27 - Primeiro luau (Parte 1)

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O clima está fresco e agradável, apesar de estarmos no verão

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O clima está fresco e agradável, apesar de estarmos no verão. O fato de nossa casa ser à beira-mar ajuda nisso. O luau foi montado no "quintal", que nada mais é que a areia da praia.

Cadeiras e mesas estão espalhadas pela areia. Um som baixo e relaxante preenche o ambiente, e quatro estandes de madeira com comida salgada, doces, bebidas alcoólicas e sucos estão distribuídos pelo perímetro do luau. Admito que fiquei muito surpreso quando desci e vi a quantidade de pessoas. Minha mãe sempre exagera na quantidade de convidados, mas dessa vez ela simplesmente se superou.

Ela mencionou amigos do meu pai, mas não comentou sobre a presença de certas pessoas. Até porque era para ser algo mais intimista; não somos tão chegados à família. Dona Flávia odeia a todos, vive falando que são grandes invejosos por ela ter conseguido subir na vida e eles não. Já estou aqui há uns trinta minutos e até então não entendi o motivo de tanta gente.

Inclusive, a droga da prima com quem perdi a virgindade está aqui. Que beleza, esse aniversário só está ganhando mais desdobramentos dos quais não saberei lidar. E nada de Luna aparecer.

Bryan e Cora já estavam aqui, o que melhora a minha situação. Mas apenas em partes, porque acho que brigaram de novo, pois não estão se falando direito. Inclusive, fizeram questão de sentar um de cada lado meu.

— O que está acontecendo? Brigaram de novo? — Pergunto aos dois, mas apenas Cora responde.

— Bryan é um safado sem noção. Estou saturada e cansada dessa situação, sinceramente. — Ela bufa e levanta, parando à nossa frente. — Pra mim deu. Isso entre nós, sério. Anos de enrolação. Estou cansada. — Ela dirige o olhar para mim. — Você acredita que justamente quando teríamos a oportunidade de tentar algo, esse filho da puta pergunta se eu toparia tentar um ménage com a Lina? Afinal, "dormiremos no mesmo quarto, por que não aproveitar?" — Pergunta em tom de deboche. — Foda-se, cansei. — Cora dá as costas e segue na direção de algum estande de bebidas.

Viro o rosto na direção do meu amigo em seguida. Bryan estava com o rosto virado para o mar, aéreo ao que acontecia ao redor, mas sua feição era emburrada. Ele estava irritado com toda a situação. Pelo que conheço dele, não viu nada demais nisso.

Eu também não veria em outras circunstâncias, mas sou uma ameba para lidar com mulheres, então minha opinião não conta. Se Cora ficou magoada, é o que deve ser levado em consideração. Ah, sentimentos são complicados demais.

— E você achou que isso seria uma boa ideia? — Pergunto o encarando repreensivamente.

— Ah, vai se foder, Caio. — Bryan levanta irritado. — Você está fodendo com a ex-namorada do seu irmão. Qual moral tem para falar algo? — Revira os olhos e dá as costas.

— Quanta revolta, hein? Senhor fodedor! — Debocho e ele levanta o dedo do meio. Não tem como fingir, ele realmente é irmão de Luna.

Meus pais, acompanhados de Samantha, que usava um vestido longo e quente demais para a temperatura ambiente, conversavam com os convidados. E nada de Luna, já estava começando a ficar impaciente. Tinha mandado umas vinte mensagens e nada dela. Até Enzo e Lina já haviam descido e nada dela.

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