46 - Meu homem - FIM (+18)

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Três meses se passaram desde o primeiro treino de Caio com o time do Vasco da Gama e agora eu me encontro nessa arquibancada de São Januário, de baixo de um sol de rachar

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Três meses se passaram desde o primeiro treino de Caio com o time do Vasco da Gama e agora eu me encontro nessa arquibancada de São Januário, de baixo de um sol de rachar. Quase 40ºC. Mas é aquilo: o que não fazemos por amor? Esse homem merece absolutamente tudo, principalmente a surpresa que estou planejando desde o dia do Réveillon para me declarar e pedi-lo em namoro. Sim, eu vou pedi-lo, porque no nosso relacionamento o patriarcado morreu - exceto quando algum bicho invade meu apartamento, neste caso ele cumpre seu devido papel e o mata.

Só sei que isso foi muito trabalho e difícil de conseguir permissão, já que muitos da direção não queriam mais holofotes ao Caio do que ele já tem. Meu amor já era considerado uma estrela antes mesmo de entrar no campo pela primeira vez pelo time. Isso se consolidou quando ele o fez e marcou três gols. Foi uma coisa linda: até ganhou troféu de melhor jogador em campo.

Mas hoje é diferente. Essa partida é a primeira de um campeonato famoso e, nas atitudes de Caio, pude percebe que a mesma é extremamente importante para ele. É que, em tão pouco tempo de time, ele se tornou um dos principais, então todos esperam muito dele. E não é para menos, o meu quase-namorado é simplesmente um fenômeno futebolístico, ainda bem que as contínuas críticas de Dona Flávia não o impediram que correr atrás de seu sonho.

Sinto-me aliviada quando percebo Lina e Cora andando na minha direção, acompanhadas por Bryan e Enzo. Sei que tenho autorização da diretoria para fazer o que estou prestes a fazer, entretanto, esse estádio está lotado. Acho que subestimei a quantidade de público que estaria presente hoje.

— Vocês demoraram demais, a partida está prestes a começa! — Reclamo encarando minhas amigas. Bryan dá um sorriso como resposta.

— Isso na sua voz é nervosismo, Luna? Pela primeira vez alguém está conseguindo te deixar nervosa? — Debocha e todos os meus amigos riem. Já eu levanto o dedo do meio na direção do meu irmão.

— Larga de ser imbecil, Bryan. — Cruzo os braços em seguida, ainda encarando todos ali. — Vocês sabem que não costumo fazer coisas estrondosas. Sou extrovertida à minha maneira, mas não na frente de milhares e milhares de pessoas.

— Vinte e uma mil pessoas, para ser exato. — Enzo rebate e eu sorrio de escárnio.

— Nossa, Enzo, muito obrigada, isso ajudou tanto. — Balanço a cabeça positivamente e ergo o polegar em um sinal positivo, abaixando-o em seguida e erguendo o dedo do meio novamente. — Chamei vocês para virem comigo para me acalmarem, não para me deixarem ainda mais nervosa, caralho. — Passo as duas mãos no rosto e suspiro.

Neste momento, Cora passa a mão levemente no meu braço, fazendo com que eu o abaixe, então ela sorri na minha direção.

— Amiga, não ligue para esses dois. Eles estão assim porque não são românticos a ponto de fazer o que você está prestes a fazer. — Minha amiga tenta me acalmar. Lina, que já estava acomodada, levanta e se aproxima.

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