35 - Que vadia mentirosa

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O relógio batia quatro horas da manhã

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O relógio batia quatro horas da manhã. Samantha estava entediada e com calor. O clima estava tranquilo na festa e, como sempre, Enzo havia sumido com seus amigos. Mesmo que gostasse dele, estava começando a ficar cansada de ser tão menosprezada. 

Aproveitou a luz da lua e a falta de companhia para dar um mergulho. Ninguém estava se importando com sua presença, então não faria diferença alguma ter que tirar todos aqueles apetrechos que tornavam sua barriga grande. Inclusive, eles que lhe deixavam com tanto calor. 

Era muito pano e o estofado da barriga falsa era pesado. Sinceramente, já não sabia se valeria a pena seguir tentando conquistar Enzo para que seu sonho se tornasse real. A cada investida que fazia, o rapaz parecia mais distante. 

Talvez falasse que, devido ao estresse, tinha perdido a gravidez. Realmente uma pena, porque a família abastada jamais deixaria lhe faltar algo. Contudo, já não dava mais tempo para engravidar de verdade sem que ninguém suspeitasse da distância entre o dia em que foi supostamente gerado e o momento do parto. 

Era um pouco frustrante, mas lidaria com mais aquilo. No momento, apenas precisava de um mergulho. 

Caminhou durante longos minutos até chegar em uma parte distante da casa de praia dos Valentine. Na sua cabeça, não fazia qualquer sentido alguém se deslocar daquela festa até ali, até porque, pelo que pôde perceber, tudo está correndo bem. 

A altura da praia que alcançou era considerada perigosa por conta de diversos rochedos dos mais variados tamanhos. Isso tornava o ambiente perfeito. 

Caminhou até a beira do mar e arrancou o vestido - mais uma vez longo. Só assim conseguia esconder aquela droga de estofado que lhe garantia uma posição ao lado do gêmeo Valentine mais velho. 

Se despiu quase por completo, ficando apenas de calcinha e sutiã. Deixou a roupa quente e todos os acessórios que utilizava junto na areia. Deu dois passos à frente, molhando a sola do pé. Estava prestes a adentrar na água gelada quando uma voz feminina muito familiar chamou a sua atenção. O corpo dela se arrepiou por completo ao perceber que já não estava mais sozinha.

— Eu realmente gostaria de estar com meu celular aqui. Que vadia mentirosa, como pode? — Luna, que ainda estava um pouco desnorteada devido ao turbilhão de coisas que viveu há algumas horas, encara Samantha friamente. 

Dá alguns passos à frente e agacha ao perceber algumas peças de roupa e uma espécie de almofada. 

— Uma barriga falsa? Sério? — Questiona ao pegar o acessório. — Ficava me perguntando qual o seu nível de insanidade, mas agora acho que, na verdade, não é loucura. É psicopatia. Como pode? — O tom de voz de Luna ainda é de choque. Ela aparentava estar digerindo a nova realidade à sua frente. 

Samantha respira fundo e percebe que está em um beco sem saída. Não tem mais como sustentar a mentira, afinal, está de calcinha e sutiã na frente de Luna. Ela pode ver muito bem sua barriga lisa, sem nenhum bebê. 

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