrendo por uma bala de seu próprio irmão.

Senti um nó se criar em minha garganta e tudo ficou parado, sempre achei que veria meu pai um dia, não que fosse fazer muita diferença ele estar morto, mas era meu pai.

De repente senti tudo ficar embaçado, as vozes eram apenas zumbidos e minha vista escureceu.

- Ei, você tá bem? - ouço a voz de Barry, distante, muito distante.

- Estou, minha pressão apenas caiu, sabe como é... pressão baixa - falo entre risos tentando esconder meu nervoso.

- Quer que eu pegue um copo um copo d'água pra você, querida? - a moça me pergunta.

- Por favor - peço e vejo a mulher pegar um copo e despejar a água que tinha no jarro, na mesinha, e entregar pra mim.

Bebo a água e coloco o copo da mesinha novamente.

- Me desculpe pelo incômodo senhora Mackerel, acho melhor eu ir e avisar minha mãe sobre isso, mas muito obrigado pela informação! - falo me levantando e sendo acompanhada por Barry.

A mulher fica em silêncio enquanto me olha ir até a porta, e de repente sinto minha visão ficar turva novamente, sinto o peso do meu corpo tombar pro lado e quando vejo, estou no chão, a gravidade parece sugar minhas pálpebras para baixo e acabo fechando os olhos, inconsciente.

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⏰ Última atualização: Oct 09, 2023 ⏰

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Summer love - QuackityOnde histórias criam vida. Descubra agora