17 - Essa é a verdade, Luna

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Difícil foi entrar nessa sala de estar com um sorriso no rosto depois de tudo que ouvi naquele carro

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Difícil foi entrar nessa sala de estar com um sorriso no rosto depois de tudo que ouvi naquele carro. Pior foi ter que entrelaçar minha mão à de Caio e me fazer de plena. Porra, essa família Valentine é absurdamente problemática, eu deveria ter aproveitado o término com Enzo e metido o pé de vez.

Caio realmente queria que eu fosse uma cigana e adivinhasse tudo que sentia quando éramos mais novos? Entendo o lado dele, mas é preciso compreender o meu também. Estou me sentindo descartada. 

O pior de tudo foi ter que ouvir que existe a infame possibilidade de reconciliação entre Enzo e eu. Tudo bem, ainda não conversamos e evidentemente ainda existem sentimentos. Três anos equivalem a quase mil e cem dias. É impossível esquecer uma pessoa com quem construí uma relação sólida em questão de semanas. Mas voltar? É, realmente, Caio Valentine não me conhece. Não costumo voltar atrás em minhas escolhas. 

E isso o inclui. Não tocarei um dedo em seu corpo. Mesmo que me implore, o que aconteceu hoje mais cedo não irá se repetir. 

A única coisa que sei é que estou extremamente irritada. E que preciso de algumas doses de tequila. Até mesmo mandei mensagem para Cora e Lina enquanto ainda não havíamos chegado nesse hospício, as convidando para irmos em uma boate hoje. Foda-se, preciso aliviar esse ódio com algum pau essa noite. 

— E quando vocês descobriram que se amavam? — O pai dos gêmeos Valentine corta meus devaneios irritadiços e eu sorrio, tentando esconder o brilho de ódio no olhar. — Desculpe, é que isso tudo ainda está muito confuso na minha cabeça. — Ele admite. 

— Não seja indelicado, pai. — Enzo responde enquanto é encarado incisivamente por Samantha. — Vai mesmo querer saber a história de amor que me proporcionou um belo par de chifres na cabeça? 

Dou uma belíssima gargalhada e Caio acaba me acompanhando. Foi inevitável. O clima entre nós dois não é o melhor nesse momento, entretanto, o Enzo se superou com essa. 

— Está de sacanagem que você meteu essa? — Pergunto e dou uma garfada na lasanha à minha frente. — É sério que quer falar de chifres? Logo você que engravidou essa vadia oxigenada enquanto estávamos namorando? — Rio novamente. — O melhor de tudo é que você sequer teve a capacidade de vir e conversar comigo sobre. Nem uma fodida explicação. 

— E meu noivo te deve alguma explicação, gótica psicótica? — Samantha menciona o apelido que tanto me perseguiu no ensino médio. — Afrouxou as rédeas, ué. Ele saiu, foi ao Clube do Amor, bebeu e eu o encontrei dando sopa. ENZO ME CONVIDOU PARA FAZER ALGO. — Bate no peito orgulhosa. — Agora este "algo" está crescendo aqui na minha barriga. 

— Pois ele deve sim, sua vadiazinha de quinta. — Rosno. — Estávamos juntos por três anos, porra. Do nada ele me aparece noivo de uma mulher grávida? O mínimo a se fazer é dar um fim digno, não acha? — Dou um sorriso sem mostrar os dentes. O clima pesado no ambiente se eleva exponencialmente. 

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